Augusto
Cury, nascido em 1958, em Colina
(SP)
Médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Desenvolveu a teoria da ‘Inteligência Multifocal’, que estuda as
habilidades socioemocionais - a sua relação consigo mesmo (intrapessoal) e
também a sua relação com outras pessoas (interpessoal) -,
a formação do Eu, os papéis da memória e a construção dos
pensamentos.
TENHO este
produtivo hábito. Sintetizar os livros que leio abordando autoconhecimento e espiritualidade.
É comum eu compartilhar com os meus seguidores trechos de alguns deles. Isso
não impede o leitor de adquirir a citada obra para conhecê-la em sua totalidade.
Vai aqui também a sugestão de um presente muito útil para quem valoriza a
leitura.
Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com
Conheça algumas das ideias memoráveis do livro: “O Semeador de
Ideias", que li em 2012:
“A HUMANIDADE não precisa de heróis nem de deuses, mas de seres humanos
que reconheçam suas tolices e assumam suas limitações e imperfeições. Vocês são
deuses ou seres humanos?
Se considerarmos a
personalidade humana como um grande edifício, a maioria dos homens nunca saiu
do térreo, da sala de recepção. Sim, a maioria jamais entrou no subsolo da sua
mente nem nos andares mais elevados da sua inteligência. São desconhecidos de
si próprios.”
Amor
“O AMOR não pode ser comprado, negociado ou transferido. O amor não
cresce no terreno da coação, da força e do controle. Ele exige os terrenos
férteis da liberdade e espontaneidade para florescer. Só se ama quando se é
livre!”
“TENTO ser um pequeno semeador de ideias para dar significado à
minha vida.
Sei que o Artesão da
existência pode perdoar as loucuras dos homens, e quem sabe as minhas também.
Mas o meu problema é eu mesmo me perdoar.
A maior vingança contra um
inimigo é perdoá-lo. Perdoe-o, e ele morrerá dentro de si; odeie-o, e ele
viverá no centro da sua história e o aterrorizará dia e noite...”
“MINHA mente se abriu para
outra genialidade, a funcional, provocada, aprendida, que, em tese, todo ser
humano pode e deve desenvolver. Uma genialidade que organiza, sintetiza e
rearranja os dados de maneira nova, produzindo novas ideias.”
“CADA vez mais somos uma ‘senha’, um número de identidade, de
passaporte, e não seres humanos complexos. Estamos perdendo nossa essência. Construímos um esgoto social
do qual ninguém escapa. Uns admitem nele habitar, outros negam sua existência,
mas todos vivem em seus porões.”
“OBSERVEM quantas pessoas transitam pelas ruas. Observem os carros,
os apartamentos, as lojas abarrotadas de produtos. Eis a sociedade de consumo.
Ninguém muda o mundo se
primeiramente não mudar o seu mundo. Os problemas da humanidade devem ser
resolvidos não por um gigante ou por um grupo social, mas por uma mudança de
mente, uma geração de seres humanos sem fronteiras que pensem como família
humana.”
Jesus
“O HOMEM que mais divulgou a tese sociológica do ser humano sem
fronteira foi o mais famoso dos judeus. Mas, infelizmente, esse homem
espetacular só foi estudado ao longo das Eras sob o ângulo da teologia, e não
das ciências humanas.
Quando indagavam sua
identidade, há dois milênios, ele solenemente dizia que era o filho da
Humanidade, o filho do Homem. Uma resposta psicológica e sociologicamente
assombrosa, tão surpreendente que foi única na história. Chamou a si mesmo por
66 vezes filho da Humanidade. Não queria que ninguém, nem judeus, romanos ou
gregos, Lhe colocassem rótulos, títulos, estereótipos, raça ou cor.
Como ser humano sem
fronteira, Ele exalou afetividade e
altruísmo, abraçou leprosos como amigos íntimos e acolheu prostitutas como
rainhas. Deu pleno crédito aos miseráveis e apostou tudo o que tinha nos
excluídos. Ninguém era suficientemente débil, louco, antiético, corrupto ou
diferente para estar fora do seu projeto. Sua humanidade sempre chocou os
povos, inclusive os cristãos, que frequentemente se ilham em incontáveis religiões.”
“UM SER humano inteligente discute ideias. Um ser humano mediano
discute comportamentos, como fatos, estilos e conceitos. Um ser humano
superficial discute pessoas, quer dizer, suas roupas, projeção, imagem. Onde
vocês se encontram?”
“OS FRACOS rejeitam, os fortes incluem. Nosso objetivo não é ganhar
a guerra da discussão, mas a da conquista de um pelo outro. A unanimidade é
desinteligente, insana, burra. A diversidade de cultura e de opiniões não exige
concordância de ideias, mas respeito solene pelas diferenças. A sabedoria não
requer cérebros infalíveis, mas mentes que reconheçam seus limites e sua
estupidez. Cobre menos de si.”
Moradores em
situação de rua
A falta de
moradia é uma das mais graves injustiças sociais
“NÃO HÁ tantos deles como no passado. O período entre os séculos XVI
e XVII foi conhecido como a era dos mendigos. Os dados são surpreendentes. Um
quarto da população de Paris na década de 1630 era constituída de mendigos, e
nos distritos rurais o número era igualmente grande. Na Inglaterra, as
condições eram semelhantes. Na Suíça, no século XVI, dizia-se: “Quando não há
outra forma de se livrar dos mendigos que sitiam as casas e vagam em bandos
pelas estradas e florestas, os ‘homens de bem’ devem organizar expedições
contra esses desgraçados”. Essas expedições significavam, em alguns casos,
matá-los.
A razão dessa miséria
generalizada eram as guerras, as pestes, o arrendamento caro das terras, a
falta de tecnologia agrícola e de transporte, a corrupção de homens.
Portanto, atualmente, a
vida de mendigos é muito difícil, mas deve ser bem melhor do que a de grande
parte das pessoas do passado.
Antes do século XIX, por
cerca de quatro mil anos, o padrão de vida do cidadão comum na América, Europa,
Ásia e África subiu pouco. Anos de abundância de alimento eram sucedidos por
anos de escassez. A colheita para a grande maioria das famílias era o
acontecimento mais solene, fruto de regozijos ou desespero, pois tinham de
passar o inverno e sobreviver. Hoje, neste grande país, poucos se preocupam com
isso. Milhões de pessoas que vão diariamente aos supermercados não têm a mínima
ideia de como a Humanidade foi estrangulada pela falta de alimento.
A miséria e a fome eram
fantasmas presentes. A Humanidade nunca atingiu a marca de um bilhão de
habitantes. Mas, na segunda metade do
século XIX, e em especial no século XX, ocorreu uma revolução científica e
tecnológica sem precedentes. Vacinas, tratamento de água e esgoto,
antibióticos, ciências agrárias e distribuição de alimentos nos aproximaram, no
intervalo de apenas um século, da marca de sete bilhões de habitantes.”
“PITÁGORAS, cinco séculos antes desta Era, ensinava os seus alunos a
terem uma inteligência humanista. Seus discípulos eram educados e treinados a
perguntar em todas as casas e espaços sociais que adentravam: ‘Que fiz? Que
erro cometi? Que deveres não cumpri?’ Como artesão da Educação, Pitágoras sonhava que seus discípulos aprendessem pelos
menos três excelentes funções intelectuais: capacidade de reconhecer erros, de
se colocar no lugar dos outros e de pensar nas consequências de seus
comportamentos.”
Transformação
pessoal
“A ENERGIA gasta para mudar os outros é muitíssimo maior do que para
tolerá-los do jeito que são. Ninguém muda ninguém. Só as próprias pessoas podem
se mudar. Relaxe!”
***
Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.
ESTA síntese é uma simples ideia da obra. Quem se identificou
com o seu conteúdo, deve ler o livro. Há muito mais a ser explorado sobre o
tema.
Todo mundo pode mudar para melhor, se quiser. Carlos Castaneda, escritor e antropólogo peruano, diz que o homem só vive para aprender. “E se aprende, é porque é essa a natureza de seu destino, para melhor ou para pior”.
O autoconhecimento nos traz o saber, e este, o poder de nos
transformar em pessoas melhores e mais plenas internamente. Trata-se de um
longo caminho a ser percorrido e que exige a reinvenção de nós mesmos.
A gente tem de estar sempre se testando e se reinventando...
Aperfeiçoando-se!
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