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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Millôr Fernandes, 1923-2012


Desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista carioca.







“AS PESSOAS que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades. Elas acabam sempre contando coisas que ainda não aconteceram.”



“BRASIL, condenado à esperança.”






“A DIFERENÇA entre a galinha e o político é que o político cacareja e não bota o ovo.”









“ACABAR com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder.”




“CANALHAS melhoram com o passar do tempo (ficam mais canalhas.)”




“VIVA o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril.”




“SE todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.”




“PRUDÊNCIA: E devemos sempre deixar bem claro que nenhum de nós, brasileiros, é contra o roubo. Somos apenas contra ser roubados.”




“COMO são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.”




“O CARA só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.”



“COM muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e a todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.”





“CHATO... Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.”




“OS NOSSOS amigos poderão não saber muitas coisas, mas sabem sempre o que fariam no nosso lugar.”




“POR MAIS violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: ‘Vocês têm toda a razão’.”




“SE VOCÊ agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos.”




“TODA uma biblioteca de Direito apenas para melhorar quase nada os dez mandamentos.”






“A ÚNICA diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum.”



“O MAL do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu.”




“PARA você parecer culto é só ficar de olho no que o outro cara ignora.”




“PEGAMOS o telefone que o menino fez com duas caixas de papelão e pedimos uma ligação com a infância.”





Este é o menino Millôr Fernandes, em imagem de 1928, que muitos anos depois se tornaria desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista. Ele costumava usar a ironia e a sátira para criticar as forças dominantes. “Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar.”, dizia Millôr.




“EM CIÊNCIA leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos.”





 
“SÓ depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.”




“UM HOMEM é realmente velho quando só pensa nisso.”






“AS NUVENS, meu irmão,
são leviandades
da criação.”



“TODO homem nasce original e morre plágio.”



“ALGUMAS pessoas matam. As outras pessoas se satisfazem lendo a notícia dos assassinatos.”



“PENSE em suas atitudes por um minuto. Pense no que você faz hoje, fez ontem e no que vai fazer amanhã. Reflita sobre o que é melhor para você e o mundo.”


***





Observação:


AQUI, o meu propósito é reunir material de interação social significativa que gere autorreflexão e, quem sabe, a conversação, usando as palavras para o conhecimento útil, aquele que, segundo Sócrates, nos torna melhores. É nessas buscas que percebo o quão incompleto é o conhecimento humano.


Quem sabe, algumas vezes poderei estar correndo o risco de atribuir frases não correspondentes a um ou outro pensador mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de consulta. Neste sentido, o leitor poderá sugerir eventuais correções, contribuindo para o aprimoramento da informação.

Um amigo tranquilizou-me certa vez, mostrando que, mesmo se involuntário de minha parte, o pensamento não corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o meu propósito e a essência da ideia.

Por outro lado, de cada autor, sintetizo apenas os pensamentos com os quais me identifico mais.


Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, março 2018



* Edição: Guilherme Rodrigues

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