Ao
perceber que estou fazendo algo errado, vou me corrigindo com certa frequência
DEFINE-SE ‘consciência’ como a percepção
que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em pensamentos e
ações individuais. Em termos de espiritualidade, quando o indivíduo ‘desperta a
consciência espiritual’, não há mais como ele retroceder em seu relacionamento
com si próprio e com o mundo. A pessoa passa então a monitorar consciente ou
inconscientemente sua boa relação com a vida. É então que vai amadurecendo
gradativamente no plano espiritual. Esse crescimento consciente pode ser
entendido como ‘antecipação da maturidade’. Em estado de consciência desperta,
não raramente o indivíduo surpreende-se com alguns pensamentos e atitudes
inadequadas, que imediatamente rejeita por conta da sua responsabilidade de
responder de alguma forma por eles. Isso indica o amadurecimento consciente.
De acordo com a obra ‘Espiritualidade
e Qualidade de Vida’, http://www.pucrs.br/edipucrs/digitalizacao/irmaosmaristas/espiritualidade.pdf,
a dimensão espiritual na vida humana vem ocupando espaços crescentes em
diferentes comunidades acadêmicas. “Como se pode definir espiritualidade?
Espiritualidade é viver com espírito e, portanto, uma dimensão constitutiva do
ser humano. Espiritualidade é uma expressão para designar a totalidade do ser
humano enquanto sentido e vitalidade; por isso, espiritualidade significa viver
segundo a dinâmica profunda da vida. Ou seja: tudo na existência é visto a
partir de um novo olhar onde o ser humano vai construindo a sua integralidade e
a sua integração com tudo que o cerca. A ideia de que ciência e espiritualidade
são áreas antagônicas já faz parte do passado. Pesquisas feitas em países como
Brasil, Canadá e Estados Unidos buscam provar como experiências de caráter
espiritual ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas”. Essa tendência vem
se firmando há alguns anos.
A consciência crística não é somente
para os cristãos, assinala o texto ‘A consciência crística e como alcançá-la’, https://www.vidaplenaebemestar.com.br/consciencia/a-consciencia-cristica-e-como-alcanca-la.
A consciência crística ou a consciência de Buda, a consciência de Krishna, a
consciência de Deus, a consciência de todas as religiões é a mesma coisa. Talvez
a gente tenha absorvido grande quantidade de programação negativa durante nossa
formação religiosa, e é importante aqui não se deixar enredar pelo significado
das palavras; todos os caminhos religiosos ou espirituais são bem-vindos. A
nova religião do futuro é mais ampla, é aquela que honra e reconhece todas as
religiões e caminhos espirituais, pois todos conduzem ao mesmo propósito. Ser
mais maduro que os outros, praticar a percepção inocente e o perdão é uma lição
que a gente precisa aprender, pois aquilo que a gente dá é também aquilo que
recebe de volta. Se a gente deseja Deus, deve dar o próprio Deus, caso
contrário não o conhecerá”.
O perdão: esse algo difícil, mas
fundamental
Isso me faz pensar no artigo ‘Reconciliação
- O perdão é o remédio que traz alívio para a alma’, https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/o-perdao-e-remedio-que-traz-alivio-pra-alma/,
ao mostrar que o perdão não é um ato. É um processo mental ou espiritual que
tem por objetivo cessar o ressentimento tóxico contra outra pessoa ou contra si
mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, por diferenças, erros ou fracassos.
Trata-se de uma habilidade que precisa de treino.
Nesse sentido, o perdão é um
remédio. Na hora, pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior. “O
perdão é uma graça que Deus nos dá para prosseguirmos no caminho após um
ferimento profundo. O perdão age como uma cauterização, curando de dentro para
fora. Sim, a cicatriz permanece, já que as lembranças são a garantia de que
temos uma história. E a palavra ‘cura’ aplica-se perfeitamente neste caso,
visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa
ferida evita, metaforicamente, infecção e até necrose”.
A falta de perdão pode virar
uma doença real e levar à morte, se não a física, à morte espiritual, psíquica
e moral. A falta de perdão mata sonhos, projetos, perspectivas etc. Além disso,
muitas são as doenças psicossomáticas causadas pela falta de perdão: depressão,
ansiedade, pânico, câncer e doenças cardíacas.
Às vezes, a falta de perdão é
de nós para nós mesmos. Culpamo-nos por tantas coisas, guardamos mágoa,
tristeza, ressentimento, revoltas, medos de nós mesmos, mas nos
esquecemos de nos perdoar, descreve o referido artigo.
“Fora isso, protelamos as
conversas de reconciliação, os pedidos de perdão aos que amamos ou vivem mais
próximos de nós. Esse protelar, essa demora, vai azedando as relações, abrindo espaço
para a mente criar e projetar situações irreais. Por isso, ter pressa para
reconciliar-se é importante. Claro que não se deve atropelar nada, é preciso
dar tempo para si mesmo, entender os sentimentos e até as reações diante de uma
situação que exija reconciliação. Contudo, não mais que tempo suficiente para
rezar e buscar o momento da reconciliação; caso contrário, corre-se o risco de
desistir da reconciliação e optar por um ‘deixa pra lá’, sem resolver a
situação com racionalidade”.
Qual o propósito essencial da minha
existência?
Como observa o artigo ‘O portal
para a consciência espiritual’, https://www.eusemfronteiras.com.br/o-portal-para-a-consciencia-espiritual-owen-k-waters/,
o amor é o portal para a consciência espiritual. É por intermédio da
ativação do coração espiritual que passamos para um mundo
inteiramente novo de expansão e de alegria. Nos reinos da consciência
espiritual, encontramos a paz, o êxtase e a inspiração contínua.
“Nos reinos da consciência
espiritual, expandimos nossa visão da vida para compreender o que é
importante para a alma. Podemos então compreender como o amor pode
curar e como podemos e devemos passar o tempo compartilhando um pouco mais
de amor, ainda que isso seja praticado simplesmente através da prece silenciosa
pelo bem-estar dos outros. Lembremos do amor interior especialmente quando as
circunstâncias externas parecem obscuras”.
Há algo importante que a pessoa
precisa ter em mente: ao despertar sua consciência, ela passa a ter mais
responsabilidade, mais atenção e cuidado com os incrédulos, aceitando-os
independentemente de possíveis provocações e, sobretudo, tentando educá-los. Ou
então, como diz sabiamente o filósofo grego Pitágoras, “Se o que tens a dizer
não é mais belo que o silêncio, então cala-te”.
Boas companhias, boas leituras
e outras boas escolhas favorecem o despertar da consciência. Só é preciso ficar
atento (a), sensível, às várias oportunidades que a vida apresenta a cada um de
nós. E aqui se inclui conhecer algumas diferentes práticas religiosas (seja
participando de um culto, uma palestra, um curso, uma meditação...), sem obrigatoriedade
de criar vínculo com uma delas – o que não impede se houver plena
identificação. Apenas os despertos se dão conta da arte de viver. É incrível,
devo dizer por experiência própria, como, em busca do aprimoramento espiritual,
como a vida vai nos brindando providencialmente com o que precisamos. A gente
percebe e se encanta em muitas circunstâncias. E tudo isso fortalece
grandemente nosso propósito consciente com o mundo.
Muitos de nós em algum momento
começamos a nos perguntar qual o propósito da nossa existência. Para que estou
usando o meu tempo e a minha vida? Ou, de fato, como estou ocupando a minha
mente?
Como cita S. Rudy, no artigo ‘Uma
reflexão sobre o sentido da vida’, https://cristianismoativo.org/uma-reflexao-sobre-o-sentido-da-vida,
“O significado da minha vida é muito dependente das minhas escolhas: é uma vida
prática, e as decisões que tomo nas circunstâncias da minha vida determinam o
resultado’.
Boa reflexão!
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