quinta-feira, 1 de agosto de 2019

COM A CONSCIÊNCIA SEMPRE ATENTA

Ao perceber que estou fazendo algo errado, vou me corrigindo com certa frequência


Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, 1º de agosto de 2019





DEFINE-SE ‘consciência’ como a percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em pensamentos e ações individuais. Em termos de espiritualidade, quando o indivíduo ‘desperta a consciência espiritual’, não há mais como ele retroceder em seu relacionamento com si próprio e com o mundo. A pessoa passa então a monitorar consciente ou inconscientemente sua boa relação com a vida. É então que vai amadurecendo gradativamente no plano espiritual. Esse crescimento consciente pode ser entendido como ‘antecipação da maturidade’. Em estado de consciência desperta, não raramente o indivíduo surpreende-se com alguns pensamentos e atitudes inadequadas, que imediatamente rejeita por conta da sua responsabilidade de responder de alguma forma por eles. Isso indica o amadurecimento consciente.


De acordo com a obra ‘Espiritualidade e Qualidade de Vida’, http://www.pucrs.br/edipucrs/digitalizacao/irmaosmaristas/espiritualidade.pdf, a dimensão espiritual na vida humana vem ocupando espaços crescentes em diferentes comunidades acadêmicas. “Como se pode definir espiritualidade? Espiritualidade é viver com espírito e, portanto, uma dimensão constitutiva do ser humano. Espiritualidade é uma expressão para designar a totalidade do ser humano enquanto sentido e vitalidade; por isso, espiritualidade significa viver segundo a dinâmica profunda da vida. Ou seja: tudo na existência é visto a partir de um novo olhar onde o ser humano vai construindo a sua integralidade e a sua integração com tudo que o cerca. A ideia de que ciência e espiritualidade são áreas antagônicas já faz parte do passado. Pesquisas feitas em países como Brasil, Canadá e Estados Unidos buscam provar como experiências de caráter espiritual ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas”. Essa tendência vem se firmando há alguns anos.






A consciência crística não é somente para os cristãos, assinala o texto ‘A consciência crística e como alcançá-la’, https://www.vidaplenaebemestar.com.br/consciencia/a-consciencia-cristica-e-como-alcanca-la. A consciência crística ou a consciência de Buda, a consciência de Krishna, a consciência de Deus, a consciência de todas as religiões é a mesma coisa. Talvez a gente tenha absorvido grande quantidade de programação negativa durante nossa formação religiosa, e é importante aqui não se deixar enredar pelo significado das palavras; todos os caminhos religiosos ou espirituais são bem-vindos. A nova religião do futuro é mais ampla, é aquela que honra e reconhece todas as religiões e caminhos espirituais, pois todos conduzem ao mesmo propósito. Ser mais maduro que os outros, praticar a percepção inocente e o perdão é uma lição que a gente precisa aprender, pois aquilo que a gente dá é também aquilo que recebe de volta. Se a gente deseja Deus, deve dar o próprio Deus, caso contrário não o conhecerá”.


                                O perdão: esse algo difícil, mas fundamental
  

Isso me faz pensar no artigo ‘Reconciliação - O perdão é o remédio que traz alívio para a alma’, https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/cura-interior/o-perdao-e-remedio-que-traz-alivio-pra-alma/, ao mostrar que o perdão não é um ato. É um processo mental ou espiritual que tem por objetivo cessar o ressentimento tóxico contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, por diferenças, erros ou fracassos. Trata-se de uma habilidade que precisa de treino.


Nesse sentido, o perdão é um remédio. Na hora, pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior. “O perdão é uma graça que Deus nos dá para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo. O perdão age como uma cauterização, curando de dentro para fora. Sim, a cicatriz permanece, já que as lembranças são a garantia de que temos uma história. E a palavra ‘cura’ aplica-se perfeitamente neste caso, visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa ferida evita, metaforicamente, infecção e até necrose”.

A falta de perdão pode virar uma doença real e levar à morte, se não a física, à morte espiritual, psíquica e moral. A falta de perdão mata sonhos, projetos, perspectivas etc. Além disso, muitas são as doenças psicossomáticas causadas pela falta de perdão: depressão, ansiedade, pânico, câncer e doenças cardíacas.           

Às vezes, a falta de perdão é de nós para nós mesmos. Culpamo-nos por tantas coisas, guardamos mágoa, tristeza, ressentimento, revoltas, medos de nós mesmos, mas nos esquecemos de nos perdoar, descreve o referido artigo.


“Fora isso, protelamos as conversas de reconciliação, os pedidos de perdão aos que amamos ou vivem mais próximos de nós. Esse protelar, essa demora, vai azedando as relações, abrindo espaço para a mente criar e projetar situações irreais. Por isso, ter pressa para reconciliar-se é importante. Claro que não se deve atropelar nada, é preciso dar tempo para si mesmo, entender os sentimentos e até as reações diante de uma situação que exija reconciliação. Contudo, não mais que tempo suficiente para rezar e buscar o momento da reconciliação; caso contrário, corre-se o risco de desistir da reconciliação e optar por um ‘deixa pra lá’, sem resolver a situação com racionalidade”.



                          Qual o propósito essencial da minha existência?


Como observa o artigo ‘O portal para a consciência espiritual’, https://www.eusemfronteiras.com.br/o-portal-para-a-consciencia-espiritual-owen-k-waters/, o amor é o portal para a consciência espiritual. É por intermédio   da ativação do coração espiritual que passamos para um mundo inteiramente novo de expansão e de alegria. Nos reinos da consciência espiritual, encontramos a paz, o êxtase e a inspiração contínua. 

“Nos reinos da consciência espiritual, expandimos nossa visão da vida para compreender o que é importante para a alma. Podemos então compreender como o amor pode curar e como podemos e devemos passar o tempo compartilhando um pouco mais de amor, ainda que isso seja praticado simplesmente através da prece silenciosa pelo bem-estar dos outros. Lembremos do amor interior especialmente quando as circunstâncias externas parecem obscuras”.

Há algo importante que a pessoa precisa ter em mente: ao despertar sua consciência, ela passa a ter mais responsabilidade, mais atenção e cuidado com os incrédulos, aceitando-os independentemente de possíveis provocações e, sobretudo, tentando educá-los. Ou então, como diz sabiamente o filósofo grego Pitágoras, “Se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então cala-te”. 

Boas companhias, boas leituras e outras boas escolhas favorecem o despertar da consciência. Só é preciso ficar atento (a), sensível, às várias oportunidades que a vida apresenta a cada um de nós. E aqui se inclui conhecer algumas diferentes práticas religiosas (seja participando de um culto, uma palestra, um curso, uma meditação...), sem obrigatoriedade de criar vínculo com uma delas – o que não impede se houver plena identificação. Apenas os despertos se dão conta da arte de viver. É incrível, devo dizer por experiência própria, como, em busca do aprimoramento espiritual, como a vida vai nos brindando providencialmente com o que precisamos. A gente percebe e se encanta em muitas circunstâncias. E tudo isso fortalece grandemente nosso propósito consciente com o mundo.

Muitos de nós em algum momento começamos a nos perguntar qual o propósito da nossa existência. Para que estou usando o meu tempo e a minha vida? Ou, de fato, como estou ocupando a minha mente?

Como cita S. Rudy, no artigo ‘Uma reflexão sobre o sentido da vida’, https://cristianismoativo.org/uma-reflexao-sobre-o-sentido-da-vida, “O significado da minha vida é muito dependente das minhas escolhas: é uma vida prática, e as decisões que tomo nas circunstâncias da minha vida determinam o resultado’.


Boa reflexão!

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