Huberto Rohden, 1893-1981
Filósofo, educador e
teólogo brasileiro. Era catarinense, radicado em São Paulo.
Li
a obra Por que
sofremos? em
2010. Para esse filósofo, o sofrimento é um fator positivo e não negativo. Rohden afirma que o sofrimento é a reação das Leis
Cósmicas. A grande mensagem espiritual
desse livro é dizer que a alternativa do homem de hoje e de todos os tempos não
é sofrer ou não sofrer, mas saber sofrer.
Livros Recomendados
TENHO este
produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade.
É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso
não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade.
Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a
leitura.
Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com
Conheça algumas das ideias memoráveis
do livro: “Por que sofremos?"
“HÁ três
tipos de sofredores: revoltados, resignados (passivos) e regenerados.”
“O CENTRO de
todo homem é o seu Eu espiritual, a
sua alma, o seu Deus interno. Mas esse Deus interno no homem se acha, de
início, em estado embrionário, meramente potencial.
O destino do homem, aqui na Terra, é iniciar a relação
de uma natureza, que é a sua felicidade.
O grosso da humanidade atual representa ainda a velha humanidade,
cheia de males e sujeita à morte. A voz da inteligência barra a evolução do
homem, desviando a sua evolução espiritual para uma pseudo-evolução
intelectual.”
Mudança de perspectiva e atitude
“O PASSADO
multimilenar de toda a Humanidade só conhece a existência e nada sobre
essência.
As nossas teologias tradicionais pouca consolação
podem dar aos sobreviventes enlutados. A ideia de um lugar definitivo, chamado
‘céu’, e de uma vida estática, chamada ‘vida externa’, está cedendo aos poucos
à verdade de uma evolução indefinida e progressiva rumo ao Infinito.
Nós não estamos realmente separados dos nossos
defuntos, tão vivos como nós, demandando o mesmo destino universal. Estamos
apenas vivendo numa outra faixa vibratória ou frequência.”
“SILÊNCIO,
calma, serenidade, criam um ambiente propício para a alma em transição para
outras regiões da existência. Vibrações espirituais, como cânticos e silenciosa
meditação, devem substituir a atmosfera de luto e tristeza, que em geral
envolve o velório dos entes queridos que partiram para o além. Para o espírito,
não há ausência, há presença permanente.”
“PAULO de
Tarso escreve: ‘Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo – mas não sou
eu que vivo, é o Cristo que está em mim’.
Todo o medo que o homem profano tem da morte vem de
uma grande e funesta ilusão: da confusão entre existência e essência. O homem
profano considera a morte como a ausência da vida – quando o iniciado sabe por
experiência própria que a vida é imortal, embora ela possa assumir diversas
formas mortais aos vivos.”
(*) na crença hinduísta, descida de um ser
divino à terra, em forma materializada.
“O AMOR é
como a luz ou o fogo, que purifica os objetos impuros, mas não transfere para
si essas impurezas, aniquila-as, neutraliza-as totalmente. Há água impura, mas
não existe luz impura. A água purifica tornando-se impura; a luz purifica
continuando pura.”
“É EXPERIÊNCIA
geral que o ego, quando está repleto de gozos e satisfações, dificilmente se
interessa pelas coisas de seu Eu
espiritual. O desejo de algo espiritual só desperta no homem quando lhe
faltam os objetos do ego. O homem-ego só conhece os objetivos da vida, mas
ignora a sua razão de ser. Enquanto os objetivos da vida estão presentes em
abundância, o homem profano procura a sua satisfação e felicidade nesses
objetos, e dificilmente descobre a sua razão de ser, que tem que ver com o seu sujeito profundo, com o seu Eu interno.”
“NINGUÉM pode
ser íntima e solidamente feliz se não sacrificar a sua felicidade pela felicidade
dos outros. Ninguém pode ser realmente feliz enquanto não se perder em algo
maior do que si mesmo.”
A necessidade dos bens externos
decresce na razão direta do aumento do bem interno
“EXISTE uma
lei eterna que proíbe o homem de girar ao redor de si mesmo, sob pena de
atrofia psíquica e espiritual, sob pena de ficar internamente doente e infeliz.
A Constituição Cósmica exige que todo homem, para ser feliz, gire em torno da
felicidade dos outros, ou, na frase lapidar do mais feliz dos homens que a
história conhece, que ‘ame a Deus sobre
todas as coisas e a seu próximo como a si mesmo’, que ‘perca a sua vida para ganhá-la’.
O enriquecimento vem na vertical. Distribui-se ao
redor de si, a seus irmãos, mas se recebe das alturas, de Deus. Não se pode evitar esse enriquecimento de cima, uma vez que
ninguém pode modificar, mesmo que quisesse, a eterna Lei Cósmica, que enriquece
infalivelmente a todo homem desinteressadamente bom.”
“A VERDADEIRA
felicidade é silenciosa como a luz, ao passo que a infelicidade costuma ser
barulhenta; e por isto sabemos de tantos
infelizes e tão pouco de homens felizes. De quando em quando, porém, a
silenciosa felicidade dos felizes se irradia pelo ambiente de tal modo que até
os infelizes percebem algo dessa luminosidade.”
“O HOMEM é
senhor e soberano de tudo o que sabe. Mas é escravo de tudo o que ignora.”
***
ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o tema.
ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o tema.
Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo
peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa
a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.
O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos
transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um
longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando...
Aperfeiçoando-se!
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