sábado, 22 de julho de 2023

NINGUÉM ENSINA UMA PESSOA A SER GENEROSA. GENEROSIDADE TEM A VER COM EXPRESSÃO DA ALMA

 Ajudar outras pessoas é como ajudar a si mesmo. Quem experimenta, sabe!



                                
Tom Simões, Santos (SP), 22 de julho de 2023

 

Mas pais e mães também desempenham um papel importante no cultivo da generosidade. Alguns estudos indicam que a modelagem de papéis e a constante discussão sobre generosidade podem ajudar as crianças a se tornarem adultos mais generosos.

Durante o século 17, o significado e o uso da palavra começaram a mudar. Generosidade passou a identificar, cada vez mais, não a herança familiar, mas uma nobreza de espírito associada a qualidades ​​admiráveis de uma pessoa, não mais dependendo do histórico familiar.

Também quanto mais generosos forem os amigos e colegas, mais generosa ou generoso você provavelmente poderá ser. Porque a generosidade também é socialmente contagiosa. 

Embora estudos sugiram que os humanos tenham uma propensão para o interesse próprio, revelam também que somos uma espécie generosa.

 

 

A maior referência que guardo sobre ‘generosidade’ é de minha mãe, Assunpção de Jesus Simões, 1908-1978. Morávamos num humilde chalé, sem campainha. Os necessitados então batiam palmas nas residências, pedindo algo para comer. Não dinheiro! À época, eram poucas as pessoas que viviam em condições miseráveis. Diferente da quantidade de moradores em situação de rua nos dias atuais. Minha mãe largava então o que estava fazendo para dar assistência a essa pessoa. O alimento que ela oferecia era o menu do dia da família.

Guardo então a imagem materna com um prato de comida à mão oferecendo a uma criatura necessitada. Lembrando Lucas 11:41: “Portanto, dê ao necessitado o que está dentro do prato, e verás que tudo vos será purificado”. Somos chamados a seguir o exemplo de Jesus Cristo e amar a Deus e o próximo. De acordo com a Bíblia, não viemos para ser servidos, mas para servir e dar a vida como resgate por muitos”.    

Amar é entrar num círculo virtuoso de carinho e dedicação, em que as palavras importam sim, desde que sempre acompanhadas de boas ações.




A generosidade é a virtude de dar coisas boas aos outros por vontade própria e de forma abundante. Trata-se de uma vocação pessoal. A pessoa generosa é sensível às necessidades alheias; por sua própria natureza, busca ajudar o outro de forma pura: por desejar seu bem e sem a intenção de recompensa futura.

O ato de ser generoso implica em sacrifício, ou seja, oferecer um pouco de sua vida a outras pessoas, que pode ser em dinheiro ou outras coisas que atendam suas necessidades, como também em tempo para dar atenção e apoio.

Sentimentos de empatia e compaixão podem nos motivar a ajudar. Um estudo científico concluiu que a empatia cria uma sensação de ‘unidade’ com os outros – quando ajudamos outras pessoas, sentimos como estar ajudando a nós mesmos.

 

 

Há associações fortes da generosidade com a saúde psicológica e o bem-estar. Um estudo com adultos mais velhos descobriu que aqueles que eram voluntários relataram maior qualidade de vida e autoestima. O comportamento generoso aciona as mesmas vias de recompensa desencadeadas pela comida e pelo sexo – uma correlação que pode ajudar a explicar por que nos faz sentir bem.

Outros estudos mostram uma ligação entre generosidade e felicidade. Por exemplo, uma pesquisa com 632 americanos descobriu que gastar dinheiro com outras pessoas estava associado a uma felicidade significativamente maior, independentemente da renda; inversamente, não houve associação entre gastar consigo mesmo e felicidade verdadeira. Mesmo pequenos atos de gentileza – como pegar um objeto que outra pessoa deixou cair – fazem as pessoas se sentirem verdadeiramente felizes.

A generosidade é definida pela Universidade de Notre Dame como ‘a virtude de dar coisas boas aos outros de forma espontânea e plena’. Não em dar presentes, mas em ajudar outras pessoas, seja compartilhando tempo, energia, recursos materiais e conexões sociais.

Existem perspectivas promissoras para a ciência da generosidade, como o desenvolvimento de estratégias que possam aumentar a empatia das pessoas – e, portanto, sua generosidade, beneficiando consequentemente a saúde.

 

                                                          Imagem: https://br.pinterest.com/pin/666321707345761558/

 

              Quem tem esse hábito é um beneficiado. Experimenta a paz

 

Fala-se tanto sobre a felicidade. Mas o que é ser feliz de verdade? Segundo Aristóteles, a felicidade é um estilo de vida: o ser humano precisa exercitar constantemente o melhor que tem dentro dele. Nesse sentido, ser feliz é um estado permanente de paz interior, que origina consequentemente o desejo de beneficiar incondicionalmente suas circunstâncias. Tudo o mais definido sobre 'felicidade' se refere a prazeres temporários.

 

                  Existe uma grande diferença entre felicidade e prazer


A felicidade é uma condição da alma. "Felicidade e alegria profundas e permanentes são o resultado natural de operar a partir dos valores espirituais de cuidado, compaixão, bondade e integridade", alguém escreveu. Já o prazer é um sentimento que não dura muito; tem origem em algo externo, ou seja, depende de experiências e eventos passageiros: uma boa refeição, uma boa viagem...

 

“Se um dia eu lhe ajudei, saiba que você não me deve nada, nem mesmo gratidão. A minha bondade não faz reféns, minha ação é sobre mim, sua reação é sobre você”. 

·        Autor desconhecido

 


 · Referências: https://www.ecycle.com.br/o-que-e-generosidade/ e https://ofuturodascoisas.com/a-ciencia-da-generosidade-por-que-algumas-pessoas-sao-mais-generosas-do-que-outras/

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