terça-feira, 9 de abril de 2024

LER E ESCREVER NÃO DEIXA LUGAR PARA O VAZIO

O exercício da escrita é terapêutico e libertador. O que mais preciso fazer todos os dias é escrever.



Imagem: Autoria desconhecida

 


Tom Simões, “Dia do Jornalista”, 7 de abril de 2024


 

Inestimáveis leitores e leitoras:


Minha relação com vocês é muito forte. Dá sentido à minha vida, pela necessidade de compartilhar o conhecimento útil, que nos torna melhores. Trata-se de uma missão, um compromisso diário. Com o tempo, é possível inverter algumas prioridades e se colocar a serviço do outro.

Neste particular, sinto-me privilegiado. Hoje, aposentado, escrevo apenas o que dita minh’alma. O exercício da escrita é terapêutico e libertador. O que mais preciso fazer todos os dias é escrever. Eu não posso mudar o mundo, mas posso mudar minhas circunstâncias.

Lembrando Mirian Goldenberg, cronista da Folha de São Paulo, 3/9/2020: “Minha caneta e meu caderno fazem parte do meu corpo, são uma extensão da minha mão e do meu coração. Não sei escrever ficção. Só sei escrever o que penso, o que sinto, o que observo, o que escuto. Quando escrevo me acalmo, me sinto segura e acho que assumo o controle da minha vida. Quando me perguntam: Você escreve para quê? Não sei responder, pois escrever não é um meio para conseguir algo ou conquistar alguém. É uma necessidade vital. Não vivo para escrever. Escrevo para sobreviver”.

Por que eu deveria pensar tanto sobre o que escrever neste dia tão especial, se Miriam Goldenberg já disse tudo, sobre a paixão de escrever?

 

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