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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL, boas pessoas!

Tom Simões, dezembro 2017




NESTA ÉPOCA especial e única, permita-se olhar para trás com gratidão e para o futuro, com o firme propósito de se transformar conscientemente em uma pessoa mais compreensiva, solidária e, consequentemente, mais preenchida. Osho, filósofo indiano, revela que o preenchimento é interno’. Ou seja, é você quem deve se preencher completamente para então satisfazer uma pessoa. Este é o segredo. Se cuidar e se amar incondicionalmente lhe fará ser amado (a) exatamente à medida que deseja e precisa. Amar a si mesmo é um requisito essencial para que se possa experimentar a ‘serenidade’.  

O Natal nasceu em Belém, lembra o publicitário Nizan Guanaes. “E as pessoas que acreditam em Jesus e em Deus, de uma forma geral, pedem presentes simples, porque acreditam que a alegria do Natal já é o suficiente. Eu acredito muito, e por isso peço simplesmente paz. A paz do entendimento, do diálogo, que nos leva à frente. A paz como a canta Gilberto Gil: ‘Como se o vento de um tufão arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais”.

Nizan acrescenta que o Natal é a deixa para deixar para trás esse ódio e essa grita que nos enterram e nos enganam. É o momento de abrir via diálogo construtivo o caminho para um Ano Novo produtivo.

Flávio Gikovate, psiquiatra e psicoterapeuta, escreve: “O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver à capacidade de algumas pessoas lidarem com docilidade e tolerância com situações adversas, especialmente aquelas que não dependem de nós. Muitas vezes nos angustiamos e perdemos a serenidade, quando nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela para que nossos planos de futuro, nossos sonhos e esperanças não se transformem em pesadelos e fontes de tensão e decepções. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se aproximam mais da serenidade”.

A serenidade corresponde a um estado de espírito no qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis e mortais. É claro que tudo isso depende de termos atingido uma razoável evolução emocional e mesmo moral, complementa Gikovate.

Veja uma revelação de Paramahansa Yogananda, iogue e guru indiano: “O aconchegante berço de seu coração tem sido pequeno há muito tempo, guardando apenas o amor próprio. Agora você precisa fazê-lo enorme, para que o Amor Cósmico Crístico, social, nacional, internacional e de todas as criaturas, possa nascer neste seu berço e se tornar Amor. O Natal não deveria ser apenas festejado com trocas de presentes, mas também com profunda e contínua meditação, fazendo de sua consciência uma catedral para Cristo. Você então deverá ofertar neste local seus mais preciosos presentes de Amor, boa vontade e serviço para amparar seus irmãos não amigos e amigos – fisicamente, mentalmente e espiritualmente. O Cristo infinito está em todo lugar. Louve seu nascimento em templos hindus, budistas, cristãos, judeus, muçulmanos ou outros religiosamente verdadeiros. Toda expressão da Verdade flui da percepção Crística que tudo permeia; aprenda então a louvar essa Inteligência Universal em qualquer ensinamento, crença ou religião puros”.  
Diante destas reflexões, que nossas contribuições para o bem do mundo sejam sempre muitas e generosas. Sejamos gratos (as) por tudo o que somos, pois assim, se quisermos fazer evoluir a Humanidade, ideias e caminhos nos serão oferecidos. Há algo que diz: ‘Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece’.

Nesta oportunidade natalina, peçamos então fervorosamente a Jesus que nos envolva e nos faça sentir a força do Seu sublime amor, possibilitando-nos a entrega plena do nosso ser a uma reflexão profunda, para que possamos desfrutar conscientemente a força Desse amor e sentir o que tem a nos dizer.

Tenhamos um Natal alegre e com serenidade, saudando o Mestre Jesus com intenso sentimento  religioso! “Louve Cristo como nascendo em toda a criação: nas estrelas, nos novos brotos, nas flores, nos rouxinóis, nos ramalhetes, e na sua aveludada devoção. Una seu coração com todos os corações, então Cristo ali nascerá, ali permanecendo para todo o sempre”, alinhava o mestre Yogananda.


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