As redes sociais também priorizam a propagação de mentiras contaminadas de ódio e inconsequências. Os boatos têm informações irreais que apelam para o emocional do leitor/espectador.
Assista ao vídeo também. Excelente conteúdo!
Tom Simões, 9 de fevereiro de 2023
Maria Angelita Ressa, 59 anos, é uma jornalista e autora filipino-americana, mais conhecida por cofundar o website jornalístico Rappler, do qual é diretora executiva. Em 2021, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo recentemente entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo.
Com a popularização e acesso facilitado aos meios de comunicação, o conceito de fake news ganhou forma. Empregada às notícias fraudulentas que circulam nas mídias sociais e na Internet, essa artimanha é aplicada principalmente aos portais de comunicação on-line, como redes sociais, sites e blogs, que são plataformas de fácil acesso e, portanto, mais propícias à propagação de notícias falsas, visto qualquer cidadão ter autonomia para publicar.
O esclarecimento da população é fundamental, já que a cada dia surgem informações desencontradas. Fake news são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo, geralmente figuras públicas.
As fake news têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade o seu conteúdo. É fácil detectar as mentiras, já que não mencionam as respectivas fontes.
O
poder de persuasão das notícias falsas é maior em populações com menor
escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No
entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já
que o conteúdo está comumente ligado ao viés político. (1)
Ao longo dos últimos anos, a jornalista Maria Ressa tem debatido o que caracteriza como uma circulação livre de mentiras nas redes sociais. “As redes sociais priorizam a disseminação de mentiras misturadas à raiva e ao ódio em detrimento dos fatos. Se você não tem fatos, não pode ter verdades, não pode ter confiança. Se você não tem nada disso, não tem democracia”, diz a executiva do Rappler, mídia de jornalismo investigativo nas Filipinas, alvo constante de tentativas de silenciamento por parte de Rodrigo Duterte (presidente do seu país entre 2016 e 2022).
Para ela, o Facebook falha em não proteger suas plataformas contra a propagação
de fake news, e os ataques on-line nas mídias sociais têm um propósito: são
direcionados e usados como uma arma.
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para comentar mais facilmente, ao clicar em “Comentar como – Selecionar Perfil”, selecione NOME/URL. Após fazer a seleção, digite seu NOME e, em URL (preenchimento opcional), coloque o endereço do seu site.