Apesar
de todo o sofrimento que assola a Humanidade, o monge Matthieu, que vive em uma montanha no Nepal, no convento de
Katmandu, desvendou o mistério da Felicidade.
“A FELICIDADE é uma habilidade adquirida. Portanto, pode ser aprendida.”
Uma exploração no cérebro de Matthieu Ricard mostrou que, graças à meditação, o budista teria
conseguido mudar o cérebro. Ele é um
dos monges mais célebres do Himalaia, além de ser conselheiro de confiança do Dalai Lama. Estudou com grandes mestres
do Budismo tibetano, como Kangyur Rinpoche e Dilgo Khyentse Rinpoche.
Filho do renomado filósofo francês Jean-François Revel e da pintora de aquarela abstrata Yahne Le Toumeline, Matthieu, cresceu em
meio às ideias e personalidades dos círculos intelectuais de Paris de então.
Estudou música clássica, ornitologia e fotografia. Sua primeira viagem à Índia
ocorreu em 1967.
Matthieu Ricard (right) com seu pai,
Jean-François Revel (Photograph: Raphaelle Demandre)
Matthieu trabalhou
para obter um Ph.D. em Genética Molecular no Instituto Pasteur.
Após completar sua tese de doutorado, em 1972, aos 26 anos, o monge decidiu
abandonar sua carreira científica para se dedicar
à vida de contemplação como monge budista e desvendar o
poder que a meditação tem na mente humana. Assim, uniu o conhecimento
científico a uma vida em busca de paz interior – e compaixão. Atualmente, aos
72 anos de idade, ele é um dos monges
mais célebres do Himalaia, além de ser tradutor do Dalai
Lama para o francês.
O que
torna sua mensagem tão atraente é o fato dele não ter surgido de uma caverna
tibetana, não ser desconectado do mundo moderno.
Filho de um intelectual francês – cresceu em uma casa frequentada por personalidades tão importantes quanto o maestro e compositor Igor Stravinsky e o cineasta Luis Buñuel –, deixou para trás a vida de ‘bon vivant’ parisiense e uma promissora carreira como geneticista no Instituto Pasteur para viver em mosteiros nas montanhas da Índia e estudar o legado dos grandes mestres budistas que haviam fugido do Tibete. Seu último grande professor, Dilgo Khyentse Rinpoche, viveu por 30 anos em uma caverna.
Filho de um intelectual francês – cresceu em uma casa frequentada por personalidades tão importantes quanto o maestro e compositor Igor Stravinsky e o cineasta Luis Buñuel –, deixou para trás a vida de ‘bon vivant’ parisiense e uma promissora carreira como geneticista no Instituto Pasteur para viver em mosteiros nas montanhas da Índia e estudar o legado dos grandes mestres budistas que haviam fugido do Tibete. Seu último grande professor, Dilgo Khyentse Rinpoche, viveu por 30 anos em uma caverna.
“PARA começar,
a felicidade é um amor pela vida. Ter perdido toda razão para viver é
abrir um abismo de sofrimento. Mesmo que as circunstâncias externas sejam
importantes, o sofrimento, assim como o bem-estar, é essencialmente um estado
mental. Entender isso é o pré-requisito chave para uma vida que vale ser
vivida. Quais condições mentais vão enfraquecer minha alegria de viver, e quais
vão nutri-la?”
“MUDAR o modo como
vemos o mundo não implica em otimismo ingênuo nem em alguma euforia
superficial. Enquanto estivermos inclinados à insatisfação e frustração que
surgem da confusão que domina nossas mentes, será tão fútil dizer a nós mesmos
repetidamente ‘Sou feliz! Sou feliz!’ quanto seria repintar um muro em ruínas.
A busca pela felicidade não se trata de olhar a vida através de óculos
cor-de-rosa ou cegar a si mesmo para a dor e as imperfeições do mundo. A
felicidade também não é um estado de exaltação perpetuada a qualquer custo: é
uma limpeza das toxinas mentais, tais como ódio e obsessão, que literalmente
envenenam nossa mente. Também se trata de aprender a colocar as coisas em
perspectiva e diminuir o buraco entre as aparências e a realidade. Para isso,
precisamos aprender a conhecer melhor como a mente funciona e ter uma visão
mais acurada sobre a natureza das coisas, porque no seu sentido mais profundo sofrer
está intimamente conectado com uma má compreensão da natureza da
realidade.”
“FELICIDADE é uma
palavra reconhecidamente vaga. E os intelectuais franceses odeiam isso. Eles
dizem ‘não estamos interessados na felicidade’. Até Goethe disse que três
dias de felicidade imutável seria insuportável. O sofrimento é tão bom; ele
muda o tempo todo, todas as cores e formas, a intensidade. Mas na verdade as
pessoas confundem sensações prazerosas com felicidade verdadeira. No
prazer, nós pulamos sobre algo e então adicionamos algo mais, e algo mais, e
então caímos exaustos e deprimidos. As pessoas nunca acham que a
felicidade é uma maneira de ser porque estão pensando em prazer, que depende
das circunstâncias. É condicionado. Um sorvete é ótimo, dois é ‘okay’, três e
você está enjoado. Isso é prazer.”
“EU NÃO sei absolutamente nada sobre o meu nível de felicidade. Não dá para
medir quem é a pessoa mais 'feliz do mundo'. O que eu sei, o que eu desejo, é
que as pessoas cultivem um nível elevado de amor, gentileza, altruísmo e
compaixão umas com as outras. Se isso acontecesse, seria muito bom para o
mundo. Egoísmo não deixa ninguém feliz; ser feliz e compartilhar este
sentimento com os outros certamente faria um mundo melhor.”
O homem mais feliz do Mundo...
Esse título foi dado por cientistas da Universidade de
Wisconsin, nos Estados Unidos, que estudaram o cérebro do ex-pesquisador
francês. O grupo de cientistas constatou que o cérebro de Matthieu apresentava um alto nível de
ondas gama (de emoções positivas) - no córtex pré-frontal esquerdo, local
associado à felicidade e à alegria -, sem precedentes na literatura científica.
O estudo teve início em 2009, quando o neurocientista Richard Davidson, da citada Universidade,
conectou 256 sensores no cérebro do monge. Quando o monge meditou em compaixão,
o seu cérebro produziu níveis de ondas gama ligadas à consciência, atenção,
aprendizado e memória que nunca foram registrados cientificamente. A exploração
do seu cérebro revelou que, graças à meditação, Matthieu tem uma capacidade incrivelmente anormal de sentir
felicidade e uma propensão reduzida para a negatividade.
Na concepção
de Matthieu, o budismo não é uma
religião mas sim ‘uma ciência da mente’. Desde que se dedicou à vida como
monge, Matthieu sonhava em mostrar,
através da ciência, capacidades ainda não desvendadas da meditação. Por exemplo, alterar o cérebro humano e
melhorar a felicidade das pessoas da
mesma forma que levantar peso afeta os músculos do corpo. E
ele conseguiu provar.
Entre 12
voluntários que tinham mais de 10 mil horas de práticas meditativas, o grupo de
pesquisadores constatou que o cérebro de Matthieu produz um nível de
ondas gama nunca antes relatado no campo da neurociência. Mas o monge reduz
esse título e não confirma que os seus resultados
foram os melhores:
"Nunca
teria me autoproclamado como o homem mais feliz do mundo. Isso começou com um
documentário da televisão austríaca. Em seguida, o jornal britânico 'The Independent' publicou
uma reportagem anunciando que eu era a pessoa mais feliz do mundo. A importância
da pesquisa foi provar que a mente é maleável. As conexões no cérebro não são
fixas. Com esforço e tempo, elas podem ser modificadas, assim como a maneira
como interpretamos o mundo”, explica o monge tibetano.
O estudo fez Matthieu enfrentar uma bateria de eletroencefalogramas e tomografias cerebrais -
assim como os outros voluntários.
Eis
a explicação:
Quando Matthieu meditou em
compaixão, o cérebro dele produziu níveis de ondas
gama ligadas à consciência, atenção, aprendizado e memória que nunca haviam
sido relatados na neurociência. A exploração do seu cérebro revelou que, graças à meditação, o órgão tem uma capacidade anormal de
gerar felicidade e propensão reduzida
para a negatividade. A tese que o próprio monge defendia, na prática, foi comprovada pela
ciência.
A notícia fez
com que os jornais europeus colocassem um apelido em Matthieu, o de o “homem
mais feliz do mundo", e dali para virar
best-seller, com o relato de suas experiências em linguagem sempre fácil,
acessível e plena de lugares-comuns inteligentes, foi um pulo.
Mas Matthieu não é o único que obtém esse
título. Yongey Mingyur Rinpoche, que
participou das mesmas pesquisas, também alcançou índices elevados de atividade
das ondas gama, sendo grande amigo de Matthieu
Ricard.
O pensamento
do monge Matthieu Ricard
Altruísmo
pode mudar o mundo
“UMA sociedade com pessoas mais compassivas e
altruístas pode ajudar até a frear o aquecimento global e gerar mais qualidade
nas relações pessoais, construindo um planeta mais harmônico para todos, sem
distinção.”
“NOSSO apego ao ego está fundamentalmente ligado ao nosso sofrimento e ao que impomos às outras pessoas. A liberdade é o oposto."
A ‘felicidade’
é, segundo Matthieu Ricard, um luminoso e profundo estado de bem-estar, chamado
de ‘sukha’, em sânscrito, um
sentimento genuíno que depende exclusivamente de nós para ser alcançado em sua
plenitude, pois nós é que devemos trabalhar para cultivar esse sentimento,
abandonando antigas construções e projeções mentais. ‘Sukha’ – ou o grande bem-estar – tem superpoderes e qualidades
extraordinárias, capazes de derrubar barreiras e fazer com que a vida se
religue ao Sagrado.
“FELICIDADE não é a busca infinita por uma série de
experiências prazerosas. Isso é uma receita para a exaustão.”
“FELICIDADE é um jeito de ser. É um estado mental
ótimo, excepcionalmente saudável, que dá a você os recursos para lidar com os
altos e baixos da vida.”
Tolerância
“NÃO SEJA como uma criança que faz pirraça. ‘Eu quero
ser feliz agora!’ Isso não funciona. A fruta amadurece com paciência e vira uma
fruta e uma geleia deliciosas. Você não pode fazer isso com uma fruta verde.
Leva tempo cultivar todas aquelas qualidades humanas fundamentais que geram o bem-estar.”
Não deixe o tédio desencorajá-lo
(a)
“DEVEMOS perseverar, porque, às vezes, quando está chato é que uma mudança de
verdade ocorre. A regularidade é uma das grandes dicas de meditação e
treinamento mental para se tornar uma pessoa melhor, mais feliz e mais
altruísta.”
Matthieu Ricard é uma das melhores fontes a fazer
esclarecimentos importantes sobre a ‘felicidade’,
um dos temas centrais da vida humana. Tendo seu mestre Dalai Lama escrito um livro inteiro sobre isso, “A Arte da Felicidade“, e tendo ele próprio escrito um
livro sobre o tema, “Felicidade – A Arte do Bem-estar”,
Matthieu renova sua atenção sobre
essa que diz ser ‘a mais importante habilidade da vida’,
tão perseguida, desejada, invocada, sonhada, desvirtuada e mal
compreendida.
Porque ser feliz tem sido claramente confundido com ‘não sentir tristeza’, com não se importar com certas coisas,
com ser superotimista,
com ver tudo como felicidade,
com correr de confrontos e
obrigações, e muitas outras coisas. Provavelmente devido à confusão
sobre a própria noção do que é felicidade. O que é ser
feliz? Felicidade é não ter desprazer? É não sentir tristeza? É
ignorar coisas reais que causam desconforto? É ficar satisfeito com qualquer
coisa? É sustentar alegria quando as circunstâncias são dolorosas?
Ser feliz seria, então, e
primordialmente, ver a realidade como ela verdadeiramente é, e aprender a ter essa visão. A felicidade, diz o
monge, ‘é essencialmente um estado mental’ promovido pela compreensão da
realidade.
Em seu livro “Felicidade” Matthieu Ricard fala sobre momentos de felicidade real, não
felicidade-de-sorvete, mas momentos que lembramos quando estamos sós – fazer
uma criança sorrir, um pôr-do-sol que nos faz viajar, um momento onde a ideia
do ‘Eu’ some,
quando testemunhamos a força da vida em outro ser, ou em nós mesmos, sem o
filtro da mente nos intoxicando com negatividade.
“ESSA é a nossa
visão nata. Andamos na neve, sobre as estrelas e, uau, nos sentimos bem. Não há
conflito interior. Quando fazemos um gesto de pura generosidade para uma
criança, sem compromisso, sem esperar por elogio ou recompensa, sentimos puro
amor.
“NESSAS horas
você se pergunta, naturalmente, se poderia ser sempre assim. Mas quando fica
com raiva, quando pensa que está certo 100%, no próximo dia você se arrepende.
Então, lentamente, começa a distinguir os estados da mente que nutrem um
profundo sentido de bem-estar e aqueles que emitem toxinas mentais que destroem
o bem-estar em você mesmo e nos outros, e se pergunta se pode abandonar um e
cultivar o outro.”
“É POSSÍVEL? Se
as poderosas toxinas mentais são parte da nossa natureza mais profunda, talvez
ao destruí-las estejamos destruindo a nós mesmos. Mas se elas são como uma
pintura na superfície, podemos mudá-las. Então a pergunta verdadeira é: essas
emoções conflitivas são parte da nossa natureza intrínseca ou não?”
“GERALMENTE
quando experimentamos uma emoção como a raiva, nos associamos completamente a
ela. Somos a raiva. E ainda assim tentamos escapar e ir em direção ao
objeto da nossa raiva – a pessoa que foi suja conosco. Então nos sentimos
tristes pela raiva. Sempre que nos lembramos daquela pessoa, dispara a raiva.
Não tem fim.”
“AO INVÉS de
olhar o alvo (da raiva), você pode dissociar sua mente da raiva. Pode
olhar a raiva como se tivesse olhando um fogo ou um vulcão. Você pode realmente
olhar pra ela, observar como um fenômeno, identificá-la. Se fizer isso, vai
cortá-la do seu combustível, o alvo. Então, lentamente, a raiva está destinada
a desaparecer, como se diz, como ‘o gelo matinal sob o sol nascente’. Não
estamos reprimindo a raiva, como uma bomba-relógio. Não estamos ignorando-a.
Estamos fazendo com que não exploda. Estamos lidando com ela de uma maneira que a
desarme.”
“A
FELICIDADE não tem cheiro, não é algo
palpável. Não está em ter um carro novo, o apartamento perfeito, a roupa de
marca, alguém para amar ou o prazer em comer aquele pedaço de bolo de chocolate
com cobertura extra. A felicidade não é uma sensação de prazer ou algo momentâneo.
Mas é algo possível. E pode ser, sim, o sentimento que determina cada instante
da sua vida - se você aprender a controlar a sua mente.”
Segundo Matthieu, a felicidade deve ser
entendida como um sentimento profundo de serenidade e realização que sustenta
todos os outros estados emocionais. Ou, se você quiser simplificar, é aquela
sensação plena de bem-estar, mesmo quando o mundo está caindo a sua volta.
Escolha transformar o seu
sofrimento
“NINGUÉM
acorda pensando: ‘Que dia lindo para
sofrer’, ou ‘Tomara que eu sofra o dia todo!’. Mas, tudo o que fazemos, direta
ou indiretamente, está ligado a um desejo profundo de bem-estar e felicidade.
Certo? Afinal, ninguém sai de casa esperando que coisas ruins aconteçam. Mas
por que continuamos sofrendo como se estivéssemos enfeitiçados por uma
obsessão? A resposta está em nossa própria mente: ela não tem o treinamento
adequado. Escolhemos focar a atenção plena no sofrimento - e só nele. Este ‘foco’ só provoca o aumento
da agonia. Quando um tema traz angústia é porque os
pensamentos insistem em regressar à origem da dor, e é preciso deixar de lado
as emoções negativas para desenvolver as positivas (mas não é algo que acontece
do dia para a noite.”
Ter
tudo não é sinônimo de felicidade
A busca pela felicidade, muitas vezes, se dá de forma
equivocada. Ela não está em ‘coisas’ e nem ligada ao sentimento de prazer, ou a
momentos considerados ‘felizes’. Na sociedade ocidental, ‘ter tudo’ é sinônimo
de sucesso, de felicidade, de realização pessoal. Mas, na visão de Matthieu, o ‘ter’ é um grande perigo. Já
que se houver algo que não se conquiste, tudo ao redor pode desabar. Para ele,
o controle que temos sobre o mundo externo é muito vago, limitado, temporário
e, frequentemente, ilusório. Por isso...
Busque
olhar para si, e não para o outro
Você pode
estar no melhor lugar do mundo, mas
completamente infeliz. Então, como é possível criar condições
para que a felicidade aconteça? Como identificar os sentimentos que possam
minar a felicidade? Sentimentos tóxicos como ódio, raiva, inveja, arrogância,
desejo obsessivo e ganância, deixam marcas e são capazes de interferir na
felicidade do outro. A resposta é: olhar para as condições internas de mudança
-- já que estão mais próximas e são mais fortes.
De acordo com Matthieu, esta é a base de transformação da mente e o antídoto para as emoções que minam o
sentimento de bem-estar: não focar o objeto do ódio, mas sim,
em como você lida com ele, treinando a mente para dissolver esse sentimento até
que, caso surja de novo (e sabemos que surge), ele apenas passe pela mente sem
deixar marcas.
Conheça
e transforme a sua mente: medite!
Matthieu disse em entrevista à
revista Galileu que
não considera o budismo uma religião: "Não perdemos tempo discutindo Deus.
A questão é irrelevante. Buscamos saber como a mente funciona. Precisamos
refinar a percepção da nossa realidade”. E
é aí que entra o papel da meditação. Uma mente mais
tranquila responde melhor aos desafios impostos pelo cotidiano, enquanto uma mente
contaminada por emoções descontroladas leva a um caminho longe do equilíbrio e
da serenidade.
Como cita o
monge, quanto mais aprendemos a lidar com esses sentimentos de forma passageira
em nossa mente, mais podemos ser como o mar: por mais que as ondas fiquem
inquietas na superfície e tempestades ocorram, a profundeza do oceano não muda,
continua intacta.
Lembra deste poema
de Fernando Pessoa? “Para ser grande,
sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no
mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.”
O ideal é praticar 20 minutos por dia, durante um
mês. Isso pode revolucionar a sua percepção. Segundo Matthieu, estudos demonstraram que esse período de prática, mesmo
curto, modifica a estrutura e o funcionamento do cérebro, ativando áreas
ligadas a emoções positivas e à aprendizagem e controle emocional.
“O QUE você fizer vai mudar seu cérebro. Se aprender malabarismo, a mergulhar
ou a esquiar, seu cérebro vai mudar. Da mesma forma, se você treinar sua
concentração, se treinar para ter mais compaixão, se treinar para ser mais
altruísta, seu cérebro vai mudar, você será uma pessoa diferente. Todas essas
habilidades podem ser aprendidas, assim como tocar piano ou jogar xadrez.”
“É COMO quando você rega as plantas no seu apartamento. Precisa regar um pouco
todos os dias. Se você derramar um balde uma vez por mês, a planta vai morrer.
É melhor fazer sessões curtas de meditação com frequência do que uma muito
longa de tempos em tempos, porque o processo de neuroplasticidade não será
ativado ou mantido.”
“SE VOCÊ acredita que a felicidade está naquela torta de morango suculenta, no
cheirinho de carro novo, na chave do apartamento ou até em determinada pessoa
e, principalmente, em fórmulas prontas de autoajuda, sentimos em decepcionar:
não é nada disso. O ‘segredo’ de felicidade está em meditar e aprender a
controlar a própria mente.”
“MEDITAR é cultivar um estado mental. O segredo está em praticar. Nenhum atleta
consegue vencer competições sem treino, não é? É preciso treinar para
desenvolver o potencial. Então, se nesse ‘cultivo’ você semear bons sentimentos
como altruísmo e, principalmente, compaixão, o efeito é transformador. Hoje
existem estudos científicos que comprovam isso. Quanto mais praticar, mais será
significativa a mudança no seu pensamento. A ideia é conseguir que sentimentos
como ódio, ganância, raiva, culpa, desapareçam aos poucos da mente. E isso, por
ser transformador, mas leva tempo.”
“O SOFRIMENTO não é uma escolha. Mas a forma com que você o
experimenta, sim. Isso, sim, é uma escolha. Ao se transformar e buscar algo
melhor para si, você automaticamente está buscando algo melhor para o Mundo.
Você pode estar no paraíso e se sentir infeliz. É disto que se trata: bem-estar
pleno. A sua mente pode ser o seu melhor
inimigo ou o seu melhor amigo.”
***
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Fontes de consulta
Observação:
AQUI, o meu propósito é reunir material
de interação social significativa que gere autorreflexão e, quem sabe, a
conversação, usando as palavras para o conhecimento útil, aquele que, segundo
Sócrates, nos torna melhores. É nessas buscas que percebo o quão incompleto é o
conhecimento humano.
Algumas vezes poderei estar correndo
o risco de atribuir frases não correspondentes a um ou outro pensador
mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de consulta. Neste
sentido, o leitor pode sugerir eventuais correções, contribuindo para o
aprimoramento da informação.
Um amigo tranquilizou-me certa vez,
mostrando que, mesmo se involuntário de minha parte, o pensamento não
corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o meu propósito e a
essência da ideia.
Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com
* Edição: Guilherme Rodrigues
“Nosso hardware : corpo físico e todas as suas conexões, dependem
ResponderExcluirtotalmente de nosso software. Assim é o ser humano em qualquer parte do
mundo. O difícil é cuidar para evitar os vírus que pululam em todo o
universo. Vírus que dominam os PODERES para não perderem o PODER. E o ser
humano sem PODER é acometido de todas as doenças físicas e mentais que
aumentam a cada dia. O difícil é combater esses vírus poderosos que
proliferam.”
Beijo amigo, Izabel da Silva