Diferentemente do inconsciente, o
subconsciente está logo abaixo da consciência e é acessível se a gente se
esforçar para tanto.
AINDA não existe uma fórmula capaz de controlar o que
dizemos de forma inconsciente. Emitimos sinais inconscientes o tempo todo. É
por isso que é tão difícil fingir.
O inconsciente não é apenas um depósito de traumas
reprimidos e habilidades incríveis. Ele também é especialista em fazer o
contrário: colocar tudo pra fora. O psicólogo Paul Ekman, da Universidade da Califórnia, ficou famoso por ter
catalogado mais de 10 mil conjuntos de ‘microexpressões’ – expressões faciais
que fazemos inconscientemente enquanto conversamos, e que podem revelar nossas
verdadeiras emoções. Ekman é
considerado pela Associação Americana de Psicologia (APA) um dos psicólogos
mais prestigiados e influentes do século XXI. E uma das maiores referências no
âmbito da detecção de mentiras e da relação entre emoções e expressões
faciais.
Mensagem subliminar é qualquer tipo de estímulo
captado pelo cérebro humano de modo não consciente. Em outras palavras, são
mensagens que entram na mente sem percebermos. Os exemplos mais evidentes de
mensagens subliminares são frases e imagens inseridas no meio de filmes tão
rapidamente que não se consegue captá-las conscientemente. Muitas vezes fica a
dúvida se a gente viu alguma coisa ou não, mas o cérebro certamente capta a
mensagem.
O subconsciente
é uma parte da mente que não temos capacidade de controlar, porém é essa a parte que nos controla.
É ali onde ficam armazenadas
todas as nossas memórias.
Nós sabemos que existem emoções boas e ruins, mas o
subconsciente não se manifesta dessa maneira. Para ele, emoção é emoção, não
tem o lado bom ou ruim. Quem define o que é bom ou ruim é a mente consciente,
depois que o padrão de pensamento, emoção ou comportamento foi criado pelo
subconsciente.
A mente subconsciente precisa apenas que a gente repita
uma emoção algumas vezes para ela começar a automatizar e criar um padrão.
Afinal, se a gente está repetindo uma determinada emoção frequentemente, o
subconsciente entende que essa emoção é necessária para nossa
sobrevivência.
É então que o subconsciente passa a criar uma realidade
colocando-nos em situações onde poderemos nos sentir: culpado, feliz,
depressivo, ansioso, confiante, em paz, amado, inferior, traído, com autoestima
baixa e por aí vai... Tudo depende então do padrão criado pelo subconsciente.
Sigmund Freud, médico e pesquisador austríaco que criou a psicanálise, descreveu
a mente humana de uma forma que até hoje é utilizada por psicólogos e
psiquiatras. Suas definições de consciente, subconsciente e inconsciente são o
foco de diferentes áreas de estudo da ‘psique’ (que se refere a tudo o que é
formado pelos fenômenos que ocorrem na mente; sentimentos, pensamentos e
percepções são funções desenvolvidas pela ‘psique’ - que permite que o ser
humano se relacione e se adapte ao meio através de processos). Ocorre que
muitas pessoas utilizam os termos inconsciente e subconsciente
como sinônimos, o que não é correto.
A memória inconsciente
Em
poucas palavras, pode-se dizer que o inconsciente é onde estão armazenadas as
informações que nos foram passadas, estão reprimidas e não são facilmente
trazidas à mente consciente, podendo ser oriundas de um trauma ou até mesmo de memórias,
simples pensamentos, desejos e impressões que temos, inacessíveis à mente
consciente.
Algumas
experiências estressantes, como abusos repetidos na infância, são tão fortes e
traumáticas que suas memórias se escondem como sombras no cérebro. A princípio,
isso pode parecer algo bom, já que as lembranças dolorosas não podem ser
acessadas conscientemente, protegendo o indivíduo de ter que reviver constantemente
a dor emocional de determinados eventos.
A mente inconsciente é composta por instintos reprimidos, sentimentos e
impulsos que são negativos ou vergonhosos e exercem uma poderosa influência
sobre a mente consciente, sem a consciência da pessoa. As memórias
suprimidas podem causar problemas psicológicos graves, como ansiedade e
depressão.
A memória subconsciente
Há diferença
entre o inconsciente e o subconsciente. Diferentemente do inconsciente, o
subconsciente está logo abaixo da consciência e é acessível se houver esforço
para tanto. Um exemplo é a memorização de um número telefônico. Essa
informação não está na memória consciente, mas no subconsciente. Se a gente se
esforçar um pouco, consegue lembrar do número, mas não tem acesso direto,
como no caso da memória consciente. Para descobrir o número de telefone é
preciso um pouco de atenção até se lembrar. Todas as lembranças que não
requerem foco ou atenção concentram-se na memória consciente. Já quando alguém
pergunta o que a gente deseja para o futuro, é preciso acessar o subconsciente
para responder.
Diferença entre inconsciente e subconsciente
Imagine
alguém lhe pedindo para descrever qual foi o pior dia da sua vida. Você
certamente não irá descrever o pior, mas irá buscar no subconsciente um dia que
de fato tenha sido muito ruim. Isso porque a gente consegue encontrar na
memória fatos ruins que aconteceram, mas, certamente, o pior dia da sua vida
permanece no inconsciente, o dia realmente traumático que a mente bloqueou ou
reprimiu. De acordo com Freud, uma
das diferenças entre o inconsciente e o subconsciente é que o inconsciente trabalha
como um mecanismo de proteção sobre a mente. A gente poderá até identificar
o pior dia da nossa vida, mas precisará de terapia para ter acesso a camadas profundas
e escondidas da mente, bem distantes do consciente e subconsciente.
O mundo
inconsciente
Muito do que a gente faz, o tempo inteiro, é inconsciente.
Falar, por exemplo. A gente simplesmente pensa no que quer dizer (as ideias) e
não precisa selecionar conscientemente as palavras – elas simplesmente aparecem.
Isso acontece porque o inconsciente trabalha nos bastidores durante a conversa,
vasculhando o nosso vocabulário e abastecendo o consciente para ajudar a
expressar nossos sentimentos.
Enquanto ouvimos outra pessoa falar, acontece algo
parecido. A gente não precisa analisar e decodificar conscientemente cada palavra
do que a outra pessoa está dizendo – porque o nosso inconsciente se encarrega
de transformar em ideias os sons que estão saindo da boca dessa pessoa. Quando
a gente lê um texto é a mesma coisa: o inconsciente transforma automaticamente
os símbolos gráficos (as letras e palavras) da página em ideias, que só então
são transmitidas para a consciência.
O inconsciente é um conceito que mencionamos uma vez ou
outra, mas geralmente desconhecendo seu verdadeiro significado. Normalmente
denominamos ‘inconsciente’ a tudo aquilo que fazemos sem dar conta ou de forma
instintiva. Entretanto, na psicanálise, esse conceito vai mais além. Ele é
também definido como uma estrutura psíquica que guarda conteúdos reprimidos da
consciência e determina alguns comportamentos. O inconsciente é então esse
estranho mundo escondido que se revela através de sonhos e lapsos, por exemplo.
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado. Esse material não é esquecido nem perdido, mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência. Além disso, há também material que foi excluído da consciência, censurado. Esse material não é esquecido nem perdido, mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente.
Esta é uma das frases que descrevem o inconsciente: “Tudo o que ocorre em nossa vida está ligado
ao inconsciente, porque ele é, antes de tudo, a matriz de nossas repetições,
sejam elas saudáveis ou não”. A afirmação é do psicanalista argentino Gabriel Rolón, que descreve a natureza
dessa mecânica.
Outras ideias
sobre o tema:
“ATÉ você se tornar consciente, o inconsciente
irá dirigir a sua vida e você irá chamá-lo de destino.”
“NÃO se deve esquecer a seguinte regra: o
inconsciente de uma pessoa se projeta sobre outra pessoa, isto é, aquilo que
alguém não vê em si mesmo, passa a censurar no outro. Este princípio tem uma
validade geral tão impressionante que seria bom se todos, antes de criticar os
outros, se sentassem e ponderassem cuidadosamente se a carapuça que querem
enfiar na cabeça do outro não é aquela que se ajusta perfeitamente a si mesmo.”
“O AFETO e a inteligência curam as feridas da
alma, reescrevem as páginas do inconsciente.”
“ESCREVO sem pensar, tudo o que o meu inconsciente
grita. Penso depois, não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.”
Fontes consultadas:
(1) “Cientistas descobrem como memórias traumáticas se escondem no cérebro”, https://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/cientistas-descobrem-como-memorias-traumaticas-se-escondem-no-cerebro-17215383
(2) “Diferença entre o inconsciente e o
subconsciente”, https://saladepsicologia.wordpress.com/2013/02/28/diferenca-entre-o-inconsciente-e-o-subconsciente/
Leia também:
“Sabedoria
oriental: inconsciente e subconsciente”, https://amenteemaravilhosa.com.br/inconsciente-e-subconsciente/
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