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Tom Simões, jornalista, Santos (Brasil), 22 de novembro de 2024
Existe a máxima: “Os grandes amigos, a gente conta nos dedos
de uma mão”. É verdade. Na velhice, dá-se conta dessa ideia. A meu ver,
amigos extraordinários, diria ‘eternos’ ao longo da vida, nem chegam a cinco. Sim,
são muitos os amigos leais, também lembrados. Porém, o tempo nos afasta, por
não mais frequentarmos os mesmos locais.
E também porque, passados muitos anos – como cada pessoa é única e se
desenvolve da sua maneira -, pode a reciprocidade não ser mais a mesma, por
conta de novos interesses e objetivos diferentes.
É lembrar o poeta Vinicus de Moraes: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”. Porque a chama tem um princípio e um fim. Assim, ficava expresso o desejo do poeta de aproveitar ao máximo o amor ou uma convivência, enquanto existir.