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segunda-feira, 26 de março de 2018

ZYGMUNT BAUMAN, 1925-2017

   Sociólogo polonês, um dos intelectuais mais pop da atualidade, considerado o ‘profeta da pós-modernidade’. Ele criou a metáfora da ‘liquidez’, ou sociedades ‘líquidas’: em que a ausência do sentido de solidez e estabilidade é agravada pela globalização, pela internet e pelo consumismo, quando o ser humano se tornou mais autônomo, mas passou a conviver com incertezas e ansiedade. 

Às vezes, acusado de superficial e de escrever muito, Bauman nunca foi superficial, mas preocupado em ser entendido pelas pessoas comuns, ansiosas com o fato de o mundo parecer ter deixado de lado o projeto por ‘um mundo melhor’.






“LOUCOS são apenas os significados não compartilhados. A loucura não é loucura quando compartilhada.”



“NA ERA da informação, a invisibilidade é equivalente à morte.”



“VIVEMOS tempos líquidos. Nada é para durar.”



 “NÓS SOMOS responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra; pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo, e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas.”

 
“INTELECTUAIS, na sua maioria, não são pessoas generosas em sua linguagem ou pensamento. Pensem num Hegel, num Lacan, num Derrida, num Adorno. Todos grandes intelectuais, mas todos escreviam numa linguagem hermética para iniciados.”


“A PREOCUPAÇÃO com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral.”


“TRÊS décadas de orgia consumista resultaram em uma sensação de urgência sem fim.”





“VIVER entre uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos, é perigoso e cobra um alto preço psicológico.”


“O QUE pensávamos ser o futuro está em débito conosco. Para superar a crise, temos de ‘voltar ao passado’, a um modo de vida imprudentemente abandonado.”


“SE Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo – pela seguinte: Um espectro ronda o planeta – o espectro da indignação.


“O COMUNISMO se encaixava nas medidas do século 19. O século 19 foi um período de grande otimismo. Em primeiro lugar, as pessoas estavam convencidas — e tinham orgulho disso — de que, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, seria possível refazer o mundo, virá-lo de cabeça para baixo.”


***




Observação:


AQUI, o meu propósito é reunir material de interação social significativa que gere autorreflexão e, quem sabe, a conversação, usando as palavras para o conhecimento útil, aquele que, segundo Sócrates, nos torna melhores. É nessas buscas que percebo o quão incompleto é o conhecimento humano.

Quem sabe, algumas vezes poderei estar correndo o risco de atribuir frases não correspondentes a um ou outro pensador mencionado, apesar do meu rigor em relação às fontes de consulta. Neste sentido, o leitor poderá sugerir eventuais correções, contribuindo para o aprimoramento da informação.

Um amigo tranquilizou-me certa vez, mostrando que, mesmo se involuntário de minha parte, o pensamento não corresponder ao do verdadeiro autor, devo considerar o meu propósito e a essência da ideia.

Por outro lado, de cada autor, sintetizo apenas os pensamentos com os quais me identifico mais.


Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, março 2018

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