“Falam. Que falam? Que falem.” (George Bernard
Shaw)
ALGUÉM certa vez citou,
sobre reuniões de condomínio: ‘Coisas que
a humanidade criou para se torturar’. A propósito, sobre a última reunião
do condomínio onde resido: que lamentável tamanha discussão despropositada.
Sobre a pequena diferença a mais na taxa da água?... Era preciso ocupar todo o
tempo de uma reunião por tão pouca coisa? O fato foi comunicado. Ponto! A
administração do edifício reconheceu, dispondo-se a corrigir as eventuais
falhas! Vamos então aos outros itens, civilizadamente. Era o que deveria ter
acontecido... Mas não aconteceu! Que lamentável! Todos nós cometemos erros.
Quem não os comete, levante a mão!
Depois de dois anos de
administração, o ex-síndico sai de uma reunião com todos os condôminos
indiferentes ao trabalho que desenvolveu. Sem relacionar alguns aspectos
importantes do seu intenso trabalho, nenhum dos condôminos presentes
referenciou em sua administração, por exemplo, o arrojado projeto arquitetônico
que foi executado na entrada do condomínio.
Porque, infelizmente, via
de regra, condôminos quando se manifestam é para reclamar! E o mais lamentável
são os moradores que reclamam da administração do prédio e não participam das
reuniões. E o que é pior, eles têm sempre os seus precários argumentos para
justificar a ausência. Porque apontar apenas o dedo para coisas julgadas
individualmente como erradas, francamente, é algo bastante desagradável, além
de improdutivo. O cara se torna um chato, que o vizinho sensato acaba evitando!
Críticas são necessárias, sim, mas comentadas com a pessoa e na oportunidade
adequada.
Em seu artigo, ‘Quem paga a conta?’ (Folha de S. Paulo, 25/3/2018), Marcio
Rachkorsky escreve: “Condomínio quer dizer copropriedade, domínio comum. Quem
opta por viver em condomínio adere ao modelo de moradia compartilhada, com
áreas privativas e comuns e rateio de despesas. Em busca de segurança, economia
e praticidade, famílias migraram de casas para apartamentos, tendo que adaptar
seus hábitos para um convívio coletivo, um ambiente com regras próprias. [...]
A cada ano, mais e mais condomínios passam a realizar a leitura individual do
consumo de água e gás, gerando economia, consciência ambiental e, sobretudo, melhorando comportamentos.”
Mas há sempre os condôminos
com pensamento egoísta. E, costumeiramente, debates em reuniões sempre deixam
muito a desejar do ponto de vista construtivo. É bem provável que pessoas assim
estejam de mal consigo mesmo, exteriorizando suas mágoas onde podem.
Como o próprio Marcio
Rachkorsky cita em seu artigo, “O barato de viver em condomínio é justamente o
prevalecimento do interesse coletivo sobre o privado, de forma a prestigiar a
finalidade social do empreendimento e promover entrosamento e convívio entre
vizinhos e, nos limites da lei, respeitar vontade e decisões da maioria.”
Selecionei alguns
pensamentos capazes de levar a uma autorreflexão. Por que não tentar ser, em
seu próprio condomínio, mais sensato, mais razoável, mais lógico, menos crítico
e mais atuante construtivamente?... Amanhã, quem sabe (risos), o edifício onde reside
poderá servir de referência a um veículo da mídia, como exemplo de condomínio
‘sustentável’ em todos os sentidos! Uia!
O que vocês acham de tudo
isto?...
Para reflexão:
“ENQUANTO nos ocupamos em apontar a escuridão
lá fora, nos outros, num político, naqueles que atacamos por pensar diferente
de nós, deixamos de agir e transformar o que nos cabe. Nós mesmos. Cada um de
nós tem dons e habilidades que servem ao todo.”
(Patrícia Gebrim,
psicóloga)
“Falam. Que falam? Que
falem.”
(George Bernard Shaw)
“CONSTRUÍMOS muros demais e
pontes de menos.
“AQUILO
com que não estou satisfeito, dificilmente consigo julgar apto a ser comunicado
a terceiros, especialmente na filosofia natural, onde o fantasiar é
interminável.”
(Isaac Newton, 1643-1727)
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