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terça-feira, 1 de maio de 2018

Jean-Paul Sartre, 1905-1980


Filósofo, escritor, dramaturgo e grande intelectual engajado, marcou profundamente o século XX. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade.
De acordo com http://www.publishnews.com.br/materias/2018/03/01/sartre-o-filosofo-da-liberdade-absoluta, o filósofo era um “pensador da liberdade e de seu contrário (a alienação), do engajamento e da responsabilidade, do para-si e do em-si, da consciência e do mundo, do sujeito e do Outro, da moral e da má fé, e da totalidade e da história. Para Sartre (Estação Liberdade, 280 pp), o homem é inteiramente livre e responsável por seus atos, sem desculpas, e inteiramente alienado, porque ele é consciência de mundo, posição de si numa certa situação – que só tem sentido para uma consciência livre”.





Segundo https://vip.abril.com.br/comportamento/3-historias-de-quem-viveu-um-casamento-aberto/, “no remoto ano de 1929, nasceu o mais polêmico paliativo para os males da monogamia: a relação aberta. Mas isso existe mesmo ou é vã filosofia? Para o autor da proposta, Jean-Paul Sartre, não se pode dizer que não existiu.
Ele e Simone de Beauvoir viveram juntos uma boda de ouro singular: 50 anos em casas separadas, sem oficialização alguma e com o baixinho zarolho sempre às voltas com ninfetas apetitosas. Para Simone, não foi assim tão genial – ela só teria suas primeiras aventuras com homens 25 anos depois, mas parece que se divertia bastante com as moças.
Sabe-se ainda que a manutenção da longa relação foi garantida à custa de muitos ‘ou ela ou eu!’ por parte da titular.
O fato é que foi a dupla, inspiração até hoje para muitos casais modernos, quem primeiro articulou o discurso de que a união entre homem e mulher podia ser diferente da tradicional – coisa que os loucos anos 60, com sua pregação pelo amor livre, trataram de popularizar”.




“POR mim, creio que estamos mortos há muito tempo: morremos no exato momento em que deixamos de ser úteis.”




“QUANDO sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim. Só sou para mim como pura devolução ao outro.”




“O HOMEM não é de modo nenhum a soma do que tem, mas a totalidade do que não tem ainda, do que poderia ter. E, se nos banhamos assim no futuro, não ficará atenuada a brutalidade informe do presente?”






“O HOMEM caracteriza-se acima de tudo por ser capaz de fazer e desfazer o que dele se fez.”



“O HOMEM não pode desejar nada, a menos que antes compreenda que ele só pode contar consigo mesmo; que está sozinho, abandonado na Terra, sem outros objetivos a não ser os que ele mesmo estabelecer, sem outro destino a não ser o que ele forjar.”




“A IMAGINAÇÃO é como um braço extra, com o qual você pode agarrar coisas que de outra forma não estariam ao seu alcance.”



“ESTAMOS condenados a ser livres.”



“NÃO existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade.”






“REALMENTE, só pelo fato de ser consciente das causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos transcendentes para minha consciência; elas estão fora.  Em vão tentaria apreendê-las. Escapo delas pela minha própria existência. Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus atos. Estou condenado a ser livre. Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido exceto a própria liberdade, ou, se você preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres.”




Liberdade para Sartre:

1) Por sua liberdade, o homem é responsável por tudo o que lhe aconteça. A própria negação da liberdade é uma situação de escolha. O homem escolhe, é livre, mesmo ao escolher não ser livre, pois este é o seu projeto, sua escolha fundamental, ainda que neste caso seja uma escolha covarde.

2) Ao assumir a liberdade, com todo o seu peso e angústia, o homem assume a responsabilidade para com toda a humanidade. .... NOSSA RESPONSABILIDADE É MUITO MAIOR DO QUE PODERÍAMOS SUPOR, PORQUE ELA ENVOLVE TODA A HUMANIDADE. (Sartre)

Fonte: Renato Lodi Lourenço, Capital, Proger Bangu, 15/7/2013, http://www.sindjustica.org.br/fala_servidor/visualizar_mensagem.asp?cod_mensagem=25053
  







“SOMOS indivíduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decisões durante toda a nossa vida. Não existem valores ou regras eternas, a partir das quais podemos no guiar. E isto torna mais importantes nossas decisões, nossas escolhas.”




“A ESCOLHA é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo. Contudo, viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências."




“A LIBERDADE é seu jardim secreto. Sua pequena conivência para consigo mesmo. Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, razoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida, feita de inércia, e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?”








“QUANTO aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar.”




“NUNCA se é homem enquanto não se encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.”



“QUANDO, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana, os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem.”




“O HOMEM tem de se inventar todos os dias.”




 “SE VOCÊ sente tédio quando está sozinho, é porque está em péssima companhia.”



“O QUE não é terrível não é sofrer nem morrer, mas morrer em vão.”






“PARA saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.”



“NÃO importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.”



“EU era uma criança, esse monstro que os adultos fabricam com as suas mágoas.”



“TRATO os subordinados como iguais. É uma piedosa mentira que lhes prego a fim de torná-los úteis, até certo ponto.”




“NÃO há por que não criticar muito severamente quando se tem a sorte de amar a pessoa que se critica.”







“É PRECISO explicar por que o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. E eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro.”




“O PIOR mal é aquele ao qual nos acostumamos.”



“SE OS comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo.”




“A VIOLÊNCIA, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” 



***


Fontes de consulta: PENSADOR, Frases e Pensamentos; livros, jornais e fontes da Internet.






Observação:

AQUI, o meu propósito é reunir material de interação social significativa que gere autorreflexão e, quem sabe, a conversação, usando as palavras para o conhecimento útil, aquele que, segundo Sócrates, nos torna melhores. É nessas buscas que percebo o quão incompleto é o conhecimento humano.

Quem sabe, algumas vezes poderei estar correndo o risco de atribuir frases não correspondentes a um ou outro pensador mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de consulta. Neste sentido, o leitor poderá sugerir eventuais correções, contribuindo para o aprimoramento da informação.

Um amigo tranquilizou-me certa vez, mostrando que, mesmo se involuntário de minha parte, o pensamento não corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o meu propósito e a essência da ideia.

Por outro lado, de cada autor, sintetizo apenas os pensamentos com os quais me identifico mais.


Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, março 2018




* Edição: Guilherme Rodrigues

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