Charles Duhigg, nascido em 1974
Repórter
investigativo do New York Times. Foi
autor e colaborador de Golden
Opportunities (2007), uma série de artigos que examinavam como empresas
estão tentando se aproveitar de americanos em idade avançada.
Nas últimas duas
décadas, neurologistas, psicólogos, sociólogos e publicitários finalmente
começaram a entender como os hábitos funcionam – e, o mais importante, como
podem ser transformados. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com
o tempo eles têm um enorme impacto em nossa saúde, produtividade, estabilidade
financeira e felicidade.
Charles Duhigg apresenta um argumento animador:
a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, tornar-se
uma pessoa mais produtiva, criar empresas produtivas e ter sucesso é entender
como os hábitos funcionam.
Livros Recomendados
TENHO este
produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade.
É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso
não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade.
Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a
leitura.
Conheça algumas das
ideias memoráveis do livro:
“NÃO compartilhar uma oportunidade de
aprender é um pecado capital.”
“TODA
a nossa vida, na medida em que tem forma definida, não é nada além de uma massa
de hábitos”, escreveu William James
em 1892. A
maioria das escolhas que fazemos a cada dia pode parecer fruto de decisões
tomadas com bastante consideração, porém não é. Elas são hábitos. E embora cada
hábito signifique relativamente pouco por si só, ao longo do tempo, as
refeições que pedimos, o que dizemos a nossos filhos toda noite, se poupamos ou
gastamos dinheiro, com que frequência fazemos exercícios, e o modo como
organizamos nossos pensamentos e rotinas de trabalho têm impactos enormes em
nossa saúde, produtividade, segurança financeira e felicidade.”
Um artigo publicado
por um pesquisador da Duke University,
em 2006, descobriu que mais de 40% das ações que as pessoas realizavam todos os
dias não eram decisões de fato, mas sim hábitos.
William James – assim como inúmeros outros, de Aristóteles a Oprah Winfrey – passou boa parte de sua vida tentando entender por
que os hábitos existem. Porém, só nas últimas duas décadas os neurologistas,
psicólogos, sociólogos e marqueteiros realmente começaram a entender como os
hábitos funcionam – e, mais importante, como eles mudam.
Esse livro é baseado
em centenas de estudos acadêmicos, entrevistas com aproximadamente trezentos
cientistas e executivos, e pesquisas realizadas em dezenas de empresas.
Charles Duhigg aborda os hábitos em sua definição
técnica: as escolhas que todos fazemos deliberadamente em algum
momento, e nas quais paramos de pensar depois mas continuamos fazendo,
normalmente todo dia. Em certo momento, todos nós decidimos conscientemente o
quanto iríamos comer e quando sairíamos para correr. Depois paramos de fazer escolhas,
e o comportamento torna-se automático. É uma consequência natural da nossa
neurologia. E entendendo como isso acontece, você pode reconstruir esses
padrões do jeito que quiser.
“TRANSFORMAR
um hábito não é necessariamente fácil nem rápido. Nem sempre é simples.
Mas é possível. E agora entendemos como.
Quando
um hábito surge, o cérebro para de participar totalmente da tomada de decisões.
Ele para de fazer tanto esforço, ou desvia o foco para outras tarefas. A não
ser que você deliberadamente lute contra um hábito – que encontre novas rotinas
-, o padrão irá se desenrolar automaticamente.
Os
hábitos dão forma a nossa vida muito mais do que percebemos – são tão fortes,
na verdade, que fazem com que nossos cérebros se apeguem a eles a despeito de
todo o resto, inclusive o bom-senso.”
“QUALQUER
pessoa pode usar esta fórmula básica para criar seus próprios hábitos: Quer
fazer mais exercícios? Escolha uma DEIXA, como ir para a academia assim que acorda,
e uma RECOMPENSA para depois de cada sessão. Então pense na injeção
de endorfina que você vai sentir. Permita-se desfrutar antecipadamente da
recompensa. Por fim, esse anseio vai acabar fazendo com que seja mais fácil ir
à academia todo dia. Os anseios por essa recompensa suplantam a tentação de
largar o exercício.”
“ENTENDENDO
os mecanismos dos hábitos, fazemos descobertas que tornam os novos
comportamentos mais fáceis de dominar. Qualquer pessoa lutando com um vício ou
comportamento destrutivo pode se beneficiar da ajuda de diversas frentes, incluindo
terapeutas treinados, médicos, assistentes sociais e mentores religiosos. Mesmo profissionais dessas áreas, no entanto, concordam
que a maioria dos alcoólatras, fumantes e outras pessoas lutando com
comportamentos problemáticos param por si próprias, longe de circunstâncias
formais de tratamento. Boa parte das vezes, essas mudanças são
realizadas porque as pessoas examinam deixas, anseios e recompensas que
impulsionam seus comportamentos, e então acham meios de substituir suas rotinas
autodestrutivas por alternativas mais saudáveis, mesmo se elas não estiverem
totalmente cientes do que estão fazendo nesse momento. Entender as deixas e os
anseios que impulsionam seus hábitos não vai fazer com que eles desapareçam de
repente – mas vai fornecer a você um meio de planejar como mudar o padrão.”
“SE VOCÊ
quer parar de fumar, pergunte a si mesmo se faz isso porque ama a nicotina, ou
porque isso proporciona um estímulo rápido, uma estrutura para o seu dia, um
jeito de socializar? Mais de trinta estudos de ex-fumantes descobriram que
identificar as deixas e recompensas que eles associam aos cigarros, e então
escolher novas rotinas que forneçam compensações parecidas – um Nicorette (*),
uma rápida série de flexões de braço, ou simplesmente tirar uns poucos minutos
para se alongar e relaxar -, aumenta a probabilidade de eles pararem.”
(*)
Nicorette
(nicotina) é indicado para o tratamento de indivíduos tabaco-dependentes para
aliviar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, levando à diminuição
e abandono do hábito de fumar.
“SE VOCÊ
identificar as deixas e recompensas, pode alterar a rotina. Pelo menos na maior
parte das vezes. Para alguns hábitos, no entanto, há outro ingrediente
necessário: a FÉ.”
Como os hábitos mudam?
“NÃO HÁ,
infelizmente, nenhuma série específica de passos que funcione de forma
infalível para qualquer pessoa. Sabemos que um hábito não pode ser erradicado – ele deve,
em vez disso, ser substituído. E sabemos que os hábitos são mais
maleáveis quando a Regra de Ouro da mudança de hábito é aplicada: se
mantivermos a mesma deixa e a mesma recompensa, uma nova rotina pode ser
inserida.
Mas
isso não é suficiente. Para que um hábito continue mudado, as pessoas precisam
acreditar que a mudança é possível. E na maior parte das vezes, a FÉ só surge
com a ajuda de um grupo.
Se
você quer perder peso, estude seus hábitos para descobrir por que você
realmente sai da mesa no trabalho para fazer um lanche todo dia e então
encontre outra pessoa para dar um passeio com você, para bater papo na mesa
dela e não na lanchonete, um grupo que acompanhe junto metas de perda de peso,
ou alguém que também queira manter por perto um estoque de maçãs e não de
batata chips.”
“SABEMOS
que a mudança pode acontecer. Alcoólatras podem parar de beber. Fumantes podem
largar o cigarro. Eternos perdedores podem virar campeões. Você pode parar de
roer as unhas ou de fazer lanche no trabalho, de gritar com seus filhos, de
passar a noite acordado, de se atormentar com pequenas preocupações... E, como
descobriram os cientistas, não é apenas a vida
individual que pode ser mudada quando alguém dedica atenção aos hábitos. São
também famílias, empresas, organizações e comunidades.”
“PENSEMOS
em estudos investigando os impactos dos exercícios nas rotinas diárias.
Quando as pessoas começam a fazer exercícios habitualmente, mesmo com uma
frequência baixa, como uma vez por semana, elas começam a mudar outros padrões
não relacionados em suas vidas, muitas vezes sem saber disso. Tipicamente,
pessoas que fazem exercícios começam a se alimentar melhor e se tornar mais
produtivas no trabalho. Fumam menos e demonstram mais paciência com colegas e
familiares. Usam seus cartões de crédito com menos frequência e afirmam sentir
menos estresse. O motivo não é totalmente claro. Mas para muitas pessoas o
exercício é um hábito angular que deflagra mudanças disseminadas. ‘O exercício transborda para outras áreas’, diz James Prochaska, um pesquisador da Universidade de Rhode Island. Há algo nele que facilita os outros hábitos.”
“CONFORME
seus músculos da força de vontade se desenvolvem, os bons hábitos parecem transbordar
para outras partes da sua vida.”
Academias de ginástica
“QUANDO
você aprende a se forçar a ir à academia, a começar sua lição de
casa ou a comer uma salada em vez de um hambúrguer, parte do que está
acontecendo é que você está mudando o modo como pensa”, diz Todd Heatherton, um pesquisador de Darmouth que trabalhou em estudos sobre
a força de vontade. “As pessoas aprendem a controlar melhor seus impulsos.
Aprendem a se distrair das tentações. E uma vez que você entrou nesse sulco
criado pela força de vontade, seu cérebro tem prática em ajudar você a se
concentrar num objetivo.”
“É POR ISSO
que colocar crianças em aulas de piano ou de esportes é tão importante. Não tem
nada a ver com criar um bom músico ou um craque de futebol aos 5 anos”, diz Heatherton. “Quando você aprende a se
obrigar a praticar durante uma hora ou correr 15 voltas, começa a construir
força de autocontrole. Um menino de 5 anos capaz de seguir a bola durante dez
minutos se torna um aluno de sexta série que pode começar a lição de casa na
hora certa.”
“A ATRATIVIDADE das instalações e a
disponibilidade do equipamento esportivo levam as pessoas a se matricular no
começo, o que as faz continuar na academia é outra coisa.”
“A RETENÇÃO - segundo um estudo realizado
na ACM, uma das maiores organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos,
realizado pelo cientista social Bill
Lazarus e pelo matemático Dean Abbott
-, é motivada por fatores emocionais, como por exemplo: se os funcionários sabem
o nome dos membros ou dizem ‘oi’ quando eles chegam. Na verdade, muitas vezes as
pessoas vão à academia procurar um contato humano, e não uma esteira
ergométrica.”
“PARA VENDER
um novo hábito, neste caso os exercícios, é preciso embrulhá-lo em algo que as
pessoas já conhecem e apreciam, tal como o instinto de ir a lugares onde é
fácil fazer amigos. ‘Estamos decifrando o código de como manter as pessoas na
academia’, diz Lazarus. As pessoas
querem frequentar lugares que satisfaçam suas necessidades sociais. Fazer com
que as pessoas se exercitem em grupos torna mais provável que elas continuem
treinando. É possível mudar a saúde do país assim.”
***
O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou
com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o
tema.
Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo
peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa
a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.
O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando...
Aperfeiçoando-se!
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