25 de Outubro: ‘Dia Nacional do
Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Nanismo’
“[...] PELA primeira vez na história, o Brasil celebra essa data, junto com outros 28 países, incluída recentemente no calendário nacional em prol da luta pela igualdade de direitos e contra o preconceito contra quem tem nanismo. No último dia 31 de julho, foi sancionada a Lei nº 13.472/17, que institui o dia 25 de outubro para esse fim. Infelizmente, ainda precisamos conscientizar boa parte do Brasil e a celebração lembra as pessoas de olhar para o lado e perceber a diferença, como algo comum. Aliás, quem é igual? Cada um de nós é diferente em algum aspecto, e essa é a grande beleza da vida: convivermos e trocarmos experiências evolutivas distintas, um complementando com a sabedoria que o outro não tem. Assim é a rede da vida. Formada por conexões que são essencialmente humanas. Não fazem diferença as cores, as classes sociais ou a estatura quando estamos todos no plano humano. O que realmente faz a diferença é a união. Estamos aqui todos juntos para confirmar esta verdade. [...]”, escreve Rafaela Toledo, https://somostodosgigantes.com.br/dia-nacional-do-combate-ao-preconceito-contra-as-pessoas-com-nanismo-2/
“APESAR de os humanos atuais serem o resultado de milhares
de anos de evolução, ainda não somos o produto final do desenvolvimento da
nossa espécie. Da idade primitiva à Nova Era, a Humanidade pouco evoluiu quanto
às suas atitudes comportamentais. Não somos flexíveis com o próximo como
deveríamos. Não aprendemos ainda a viver em comunidade e a conviver com a
diversidade. Quando até mesmo os animais nos oferecem exemplos de conviver em
harmonia.” (fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/evoluir-para-viver-mais-e-melhor--35946.html) Num mundo ainda tão equivocado!
Pedro Capelache, ator, e outros ‘Pedros’ extraordinários
estão por aí para cumprirem o seu papel no processo de conscientização da nossa
ainda, no aspecto da humanização, primitiva Humanidade. Mas o Mundo avança
nesse sentido. Porque a oportunidade que é dada hoje ao Pedro e a outros ‘Pedros’
e ‘Pedrinas’ é inédita. Porque a sociedade começa a experimentar uma verdadeira
revolução contra as mais variadas formas de preconceito. Muitos seres humanos
que até então viviam isolados estão tendo oportunidades: virando notícia,
personagem de telenovelas, sendo colocados no mercado de trabalho... Essa
mudança de realidade vai educando a sociedade.
“Agora está muito mais fácil passar informações da luta
contra o preconceito, seja através do teatro, televisão, música, internet e
outros veículos. Infelizmente, FALTAM (grifo
dele) pessoas como você que apoiam, dão importância e se dedicam à luta
contra o preconceito, não apenas do nanismo, mas de qualquer tipo de preconceito,
revela Pedro Capelache.
Só os pais de um homossexual, por exemplo, são capazes de
entender e respeitar o filho. Infelizmente, as pessoas só entendem e respeitam
os ‘diferentes’ quando eles fazem parte da família. Quando não, divertem-se sem
compromisso à custa desses alguéns, ou então passam indiferentes a eles.
“[...] O bullying acabou se integrando à cultura dos
jovens. Tornou-se uma forma de os adolescentes descarregarem sua agressividade
elegendo um, dois ou um grupo de bodes expiatórios. Que são intensamente
gozados e vitimizados. E isso vai calhar com características psicológicas
dessas vítimas. É como se houvesse indivíduos que têm vocação para ser bode
expiatório, geralmente aqueles chamados de nerds, mais calados, com alguma
deficiência”, revela o psicólogo Sérgio Kodato, 63, coordenador do ‘Observatório
de Violência e Práticas Exemplares’, da USP de Ribeirão Preto, em entrevista a
Paulo Saldaña, publicada na Folha de
S.Paulo de 21/10/2017.
Para Kodato, este é um momento em que a questão moral
precisa ser balanceada na escola. Mas tem ainda a questão da impotência e
rejeição, seja da família ou dos professores. Geralmente, a discussão radical é
de uma eliminação do opositor, para, na verdade, não lidar com o conflito.
“Sabe-se que diante de uma situação traumática, tende-se a
esquecer e negar. O problema é que a situação traumática volta à consciência. [...] É hora de falar sobre o
assunto. É o momento de se preocupar e ver que o bullying está levando ao
óbito. Todas as escolas deveriam se preocupar com mecanismos de mediação. Ter
urnas, canal de denúncias, para que quem sofre ter a quem recorrer. Os
conflitos devem ser resolvidos na sala, porque está se formando cidadania. E
precisamos ensinar como encarar os conflitos de forma civilizada”, acrescenta o
psicólogo Sérgio Kodato.
Em ‘A Insustentável Leveza do Ser’, Milan Kundera sintetiza sabiamente a lamentável frieza humana: “Já havia compreendido que as pessoas se alegravam tanto com a humilhação moral do próximo, que jamais abriam mão desse prazer ouvindo explicações.” Pobre massa de ignorantes; o pior é que eles não dão conta da sua ‘suposta’ superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assumindo atitude prepotente ou de desprezo com relação a outros. Eles desconhecem que os seus descendentes também poderão precisar que o Mundo os acolha com respeito e como verdadeiros irmãos, independentemente da sua condição biológica, mental, comportamental... Porque não há projeto para bebês nascerem modelados, segundo a vontade dos pais. Seremos sempre amados pela família, independentemente das nossas características físicas e comportamentais.
Em ‘A Insustentável Leveza do Ser’, Milan Kundera sintetiza sabiamente a lamentável frieza humana: “Já havia compreendido que as pessoas se alegravam tanto com a humilhação moral do próximo, que jamais abriam mão desse prazer ouvindo explicações.” Pobre massa de ignorantes; o pior é que eles não dão conta da sua ‘suposta’ superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assumindo atitude prepotente ou de desprezo com relação a outros. Eles desconhecem que os seus descendentes também poderão precisar que o Mundo os acolha com respeito e como verdadeiros irmãos, independentemente da sua condição biológica, mental, comportamental... Porque não há projeto para bebês nascerem modelados, segundo a vontade dos pais. Seremos sempre amados pela família, independentemente das nossas características físicas e comportamentais.
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“CRIAMOS
a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina,
que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e
cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência,
precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e
tudo será perdido.”
- Charles
Chaplin, 1889-1977, inglês. Ele foi o gênio mais universal do
cinema. Carlitos seduziu simultaneamente as massas e os intelectuais, fez rir e
chorar as plateias de todo o mundo e, na linha do humanismo poético, o
solitário tragicômico nos estimulou ao desejo das coisas que nunca perecem: a
beleza, o sonho, a ternura, o sentimento de liberdade, a esperança...Sem dizer
uma palavra, Chaplin dizia tudo através dos gestos.
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Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli
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