Elisabeth Kübler-Ross, 1926-2004, médica psiquiatra nascida na
Suíça e radicada nos Estados Unidos
Ela especializou-se em cuidados paliativos e em situações
próximas da morte. Após trabalhar durante anos em contato com pacientes em
estado terminal, desenvolveu o famoso modelo Kubler-Ross, em que estabeleceu as fases do luto.
Uma mulher extraordinária que,
como médica, foi pioneira na investigação da morte e do morrer, descrevendo os
vários estágios da dor que acompanha esse processo e afirmando com esperança: a morte não existe. Através de seus
vários livros e anos de trabalho com crianças, pacientes de AIDS e idosos
portadores de doenças fatais, Elisabeth Kübler-Ross
trouxe consolo e compreensão a inúmeras pessoas que tentavam lidar com a
própria morte ou a de entes queridos.
Preciso ler muito para ajudar o mundo.
SE NÃO for o seu caso, mas conhecer alguém triste, desanimado,
desamparado, precisando de consolo, de um estímulo, este livro é uma aventura
do coração, vigorosa, controvertida, inspiradora, um legado à altura de uma
vida extraordinária.
Espero que você encontre alguma coisa aqui que possa usar para melhorar sua vida.
Tom Simões
Livros Recomendados
TENHO este
produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade.
É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso
não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade.
Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a
leitura.
Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com
Conheça algumas das ideias memoráveis do livro:
“AO LONGO da vida surgem pistas que nos indicam para que direção
devemos seguir. Se não damos atenção a essas pistas, fazemos opções erradas e
acabamos levando uma vida infeliz. Se ficamos atentos, aprendemos novas lições
e temos uma vida plena e boa, assim como uma boa morte. O maior dom que Deus
nos concedeu foi o livre-arbítrio. O livre-arbítrio põe sobre nossos ombros a
responsabilidade por fazer as melhores escolhas possíveis.”
“COMO
relata uma sobrevivente dos campos de concentração nazista, ‘Se eu usasse a
minha vida, que foi poupada, para plantar as sementes do ódio, eu não seria
muito diferente de Hitler. Seria
apenas mais uma vítima procurando espalhar cada vez mais ódio. A única maneira
de encontrar a paz é deixar que o passado fique para trás’. Apesar da
experiência de toda aquela crueldade, Golda,
a sobrevivente, preferiu perdoar e amar: Se
eu puder mudar a vida de uma pessoa transformando seu ódio e seu desejo de
vingança em amor e comiseração, mereci sobreviver.”
Ah, Golda, como a admiro!
O mundo tem conserto depois da guerra!
Tom Simões
“ACHO QUE a medicina moderna se tornou uma espécie de profeta que
oferece uma vida sem dores. Isso é absurdo. A única coisa que conheço capaz de
curar realmente as pessoas é o amor incondicional.”
“TODO
mundo enfrenta
momentos difíceis na vida. Quanto mais momentos difíceis enfrentamos, mais
crescemos e aprendemos. Quando aprendemos as lições, a dor se vai. Nesses
momentos, ou você cai no negativismo e procura atribuir a culpa a alguém ou
opta pela recuperação e por continuar a amar. Como acredito que o único propósito
da nossa existência é crescer, não tive problemas para fazer uma escolha.”
“QUANDO acabamos de fazer tudo o que viemos fazer aqui na Terra,
podemos sair de nosso corpo, que aprisiona nossa alma como um casulo aprisiona
a futura borboleta. E, na hora certa, podemos deixá-lo pra trás, e não sentir mais
dor, nem medo, nem preocupações – ficar livres como uma linda borboleta voltando
para casa, para Deus...” (de uma carta a
uma criança com câncer)
“AS PESSOAS sempre me perguntam como é a morte. Digo-lhes que é sublime.
É a coisa mais fácil que terão que fazer. A vida é dura. A vida é luta. Viver é
como ir à escola. Dão a você muitas lições para estudar. Quanto mais você
aprende, mais difíceis ficam as lições. Quando aprendemos as lições, a dor se
vai.”
“NA REALIDADE, a maior satisfação de meu início de carreira
como médica não era trabalhar na clínica ou atender a doentes em suas casas,
mas visitar pacientes que precisavam de um amigo, de palavras reconfortantes ou
de algumas horas de companhia. A medicina tem seus limites, um fato que não se
ensina na faculdade. Outro fato que não é ensinado: um coração compassivo,
sentimento que supõe ternura, compreensão e desejo de ajudar pode curar quase
tudo. Uns poucos meses no campo convenceram-me de que ser um bom médico nada
tinha a ver com anatomia, cirurgia ou prescrição dos remédios certos. A melhor
maneira de um médico ajudar seu paciente é ser ele próprio, uma pessoa cheia de bondade, zelo, sensibilidade
e amor.”
“O CONHECIMENTO ajuda, mas o conhecimento sozinho não resolve os
problemas de ninguém. Se você não usar sua cabeça, seu coração e sua alma, não
conseguirá ajudar um único ser humano.”
“ESCUTANDO-OS, concluí que todos os pacientes moribundos sabem
que vão morrer. Não se trata de perguntar: Será
que contamos a ele? ou Será que ele
já sabe? A única pergunta a fazer é: Será
que posso escutar o que ele tem a dizer?”
“QUANDO os dois funcionários do departamento de saúde chegaram com o
caixão, meu pai estava vestido e deitado na cama dentro de um quarto limpo e
arrumado. Depois de o colocarem delicadamente no caixão, um dos homens
chamou-me a um canto e, com um sussurro discreto, perguntou se eu não queria
pegar algumas flores no jardim para pôr nas mãos de meu pai. Como ele sabia?
Como eu poderia esquecer? Fora meu pai quem estimulara meu amor pelas flores,
quem abrira meus olhos para a beleza da natureza. Desci correndo com Kenneth, meu filho, nos braços, colhi os
mais belos crisântemos que pudemos encontrar e coloquei-os nas mãos de meu pai.
[...] Mais tarde, na mesma noite, escrevi em meu diário: ‘Meu pai viveu verdadeiramente até morrer’.”
“ALGUNS pacientes sofriam de doenças terminais; outros ficavam
sentados sozinhos, lutando contra a ansiedade, enquanto esperavam por
tratamentos com radiação, quimioterapia ou um simples raio-X. Mas todos estavam
assustados, confusos, solitários e queriam muito outra pessoa ali para ter com
quem dividir suas preocupações. Eu fazia isso naturalmente. Bastava uma única
pergunta e era como se estivesse abrindo a comporta de um dique.”
“O FATO de ter passado mais de três décadas fazendo pesquisas sobre a
morte e a vida depois da morte faz de mim uma especialista no assunto. O único
fato incontestável em meu trabalho é a importância da vida. Sempre digo que a
morte pode ser uma das maiores experiências que se pode ter. Se você vive bem
cada dia de sua vida, não tem o que temer.”
“TUDO o que o meu médico quer é discutir o tamanho de meu fígado. A
essa altura, o que me interessa saber qual é o tamanho do meu fígado? Tenho
cinco filhos em casa que precisam de alguém para cuidar deles. É isso que está
me matando. E ninguém fala comigo sobre esse assunto!”
“NÃO HÁ nada garantido na vida, a não ser a certeza de que todos
temos de enfrentar dificuldades. É assim que aprendemos. Alguns enfrentam dificuldades
desde o momento em que nascem. De todas as pessoas, essas são as mais
especiais, as que exigem maior solicitude, maior compaixão e as que nos lembram
que o amor é a única finalidade da vida.”
“É IMPOSSÍVEL viver uma vida de qualidade superior se não nos
livramos de nossa negatividade, de nossas questões pendentes.”
“NAQUELA ÉPOCA, eu já estava acostumada a encontrar pessoas que
não mediam esforços para conversar comigo ou dizerem que precisavam urgentemente
me fazer alguma pergunta. Às vezes, não vale a pena pensar tanto com a cabeça,
e sim com o instinto. Àquela altura de minha vida, estava aberta a tudo e a
todos. Havia dias em que eu tinha a impressão de que uma cortina estava sendo
levantada para me dar acesso a um mundo que ninguém jamais viu antes. Havia
aprendido a não desprezar as coisas só porque não podia explicá-las. Acreditava que todos temos um anjo da guarda
ou um guia que toma conta de nós. Quando estamos preparados para experiências
místicas, elas acontecem conosco. Se estivermos abertos a essas experiências,
teremos nossos encontros espirituais. Infelizmente, havia um número cada vez
maior de coisas que não podia contar à minha família. Era uma pena não me
sentir à vontade para dividir tanto entusiasmo com meu marido, mas ele não
admitiria perder seu tempo com aquilo.”
“QUANDO você está ao lado de doentes e crianças moribundas,
concentrando-se neles durante horas, está praticando uma das formas mais
elevadas de meditação.”
“HÁ EM cada um de nós um potencial para a bondade que é maior do que
imaginamos: para dar sem buscar recompensa, para escutar sem julgar, para amar
sem impor condições.”
“A VIDA num corpo físico é uma parcela
muito pequena da existência total de uma pessoa.”
“TODOS
os dias, mais alguém clama por compreensão e compaixão. Escutem o som de suas
vozes. Escutem como se o chamado fosse música, uma linda música. Posso garantir
que as maiores recompensas da vida inteira virão do fato de vocês abrirem seus
corações para os que estão precisando. As maiores bênçãos vêm sempre do ajudar
os outros.”
***
ESTA síntese é uma simples ideia da obra.
Quem se identificou com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser
explorado sobre o tema.
Todo mundo pode mudar para
melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo
peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa
a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.
O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se
testando e se reinventando... Aperfeiçoando-se!
***
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