O escritor nasceu no Japão.
Sua família emigrou para a Inglaterra quando ele tinha apenas seis anos. Durante
a adolescência, o seu desejo era ser músico, mas a carreira não avançou e então
Ishiguro
optou por voltar a sua atenção para a literatura.
Ele sempre foi um escritor atento às revelações.
“ELAS
não chegam envoltas em fanfarras, são pequenos instantes que frequentemente
revelam coisas que vão contra nossos próprios desejos, mas é preciso
reconhecê-las quando aparecem, porque senão escorrem entre as mãos”, diz o autor.
E os sintomas de Kazuo Ishiguro, que se confessa cansado, têm a ver com
algo frustrante: a demolição dos sonhos de juventude que o levaram a imaginar
um mundo melhor ao longo dos anos.
“MAS meu dever é continuar”, comenta.
“SE VOCÊ
tem a impressão de que já se aperfeiçoou, nunca chegará às alturas daquilo de
que certamente é capaz.”
“VOCÊ tem
que aceitar que, por vezes, é assim que as coisas acontecem neste mundo. As
opiniões das pessoas, os seus sentimentos, viram para um lado e depois para o
outro. Acontece que, a certo ponto do processo, você cresceu.”
“POR VEZES,
eu fico tão submerso na minha própria companhia que encontrar alguém conhecido
inadvertidamente é um choque e eu demoro algum tempo para me ajustar.”
“AQUILO que não
tenho a certeza é se as nossas vidas foram assim tão diferentes das vidas das
pessoas que salvamos. Todos nos completamos. Talvez nenhum de nós realmente
compreenda aquilo que viveu, ou sinta que teve tempo suficiente.”
“VIMOS avanços em
questões como feminismo,
direitos dos gays e luta contra o racismo. Fomos testemunhas disso e chegamos a
conclusões felizes. Mas desde a queda
do Muro de Berlim contemplamos como oportunidades foram
sendo perdidas – especialmente depois da guerra do Iraque e dos escândalos
econômicos e a crise de 2008 –, e agora vemos proliferar
ideologias de ultradireita e nacionalismos
tribais. Ou um racismo em sua forma tradicional, envolvido em versões de
marketing. O monstro enterrado acordou”.
Talvez o avanço das sociedades
liberais tenha sido só uma ilusão. É que o autor britânico de origem japonesa
notou que os sonhos cumpridos coletivamente foram se desvanecendo nos últimos
anos.
“NÃO RESTA outra
opção. Nem que seja para construir um espaço íntimo com os seus leitores. Afinal
de contas, um escritor, a partir do seu solitário escritório, é essa pessoa que
conta uma história para outra em sua mesma situação e simplesmente lhe diz:
isto é o que me preocupa. Você me entende? Acontece o mesmo com você?...”
***
Fontes
de consulta:
E outras fontes da Internet.
Observação:
AQUI, o meu
propósito é reunir material de interação social significativa que gere
autorreflexão e, quem sabe, a conversação, usando as palavras para o
conhecimento útil, aquele que, segundo Sócrates, nos torna melhores. É nessas
buscas que percebo o quão incompleto é o conhecimento humano.
Algumas
vezes poderei estar correndo o risco de atribuir frases não correspondentes a
um ou outro pensador mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de
consulta. Neste sentido, o leitor pode sugerir eventuais correções,
contribuindo para o aprimoramento da informação.
Um
amigo tranquilizou-me certa vez, mostrando que, mesmo se involuntário de minha
parte, o pensamento não corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o
meu propósito e a essência da ideia.
·
Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com
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