quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AMIZADE: COMPÊNDIO DE SABEDORIA...

por Tom Simões, jornalista, www.tomsimoes.com, dezembro 2017






O ‘Dia do Amigo é comemorado em diferentes datas no Brasil. O dia 18 de abril é a data popular e não oficial (isto é, não estabelecida por lei) da comemoração.
Além do ‘Dia Internacional do Amigo’, em 20 de julho, recentemente também se tornou comum a celebração do ‘Dia do Amigo do Facebook’, em 4 de fevereiro. Essa comemoração dedica-se a homenagear os chamados ‘amigos virtuais’, que são cada vez mais comuns na atualidade. Fonte: http://www.calendarr.com/brasil/dia-do-amigo/


“É UMA ilusão achar que, se você tem 600 ‘amigos’ no Facebook, você tem 600 amigos. Não tem a ver apenas com a capacidade cognitiva do cérebro humano, mas também com quanto você está disposto a investir em cada relacionamento. 
Ter milhares de amigos nas redes sociais da internet pode ser divertido e estimulante, mas as conexões que realmente fazem diferença para a saúde, a longevidade e a qualidade de vida são as que acontecem cara a cara. Contato humano direto e frequente é uma necessidade biológica, como água, comida, sono e sexo.  

Somos animais sociais, como muitos outros primatas. O contato social é um ímpeto biológico nos seres humanos. É por isso que conversar com os amigos ou com a família, o fato de ter contato com pessoas ao longo do dia, mesmo que seja algo superficial, pode se refletir num aumento de vários anos na sua expectativa de vida em comparação com pessoas solitárias – isso porque o contato social tem efeitos fisiológicos.”

* Susan Pinker, psicóloga canadense, especialista em psicologia do desenvolvimento, ‘Relações humanas diversificadas fazem viver mais e melhor’, em entrevista a Reinaldo José Lopes, Folha de S.Paulo, 8/12/2017. Ela ministrou a última conferência do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, em 2017.



·         RECEBI de Arnaldo H. Silva, em resposta a um convite que lhe fiz, como amigo no Facebook. Ele citou: “Li, nos ensinamentos cristãos, que a amizade é a mais pura forma de expressar o amor”. (autor desconhecido)
É incrível como a vida aproxima pessoas iguais, com afinidades naturais de pensamento e sentimento. E, agora na era da internet, não é preciso proximidade física para experimentar isso. (23/10/2016)



Quem te conhece, profundamente? Francisco Daudt, psicanalista, ‘A fresta’, Folha de S.Paulo, 6/12/2017

“[...] PERCEBEMOS o outro e somos por ele percebidos como se vistos por uma fresta de porta. Pense bem e com cruel sinceridade: quantas pessoas te conhecem, não digo completamente, que seria impossível, mas 50% de você? Se a resposta encheu os dedos de uma mão, você é um milionário.
    
Tudo começa, sim, pela falta de interesse, mas esse conhecimento esbarra em tropeços, como da leitura tendenciosa. A primeira lição de psicanálise deveria ser: não tire os outros por si. Eles são diferentes!

[...] Definitivamente, interessar-se por conhecer o outro é um gosto adquirido, como o da música clássica. E tão raro quanto...”


·         Pedro Bial: Amor de Amigo é Coisa Engraçada! É...
“AMOR de amigo é coisa engraçada!
É diferente de amor de pai, de mãe, de irmão, de namorado...
Amor de amigo é amor que completa a gente.
Um amigo não precisa estar com a gente o tempo todo, porque amor de amigo vence a distância.
Amigo que é amigo mesmo pode até ter outros amigos, porque amor de amigo nunca acaba. Ele se multiplica.
Tem amigo de tudo quanto é jeito: de infância, da escola, de bairro, de igreja, de faculdade, de internet, amigo de amigo...
Tem amigo até que a gente nem lembra, de onde veio. E cada um deles tem um espaço guardado na memória e no coração.
Amigo é amigo porque está presente nos momentos mais importantes da vida da gente: o primeiro beijo, a primeira festa, a aprovação no vestibular, um piquenique sábado à tarde, um dia de praia, ou até um almoço de domingo.
Aos meus amigos, a todos eles, eu desejo que conquistem cada vez mais amigos.
Porque amor de amigo não se cansa de amar.”




“POUCAS pessoas realmente ficam como absolutamente relevantes na vida. Relações bem construídas como a de um grande amigo, se já não vêm de um passado distante, certamente adentrarão o infinito futuro.
Roberto da Graça Lopes (meu especial amigo-irmão e mentor)



    ·         Amizade: Lealdade e Confiança
O VULGO ‘Poema do amigo aprendiz’ contém excertos do poema musicado Saudação do amigo por Padre Zezinho (nada tem de Fernando Pessoa) (...) “Quero ser o teu amigo/Nem de mais e nem de menos/Nem tão longe, nem tão perto/Na medida mais precisa que eu puder/Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida/Da maneira mais amiga/Da maneira mais discreta, sem jamais te sufocar/Sem forçar tua vontade, sem jamais te aprisionar/E saber quando falar e saber quando calar/Nem ausente, nem presente por demais/Fraternalmente ser amigo e te dar a paz”.  



·         A M I G O S (Osho, filósofo indiano)
“DURANTE TODA a minha vida vi muitas coisas desaparecendo. Fiz mais amigos do que talvez qualquer um tenha feito. Mas alguém é um amigo hoje – amanhã acabou. Ele encontra algum caminho em uma encruzilhada e se separa. Mas eu tenho mantido sempre em mente que somos apenas viajantes – ninguém sabe quanto tempo alguém vai estar com você. Enquanto alguém estiver com você, dê-lhe o máximo de amor que puder, compartilhe o máximo que puder. Amanhã talvez você tenha de dizer adeus a essa pessoa. [...] E não há nada a esconder, porque não há nenhum apego para tornar a coisa permanente – qualquer relacionamento, qualquer amizade, qualquer atividade, qualquer coisa; não há o desejo de se aferrar a nada enquanto acontecem as coisas que você desfruta. Você se abre, você permite que o essencial desses momentos preencha o seu ser e, quando esses momentos se forem, você se sentirá sempre grato, jamais queixoso. Se os sonhos que desaparecem o deixarem em estado de gratidão, o que há de melhor em você irá crescer. Nesse estado de não derrota – cada vez que você faz algo, o tempo o modifica, a vida começa a fluir em uma direção diferente, começam a acontecer coisas que você não esperava...”  
                               
“POIS O que são os clássicos senão o registro dos mais nobres pensamentos do homem?” Henry David Thoreau



“UM BOM ‘aforismo’ – texto curto e objetivo relacionado a uma reflexão de natureza prática ou moral - funciona como uma longa explanação resumida numa única frase, que leva à reflexão. É como um lead jornalístico, que passa a ideia central de determinado tema. Nesse sentido, os grandes pensadores da Humanidade sempre deixam, por meio de frases, um legado de ideias originais às novas gerações, levando-as a refletir profundamente sobre aspectos peculiares relativos à vida material, intelectual, moral e espiritual da evolução humana. Ideias geniais, que tornam imortais os pensadores! Geniais, sobretudo, por se manterem sempre atuais!” Tom Simões



“GOSTO especialmente de Sartre ao falar sobre um amigo: “É quando te vejo que me encontro melhor, parece-me que me deixei em depósito com você [...] Pensei muitas vezes que nos deveríamos ver mais. Creio que envelheceríamos menos depressa se nos pudéssemos encontrar de quando em quando...”. (de sua obra ‘A Idade da Razão’)  




 ·       Sobre a Amizade em Aristóteles

A concepção de amizade está no centro do pensamento ético e político do filósofo grego e possui relação direta com a virtude e a felicidade. Como virtude, a amizade suscita a benevolência, a reciprocidade e o querer bem (ARISTÓTELES, 1999, 1155b 31-2,1156a 1-5; ARÃO, 2011).

A amizade é uma virtude extremamente necessária à existência humana a tal ponto que o filósofo chegou a declarar que “ninguém deseja viver sem amigos, mesmo dispondo de todos os outros bens” (ARISTÓTELES, 1999, 1155a). A amizade é necessária à vida dos homens e “conduz o homem à felicidade, ao bem-estar.” (BREA, 2009, p. 70).

A amizade perfeita é considerada essencial e não acidental e não exclui nem a utilidade e nem o prazer, pois o que é bom também é útil e prazeroso. O fato de querer bem ao amigo em si mesmo não exclui o prazer e a utilidade que uma amizade pode proporcionar.

Aristóteles ainda teoriza sobre a amizade em cada etapa da vida dos indivíduos, onde a mesma assume uma função específica em cada faixa etária: a amizade tem a função de evitar que os jovens possam enveredar pelo caminho do erro, na maturidade inspirar atos nobres e na velhice um meio de amparo para as carências que a mesma nos traz.



(autor desconhecido)


“A FUNÇÃO correta de um amigo consiste em apoiar-te quando erras. Infelizmente, a maior parte das pessoas só está do teu lado enquanto permaneces no caminho certo.”
Mark Twain

“ÉRAMOS amigos e agora somos estranhos um ao outro. Mas não importa que assim o seja: não procuremos escondê-lo ou calá-lo como se isso nos desse razão para nos envergonhar. Somos dois navios, cada um dos quais com o seu objetivo e a sua rota particular.”
Friedrich Nietzsche     

“ALGUNS não conseguem se libertar dos seus próprios grilhões, mas conseguem libertar os amigos.”
Friedrich Nietzsche     

“SÓ O que se transforma continua meu amigo.”
Friedrich Nietzsche

“UM AMIGO deve ser mestre tanto na arte de adivinhar como na de permanecer calado.”
Friedrich Nietzsche

“SONHO com um amor em que duas pessoas compartilham uma paixão de buscar junto uma verdade mais elevada. Talvez não devesse chamá-lo de amor. Talvez seu nome ideal seja amizade.”
Friedrich Nietzsche    

“NÃO É a maneira como uma alma se aproxima da outra, mas na maneira como se afasta que reconheço seu parentesco e afinidade com a outra.”
Friedrich Nietzsche

“A FALTA de confiança entre amigos é pecado que não pode ser repetido, sob pena de ser irremediável.”
Friedrich Nietzsche

“UM AMIGO é um outro eu. É preciso honrá-lo como um deus. A amizade é a igualdade da harmonia.”
Pitágoras 

“ESCREVE na areia as faltas de teu amigo.”
Pitágoras                

“QUERO brincar, meus amigos,
De ver beleza nas coisas.”
Hilda Hilst

“A AMIZADE não se busca, não se sonha, não se deseja; ela exerce-se (é uma virtude).”
Simone Weil

“MAS NÃO afasta teu amigo por um pequeno erro.” (autor desconhecido)

“PARA conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.”
Sócrates           

“TODOS OS homens têm manias: uns gostam de cavalos; outros, de cães; outros querem ouro; outros, honrarias. Quanto a mim, nenhuma dessas coisas me atrai. Mas tenho paixão por amigos … Sim, prefiro um verdadeiro amigo a todo o ouro de Dario – e mesmo ao próprio Dario.”
Sócrates

“O AMIGO deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele.”
Sócrates

“NÃO TOMES como amigo um homem de quem não saibas primeiro como conservou a amizade com outros; porque deves esperar que procederá contigo tal como procedeu com os demais.”
Sócrates

“A AMIZADE e a lealdade residem numa identidade de almas raramente encontrada.”
Epicuro    

“TODA AMIZADE é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil.”
Epicuro

“DAS COISAS que a sabedoria proporciona para tornar a vida inteiramente feliz, a maior de todas é uma amizade”.
Epicuro

“PODE ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
a amizade nos reaproximará.”
Albert Einstein

“A AMIZADE é a coisa mais difícil do mundo de se explicar. Não é uma coisa que se aprende na escola. Mas, se você não aprendeu o significado da amizade, na verdade você não aprendeu nada.”
Muhammad Ali

“OS AMIGOS são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes. Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.”
Fabrício Carpinejar

“A AMIZADE é sempre uma doce responsabilidade, nunca uma oportunidade.”
Khalil Gibran    

“QUANDO TE separares de um amigo, não te preocupes, pois o que tu amas nele pode tornar-se mais claro com a tua ausência, assim como para o alpinista a montanha aparece mais clara vista da planície.”
Khalil Gibran
  
“A FACE de um velho amigo é como um raio de sol por entre escuras e sombrias nuvens.”
Abraham Lincoln       

“COMO se pode lutar contra as adversidades do destino sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis e dedicados, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixos?”
Zygmunt Bauman

“UM AMIGO é uma pessoa com a qual posso ser sincero. Diante dele posso pensar em voz alta.”
Ralph Waldo Emerson     

“AMIZADE é como flores, não podemos deixar de regá-las, mas também não podemos regá-las muito.”
Manuel Bandeira

“O ENCONTRO de duas personalidades é como o contato entre duas substâncias químicas: se houver reação, ambas são transformadas.” Carl Jung         

“Quando nos conhecemos melhor e nos apreciamos mais, temos mais a compartilhar, e assim criamos laços mais profundos e abundantes com os demais.” Julia Cameron

“CADA NOVO amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e nos enriquece, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.”
Miguel Unamuno         
 
“COM UMA amiga chegamos a um tal ponto de simplicidade ou liberdade que às vezes eu telefono e ela responde: não estou com vontade de falar. Então digo até logo e vou fazer outra coisa.”
Clarice Lispector



“E quando pedimos ‘cuida de mim’ em nossas orações...
Deus nos manda amigos!”
(autor desconhecido)



“NÃO TE abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...”
Mario Quintana, ‘Da Discrição’       

“QUEM TEM um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.”
Amyr Klink       

“A CONFIANÇA é um ato de fé; e esta dispensa raciocínio.”
Carlos Drummond de Andrade



* Martha Medeiros, crônica ‘Entre amigos’, 1999

“PARA que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, A Identidade, que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. 

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. 

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o réveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.”



“E AMIGO é isso: aquele que a presença conforta sem precisar de muito gesto ou dramatização.”
Martha Medeiros

“NÓS NASCEMOS sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. Somente através do amor e das amizades é que podemos criar a ilusão, durante um momento, de que não estamos sozinhos.”
Orson Welles
  
“NO FINAL, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.”
Martin Luther King

“A INFELICIDADE tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.”
Honoré de Balzac

“A MELHOR parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades.”
Abraham Lincoln

“NÃO HÁ solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.”
Francis Bacon

“POUCAS amizades subsistiriam se cada um soubesse aquilo que o amigo diz de si nas suas costas.”
Blaise Pascal

“A BONDADE em palavras cria confiança; a bondade em pensamento cria profundidade; a bondade em dádiva cria amor.”
Lao-Tsé
(dádiva: ato ou efeito de dar espontaneamente algo de valor, material ou não, a alguém; presente, oferta, mimo, brinde. Ação ou efeito de oferecer, voluntariamente, alguma coisa valiosa a alguém.)

“UM ATO de confiança dá paz e serenidade.” 
Fiódor Dostoiévski

“A CONFIANÇA pode exaurir-se caso seja muito exigida.”
Bertolt Brecht

“A MAIOR necessidade deste mundo é de confiança e amor.”
André Gide     



         ·        BORBOLETAS, Mario Quintana

“QUANDO depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”





“SE UM homem não faz novas amizades à medida que avança na vida, ficará logo sozinho. Um homem, senhor, deveria manter as suas amizades em contínuo restauro.”
Samuel Johnson    

“TODA VEZ que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estamos desmoralizando a nós mesmos.” (autor desconhecido)

AMIZADE só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.”
Chico Xavier    

“O AMIGO é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio.” 
Khalil Gibran



“A AMIZADE é a mais pura forma do amor de Deus, porque nasce do livre-arbítrio do coração e não nos é imposta pelo instinto familiar. Amigos ideais nunca se separam. Nada é capaz de romper seu relacionamento fraternal. O tesouro da amizade é o seu bem mais valioso, porque o acompanha para além desta vida. Todos os verdadeiramente amigos que fez, você os encontrará novamente no lar do Pai, pois o verdadeiro amor jamais se perde. Quando existe a amizade perfeita, ou entre dois corações, ou em um grupo de corações, num relacionamento espiritual, essa amizade aperfeiçoa cada um dos indivíduos. Como amigo, saiba quando não se intrometer, qual é o seu lugar, quando deve ter disposição para cooperar e quando deve ter a vontade de não cooperar.”
Paramahansa Yogananda


·         Esperando por Mim

(autoria: Legião Urbana, banda brasileira de rock, de Brasília. Ativa entre 1982 e 1996, a banda foi desfeita após a morte do seu vocalista e líder, Renato Russo, em 11 de outubro de 1996.)

“ACHO que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria 
arrogância
Esperando por um pouco de afeição
Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões
Hoje à tarde foi um dia bom
Saí pra caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz
É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos
E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim
E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperarão por mim
E o que disserem
Agora, meu filho espera por mim
Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias serão para sempre.”


“NÃO preciso de modelos
Não preciso de heróis
Eu tenho meus amigos.”
Renato Russo  


  



“DOS amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade.”
Cícero
“VIVER sem amigos não é viver.”
Cícero

“UM bom amigo é mais digno do que cem familiares.”
Cícero

“A AMIZADE é simplesmente a amável concordância em todas as questões da vida.”
Cícero

“PARECE-ME que arrancam o sol deste mundo, esses que afastam a amizade das suas vidas.”
Cícero

“HAVERÁ algo mais belo do que ter alguém com quem possa falar de todas as suas coisas como se falasse consigo mesmo?”
Cícero            

“UM AMIGO é como se fosse um segundo eu.”
Cícero   



 E, para finalizar, este clássico de Cícero, sobre a amizade:

Cícero (Marco Túlio Cícero): 3 de janeiro do ano 106 a.C. / 7 de dezembro de 43 a.C. Advogado, escritor, filósofo e estadista romano, considerado um dos maiores filósofos da Roma antiga.
        ·         sintetizado por mim  de https://www.saraiva.com.br/dialogo-sobre-a-amizade-4897765.html

Não há bem maior do que a amizade. Esta máxima vem sendo afirmada e repetida desde a Antiguidade. Mas como saber se uma amizade é de fato autêntica? Quais parâmetros éticos e morais devem reger uma relação entre amigos? Essas e outras questões já preocupavam Marco Túlio Cícero, a tal ponto que um de seus trabalhos fundamentais foi justamente De Amicitia ou Diálogo sobre a Amizade. Escrito em 44 a.C., esse livro é um pequeno tratado no qual Cícero diz estar reproduzindo uma conversa entre Caio Fânio, Quinto Múcio Cévola e Caio Lélio, em que este último, entristecido com o falecimento de seu amigo Cipião, fala sobre a amizade. O diálogo só existe, efetivamente, em poucas passagens da obra, prevalecendo, na verdade, uma envolvente exposição de teses sobre o tema”.

De acordo com https://jdfilosofia.files.wordpress.com/2017/05/anotac3a7c3b5es-cc3adcero-da-amizade.pdf, após uma breve conversa sobre seu amigo Cipião, Fânio pede a Lélio que exponha sua concepção de amizade, indagando-o sobre o valor e sobre os princípios que devem reger a amizade. Lélio diz: “De minha parte, tudo que posso fazer é vos incitar a preferir a amizade a todos os bens desta terra; com efeito, nada se harmoniza melhor com a natureza, nada esposa melhor os momentos positivos ou negativos da existência. Antes de mais nada, a amizade, estou convencido, só pode existir nos homens de bem. Homens de bem: todas as pessoas que, em sua conduta, em sua vida, deram prova de lealdade, de integridade, de equidade, de generosidade, que não trazem dentro de si cupidez, nem paixões, nem inconstância, e são dotadas de grande força de alma, podem todas, penso, ser contadas entre pessoas de bem”.

Temos de indagar pela concepção de ‘pessoas de bem’, se queremos entender Cícero e sua ideia de que somente estes podem ser amigos de alguém. Assim, a amizade não é senão uma unanimidade em todas as coisas, divinas e humanas, acompanhada de afeto e de benevolência. Cícero imagina se ela não seria, excetuada a sabedoria, o que o homem recebeu de melhor dos deuses imortais. Qual a importância da virtude para a amizade, sua origem e sustento?  Ao que descreve Lélio: “Quanto aos que colocam na virtude o soberano bem, sua escolha é certamente luminosa, já que é essa mesma virtude que faz nascer a amizade e a conserva, pois, sem virtude, não há amizade possível”.

Sobre a importância da amizade e a distinção entre mais de um tipo de amizade, Lélio acrescenta: “Quanto à amizade, ela contém uma série de possibilidades. Em qualquer direção que a gente se volte, ela está lá, prestativa, jamais excluída de alguma situação, jamais importuna, jamais embaraçosa. Por isso, nem água nem fogo, como se diz, nos são mais prestimosos que a amizade. E aqui não se trata da amizade comum ou medíocre, que, no entanto, proporciona igualmente satisfação e utilidade, mas da amizade verdadeira, da perfeita. Pois a amizade torna mais maravilhosos os favores da vida, e mais leves, porque comunicados e partilhados, seus golpes duros. Na maioria das vezes, portanto, ao refletir sobre a amizade, tenho o hábito de voltar ao ponto que me parece fundamental: será por fraqueza e indigência que se busca a amizade, cada um visando por sua vez, através de uma reciprocidade dos serviços, receber do outro e devolver-lhe esta ou aquela coisa que não pode obter por seus próprios meios, ou seria isto apenas uma de suas manifestações, a amizade tendo principalmente uma outra origem, mais interessante e mais bela, escondida na própria natureza?”

Lélio avalia que, com efeito, o amor, de onde provém a palavra amizade, é no primeiro fundamento ‘simpatia recíproca’. “Quanto aos favores, não é raro que sejam obtidos também de pessoas iludidas por uma aparente amizade e um desvelo de circunstância: ora, na amizade nada é fingido, nada é simulado, tudo é verdadeiro e espontâneo. Quanto à disposição necessária para a verdadeira amizade, com efeito, quando somos generosos e bondosos, quando não exigimos reconhecimento – não contando com nenhum proveito próprio, tendo apenas uma vontade espontânea de ser generoso -, é, então, penso, que convém, não movidos por uma esperança mercantil, mas convencidos de que o amor traz em si seu fruto: querer atar amizade”.

Pois, prossegue Lélio: se o interesse cimentasse as amizades, à menor mudança de interesse veríamos desfazerem-se. Mas assim como a natureza não poderia mudar, as verdadeiras amizades são eternas. Causas de desavenças entre amigos, conflito de interesses e de opiniões políticas, mudanças de caráter, inconveniências e injustiça... Nada é mais difícil, apesar de tudo, dizia ele, que conservar intacta uma amizade até o último dia de vida. Pois seguidamente acontece que ora os interesses, ora as sensibilidades políticas divergem; com frequência também o caráter dos homens se altera, ele argumentava, por causa de alguns reveses, ou por causa do fardo crescente da idade.

Outras violentas dissensões surgem, e na maioria das vezes com razão, quando se exige de um amigo algo de inconveniente, como ajudar a saciar uma paixão ou ser cúmplice de uma injustiça. Os que se recusam o fazem com a maior honestidade; no entanto, os amigos pelos quais não se deixaram arrastar os acusam de faltar aos deveres da amizade; ora, os que ousam pedir não importa o quê a um amigo atestam, por seu pedido mesmo, que nenhum escrúpulo os detém se se trata de favorecer a causa de um amigo. Quais são os limites do afeto, da amizade? “Por isso, veremos primeiramente, se o permitis, até onde a afeição tem o direito de ir, em amizade. A amizade não pode cruzar os limites da justiça (Cícero chama isto de primeira lei [princípio] da amizade, mais adiante). É que não há nenhuma desculpa para as más ações, mesmo se é por amizade que agimos mal. Em amizade, portanto, será uma lei nada pedir de vergonhoso e não ceder a nenhuma súplica dessa espécie. É uma desculpa escandalosa, com efeito, e inteiramente inadmissível, pretender que, embora prejudicando o Estado por más ações, defendeu-se a causa de um amigo. Por que falei disso? Porque, sem amigos, ninguém empreenderia tais coisas. Eis, portanto, a lição a tirar para as pessoas honestas: se a sorte as fez cair contra a vontade numa amizade desse tipo, elas não devem se considerar manietadas [de mãos atadas] a ponto de não ousarem dessolidarizar-se de amigos que agem mal em alguma questão importante”, descreve Lélio.

Aqui, a primeira lei e um conselho prático de Lélio: “Essa é, portanto, a primeira lei que se deve instaurar em amizade: não pedir a nossos amigos senão coisas honestas, não prestar a nossos amigos senão serviços honestos, sem sequer esperar que nos peçam, permanecer sempre confiante, banir a hesitação, ousar dar um conselho em total liberdade. No domínio da amizade, é preciso que predomine a autoridade dos amigos mais avisados, e que essa influência se aplique em acautelar os outros, não só com franqueza mas com suficiente energia, se a situação o exigir, para que o conselho seja posto em prática”.

“(...) que razão justificaria eliminar-se completamente da nossa vida a amizade, pelo único motivo de que ela nos impõe alguns desagrados? Vista sob esse ângulo, a ansiedade que frequentemente somos levados a sentir por um amigo não é capaz de expulsar a amizade de nossa vida; como tampouco iremos repudiar as virtudes por que elas ocasionam não poucas preocupações e desagrados.”

Para Lélio, pois, não é tanto os serviços prestados por um amigo, mas a afeição desse amigo, em si, que dá prazer: o que um amigo nos oferece só nos faz feliz na medida em que é oferecido com afeição. “Todavia, há também em amizade limites, e quase fronteiras, a instaurar para a afeição.”

Sobre essa questão, apresentam-se três teses diferentes: para uma, devemos sentir em relação a um amigo o mesmo sentimento que em relação a nós mesmos; para a outra, nossa bondade para com os amigos deve corresponder à sua bondade para conosco segundo uma estrita e simétrica reciprocidade; para a terceira, a estima que cada um faz de si dita a estima que seus amigos devem fazer do outro. Cícero rejeita a primeira porque há coisas que devemos fazer pelos amigos que não faríamos por nós; a segunda porque é demasiado rigorosa e mesquinha e a terceira porque, por vezes, temos a obrigação de melhorar a moral de nossos amigos. Sobre esta última, crê Lélio: “Não é raro, com efeito, em algumas pessoas, que o moral esteja muito baixo, ou que a esperança de uma melhora de sua existência seja muito pequena. Não cabe, portanto, a um amigo manter com uma pessoa a mesma relação que mantém consigo mesmo: ele deverá antes esforçar-se por elevar o moral de seu amigo, conseguindo aos poucos insuflar-lhe o otimismo e o pensamento positivos”.

Sobre as marcas, ou sinais, daqueles que são capazes de amizade, Lélio argumenta: “Ora, retorno com frequência a Cipião, cujas conversas giravam sempre em torno da amizade; ele se queixava de que os homens se empenham mais em todas as outras atividades: cada um sabe dizer quantas cabras e carneiros possui, mas não quantos amigos; quando as pessoas adquirem esses animais, fazem-no com o maior cuidado, enquanto na escolha de seus amigos são negligentes e não sabem em que tipo de sinais, de marcas, se quiserem, irão confiar para reconhecer os que seriam capazes de amizade. Nesse sentido, são as pessoas seguras, estáveis, constantes que devemos escolher, uma espécie muito rara. Ora, é difícil julgá-las corretamente sem a prova dos fatos, e justamente essa prova só pode realizar-se dentro da própria amizade. De sorte que a amizade precede o julgamento e suprime toda possibilidade de colocação à prova. Um conselho importante e, me parece, essencial, no começo de uma amizade: (...) assim, na perspectiva de uma amizade, sondar-se-á primeiro de algum modo o caráter dos amigos”.

Sobre as diferenças entre pessoas de caráter constante e inconstante – ou como descobrir a força ou fraqueza do caráter de alguém, argumenta Lélio: “Resta que duas coisas demonstram aqui, na maioria das pessoas, a inconstância e a fraqueza de caráter: quando tudo vai bem elas não levam isso em conta; quando tudo vai mal, elas desertam. Por conseguinte, aquele que nos dois casos se mostrar profundo, constante, estável na amizade, é um homem que devemos considerar como de uma essência raríssima, quase divina”.

Sobre a lealdade, seus requisitos e outras características que devemos buscar nos amigos, argumenta Lélio: “No entanto, essa estabilidade, essa constância, são uma confirmação daquilo que buscamos na amizade: a lealdade. Com efeito, nada é estável no que é desleal. Para nosso igual, devemos escolher uma pessoa franca, afável, com quem podemos nos entender, isto é, que reage às coisas da mesma maneira que nós. Tudo isto está relacionado à lealdade. Não pode haver lealdade num entendimento complicado e tortuoso e, afirmo, aquele que não reage às mesmas coisas, cujo temperamento não está em harmonia com o nosso, não poderia se mostrar fiel nem estável. Acrescentamos que ele não deve ser daqueles que tem prazer em lançar acusações ou em acreditar nas que se apresentam”.

Sobre o respeito e a reciprocidade, lembra Lélio que a maioria das pessoas, por ausência de discernimento, para não dizer por impudência, querem ter um amigo tal como não saberiam ser elas próprias: gostariam de receber de seus amigos o que não lhes dão. “Convém, preliminarmente, sermos nós mesmos homens de bem, antes de buscar alguém semelhante a nós. Entre homens assim, a estabilidade na amizade poderá se consolidar contanto que, por um lado, os homens unidos pela afeição controlem suas paixões, enquanto os outros são subjugados por elas, e, por outro, se comprazam na equidade e na justiça, se apoiem mutuamente em tudo, nada exijam do outro a não ser honestidade e retidão; e não apenas se frequentem e se amem, mas se respeitem. Pois a amizade carece de seu maior ornamento quando falta o respeito.

Em relação aos bens da amizade e o preço do descaso da virtude como critério para o relacionamento, Lélio afirma que, em tal círculo de amizade, acham-se todos os bens que os homens julgam necessário buscar: consideração, glória, tranquilidade de espírito e alegria, de modo que, quando esse círculo existe, a vida é feliz, e sem ele não poderia sê-lo. E como aí se encontra o melhor e o mais importante, se quisermos alcançá-lo temos de dedicar todos os nossos cuidados à virtude: sem ela, não obteremos nem a amizade nem qualquer desses bens dignos de ser cobiçados; aqueles que, tendo negligenciado a virtude, imaginam ter amigos, percebem que se enganaram tão logo uma grave dificuldade os obrigue a colocar seus supostos amigos à prova. Aliás, em muitos casos a negligência nos pune, sobretudo quando se trata de escolher e se ligar a amigos. Críticas ao amigo são, por vezes, importantes para preservar a utilidade e a confiabilidade da amizade (ao serem dirigidas, por exemplo, ao caráter do amigo). Com frequência, somos obrigados a fazer aos amigos advertências, e até mesmo repreensões, e cumpre que os amigos em questão as aceite, quando forem feitas numa boa intenção. É importante saber reconhecer o adulador, o hipócrita, e não investir numa relação com ele.

Também sobre advertências, Lélio comenta sabiamente que fazer e receber advertências é portanto o critério da amizade verdadeira, contanto seja feito com isenção de espírito, sem maldade, e que o outro aceite pacientemente, sem irritar-se: assim devemos nos persuadir de que não há flagelo maior na amizade que a adulação, a bajulação, a baixa complacência. Pois, chame-se com os nomes que se quiser, é preciso estigmatizar esses vícios das pessoas frívolas e hipócritas, cuja palavra busca sempre agradar, jamais exprimir a verdade. Há dois tipos de adulador, o idiota e o hábil.

Sobre ser amigo daqueles que são capazes de amar, Lélio crê que são dignos de amizade aqueles que têm dentro de si uma qualidade intrínseca que os faz amar: “(...) amar não é senão querer bem o ser que se ama, sem que se trate de preencher uma falta ou de obter um benefício, o qual desabrocha, sozinho, no contexto da amizade, mesmo que de maneira nenhuma tenha sido buscado. Mas, como o humano é frágil e perecível, teremos sempre de buscar ao redor de nós pessoas que amaremos e por quem seremos amados: privada de afeição e simpatia, a vida não tem qualquer alegria”.

No último trecho, alinhava Lélio: “Eis o que eu tinha a dizer sobre a amizade. E como não há amizade sem virtude, exorto-vos a reservar à virtude tal importância que, exceto ela, em vosso pensamento nada seja preferível à amizade”.


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