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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

FAKE NEWS: IMPRESSIONA-ME PESSOAS SUPOSTAMENTE ESCLARECIDAS ACREDITAREM EM MENTIRAS DESLAVADAS

 As redes sociais também priorizam a propagação de mentiras contaminadas de ódio e inconsequências. Os boatos têm informações irreais que apelam para o emocional do leitor/espectador.

 



 

Assista ao vídeo também. Excelente conteúdo!  

 


Tom Simões, 9 de fevereiro de 2023  

Maria Angelita Ressa, 59 anos, é uma jornalista e autora filipino-americana, mais conhecida por cofundar o website jornalístico Rappler, do qual é diretora executiva. Em 2021, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo recentemente entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. 

Com a popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, o conceito de fake news ganhou forma. Empregada às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, essa artimanha é aplicada principalmente aos portais de comunicação on-line, como redes sociais, sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto qualquer cidadão ter autonomia para publicar.

O esclarecimento da população é fundamental, já que a cada dia surgem informações desencontradas. Fake news são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo, geralmente figuras públicas.  




Autor desconhecido 

 


As fake news têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade o seu conteúdo. É fácil detectar as mentiras, já que não mencionam as respectivas fontes.  

O poder de persuasão das notícias falsas é maior em populações com menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já que o conteúdo está comumente ligado ao viés político. (1)




Ao longo dos últimos anos, a jornalista Maria Ressa tem debatido o que caracteriza como uma circulação livre de mentiras nas redes sociais. “As redes sociais priorizam a disseminação de mentiras misturadas à raiva e ao ódio em detrimento dos fatos. Se você não tem fatos, não pode ter verdades, não pode ter confiança. Se você não tem nada disso, não tem democracia”, diz a executiva do Rappler, mídia de jornalismo investigativo nas Filipinas, alvo constante de tentativas de silenciamento por parte de Rodrigo Duterte (presidente do seu país entre 2016 e 2022). 


Para ela, o Facebook falha em não proteger suas plataformas contra a propagação de fake news, e os ataques on-line nas mídias sociais têm um propósito: são direcionados e usados como uma arma.

 

 

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