Que pena não haver interesse das muitas pessoas por conteúdos formativos desta natureza. Impossível, leitoras e leitores, sobretudo idosos, permanecerem os mesmos ‘enjaulados’ após estes valiosos ensinamentos de Alexandre da Silva, mestre em gerontologia e longevidade, doutor em saúde pública e Secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Certamente há muito que se conhecer sobre este conceito apurado da velhice.
Tom Simões, Santos (São Paulo, Brasil),
jornalista, abril 2024
Selecionei este vídeo como presente aos meus seguidores, por me identificar bastante com tal conteúdo. Sou fã do programa ‘Provoca’, apresentado pelo brilhante Marcelo Tas, 64 anos (apresentador, ator, roteirista, diretor e escritor), e transmitido pela TV Cultura de São Paulo, terças-feiras, às 22 horas. Durante o bate-papo, Alexandre da Silva, especialista em velhice, aborda o seu trabalho como Secretário dos Direitos da Pessoa Idosa, ressaltando a importância de o Estado criar e sempre atualizar as políticas públicas direcionadas à população idosa.
Em um sensível e lúcido elogio à maturidade, o escritor Hermann Hesse, 1877-1962, Nobel de Literatura, mostra que a velhice pode ser tão rica e exuberante quanto a juventude. Uma de suas obras intitula-se “Com a maturidade fica-se mais jovem”.
Num de seus depoimentos, o mestre Alexandre da Silva fala sobre o motivo de os homens envelhecerem menos. Ele também se posiciona a respeito de cotas para idosos em empresas. Mas há muito mais a se discutir sobre esse estágio da vida.
O que a velhice nos ensina? Os mais velhos têm muito a ensinar. É uma existência inteira de experiências acumuladas. Muito mais do que a busca por uma eterna juventude, chegar às idades mais avançadas deve ser sinal de um caminho bem trilhado. Afinal, uma das únicas certezas que se têm é que, envelhecendo, e com qualidade, a vida é bem vivida. Segundo Freud, 1856-1939, médico neurologista e importante psicanalista austríaco, cada um envelhece de seu próprio modo. “Considerar a singularidade de cada velhice é fundamental para se conceber que o idoso aproveitará o seu futuro de forma única para, a partir do inconsciente, tratar o real”.
Portanto, minha gente, há aqui um farto material para reflexão sobre o
envelhecimento. Os preguiçosos que me perdoem, mas não dá mais para desperdiçar nosso tempo sem absorver, com interesse, tantos conteúdos de sabedoria à disposição. E o pior: continuar nessa posição de se
achar dono da verdade sem base em conhecimento lógico.
Citando o poeta Mario Quintana, “Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada”.
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