O
que significa ser velho no Século 21? É preciso acumular
conhecimento, senão você vai ficar redundante. E muito chato!
Tom
Simões, tomsimoes@hotmail.com, 10 de
agosto de 2020
https://www.youtube.com/watch?v=K_Pl1weJbBE
(Clique no vídeo
após a leitura do texto)
TRATA-SE aqui da apresentação do médico Alexandre Kalache,
74, no ‘Café Filosófico’ da TV Cultura de São Paulo, no dia 10 de agosto de
2020, abordando o tema “Longevidade em tempos de pandemia: terá valido a pena
viver tanto”? É uma dessas pérolas que gosto de compartilhar com meus
seguidores.
Alexandre Kalache, 74, nascido no Rio de Janeiro, é um médico epidemiologista especializado no estudo do envelhecimento. Desde 2012, ele preside o International Longevity Center-Brazil e, desde 2015, é copresidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade.
“É preciso acumular conhecimento, senão você vai ficar redundante. Quanto mais tempo a gente vive mais tempo tem para aprender. Mais longa é a nossa maratona para treinar, superar obstáculos, dar a volta por cima... O envelhecimento exige que a gente adquira reservas para se recuperar, se superar e se manter ativo e atualizado, sempre”, assinala Kalache.Quem vive bem? Viver é uma escolha. Para quem não sabe, revela
o médico, 25% por cento da nossa vida é carga genética; os outros 75% são
oportunidades que a gente tem ao longo da vida, o que envolve nossos atributos
pessoais.
O conceito de “envelhecimento ativo” pode mudar nossa visão
sobre essa fase da vida, promover novas atitudes e orientar políticas públicas.
Ter um propósito na vida é fundamental. Quando a gente perde o propósito ou
nunca o descobriu, para que viver? Para que viver até os 30, 40, 50
anos...?
O novo coronavírus escancarou a desigualdade social e
estigmatizou o idoso, banalizando a morte dos mais pobres e dos mais velhos. O
que significa ser velho em nosso país? Quem são os nossos idosos e como estamos
envelhecendo?
Nós precisamos ficar atentos. Novas ameaças provocadas por
vírus desconhecidos são inevitáveis. A previsão é de um dos principais
virologistas do mundo, o português Nuno Faria, pesquisador da Universidade de
Oxford (Reino Unido). “Desmatamento e criação de animais para consumo humano
são fatores que estão por trás dos desequilíbrios, e temos que nos preparar
para o futuro porque isso vai continuar a acontecer”, diz Faria, em entrevista
ao jornal Folha de S.Paulo de 6/8/2020.
“Não acho que os vírus estejam se vingando, eles não têm
intenção [risos]. Mas, a sério, tudo isso faz parte de um processo biológico,
processos ecológicos naturais que têm se desiquilibrado com ações humanas”,
complementa o virologista.
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