Filósofa política alemã de origem judaica, uma das
mais influentes do século XX.
Com base em http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5378, o pensamento de Arendt se
constrói amparado no método da compreensão, fundamenta-se na crítica ao modelo
político negador da pluralidade humana e põe em relevo a necessidade de
garantia do espaço público e do amor ao mundo, em vista da recuperação do sentido
de realização da política e do ser humano.
Segundo https://sites.google.com/site/filosofiapopular/filosofos/hannah-arendt, a privação de direitos e perseguição na Alemanha
de pessoas de origem judaica, a partir de 1933, assim como o breve
encarceramento nesse mesmo ano, fizeram Hannah Arendt decidir emigrar. O regime
nacional-socialista retirou a nacionalidade dela em 1937, o que lhe tornou
apátrida até conseguir a nacionalidade estadunidense em 1951.
“Trabalhou, dentre outras atividades, como
jornalista e professora universitária e publicou obras importantes sobre
filosofia política. Contudo, rechaçava ser classificada como ‘filósofa’ e
também se distanciava do termo ‘filosofia política’; preferia que suas
publicações fossem classificadas dentro da ‘teoria política’.
Arendt defendia um conceito de ‘pluralismo’ no
âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade
política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão
do Outro. Em acordos políticos, convênios e leis, devem trabalhar em níveis
práticos pessoas adequadas e dispostas.
[...] Entretanto, ela continua sendo estudada como
filósofa, em grande parte devido a suas discussões críticas de filósofos como
Sócrates, Platão, Aristóteles, Immanuel Kant, Martin Heidegger e Karl Jaspers,
além de representantes da filosofia moderna como Maquiavel e Montesquieu.”
“TODA dor pode ser
suportada se sobre ela puder ser contada uma história.”
“A CONFIANÇA na realidade da vida depende quase
exclusivamente da intensidade com que a vida é experimentada, do impacto com
que ela se faz sentir.”
“UMA existência vivida
inteiramente em público, na presença de outros, torna-se, como diríamos,
superficial.”
“O PODER nunca é propriedade de um indivíduo;
pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva unido.”
“UMA vida sem pensamento é totalmente possível, mas
ela fracassa em fazer desabrochar sua própria essência – ela não é apenas sem
sentido; ela não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos.”
“EM NOME de interesses pessoais, muitos abdicam do
pensamento crítico, engolem abusos e sorriem para quem desprezam. Abdicar de
pensar também é crime.”
Escravo de Si Mesmo
“A SUPOSIÇÃO de que a identidade de uma pessoa transcende, em grandeza e importância, tudo o que ela possa fazer ou produzir é um elemento indispensável da dignidade humana. (...) Só os vulgares consentirão em atribuir a sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência serão ‘escravos e prisioneiros’ das suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que mera vaidade estulta (1), que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão ou mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem.”
(1) estulta é o mesmo que: estúpida, inepta, tola.
“A SUPOSIÇÃO de que a identidade de uma pessoa transcende, em grandeza e importância, tudo o que ela possa fazer ou produzir é um elemento indispensável da dignidade humana. (...) Só os vulgares consentirão em atribuir a sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência serão ‘escravos e prisioneiros’ das suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que mera vaidade estulta (1), que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão ou mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem.”
(1) estulta é o mesmo que: estúpida, inepta, tola.
“QUANDO a bondade se mostra abertamente já não é bondade,
embora possa ainda ser útil como caridade organizada ou como ato de
solidariedade. Daí: ‘Não dês as tuas esmolas diante dos homens, para seres
visto por eles’. A bondade só pode existir quando não é percebida, nem mesmo
por aquele que a faz; quem quer que se veja a si mesmo no ato de fazer uma boa
obra deixa de ser bom; será, no máximo, um membro útil da sociedade ou zeloso
membro de uma igreja. Daí: ‘Que a tua mão
esquerda não saiba o que faz a tua mão direita’.”
“A EDUCAÇÃO é onde
decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso
mundo.”
"É JUSTAMENTE para preservar o que é novo e
revolucionário em cada criança que a educação deve ser conservadora. Ela deve
proteger a novidade e introduzi-la como uma coisa nova num mundo velho, mundo
que, por mais revolucionárias que sejam as suas ações, do ponto de vista da
geração seguinte, é sempre demasiado velho e está sempre demasiado próximo da
destruição."
“A EDUCAÇÃO é o ponto em que decidimos
se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele.”
“A NOSSA crença na realidade da vida e na realidade do
mundo não são, com efeito, a mesma coisa. A segunda provém basicamente da
permanência e da durabilidade do mundo, bem superiores às da vida mortal. Se o
homem soubesse que o mundo acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse
mundo perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os antigos cristãos, na
medida em que estes estavam convencidos de que as suas expectativas
escatológicas seriam imediatamente realizadas. A confiança na realidade da
vida, pelo contrário, depende quase exclusivamente da intensidade com que a
vida é experimentada, do impacto com que ela se faz sentir.
“FLUINDO na direção da morte, a vida
do homem arrastaria consigo, inevitavelmente, todas as coisas humanas para a
ruína e a destruição, se não fosse a faculdade humana de interrompê-las e
iniciar algo novo, faculdade inerente à ação como perene advertência de que os
homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para começar.”
“O NOVO sempre aparece contra esmagadoras chances
estatísticas e suas probabilidades, que, para todos os efeitos práticos, todos
os dias equivale à certeza; o novo, portanto, sempre aparece sob
o disfarce de um milagre.”
***
Fontes de consulta: PENSADOR, Frases e Pensamentos; livros, jornais e fontes da Internet.
Observação:
AQUI, o meu propósito é reunir material de interação social significativa que gere autorreflexão e, quem sabe, a conversação, usando as palavras para o conhecimento útil, aquele que, segundo Sócrates, nos torna melhores. É nessas buscas que percebo o quão incompleto é o conhecimento humano.
Quem sabe, algumas vezes poderei estar correndo o risco de atribuir frases não correspondentes a um ou outro pensador mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de consulta. Neste sentido, o leitor poderá sugerir eventuais correções, contribuindo para o aprimoramento da informação.
Um amigo tranquilizou-me certa vez, mostrando que, mesmo se involuntário de minha parte, o pensamento não corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o meu propósito e a essência da ideia.
Por outro lado, de cada autor, sintetizo apenas os pensamentos com os quais me identifico mais.
* Edição: Guilherme Rodrigues
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