JÁ
ENCONTREI definições variadas sobre o amor. Não o amor corriqueiro, movido pela
troca de interesses pessoais; alimentar expectativas de felicidade em função do
retorno de outras pessoas pode ser frustrante. Mas, o amor verdadeiro, esse
sentimento amoroso compartilhado serena e desinteressadamente, a todos
indistintamente. Quem o experiencia é certamente alguém que cultiva o amor
próprio, que desabrocha o seu ‘Deus interior’.
A autoestima é a capacidade de gostar de si mesmo, de se sentir bem,
feliz e confiante, mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis, pela prática
da tolerância, do entendimento e do estado de paz interior (meditação). Porque
prazer não é sinônimo de felicidade. ‘Serenidade’, sim, é o estado permanente
de felicidade. Tudo o que uma pessoa atinge com a maturidade, a cada resto do
primitivo sentimento de onipotência superado com a sua experiência, contribui
para solidificar o sentimento puro dentro de si, ou seja, para fazer
desabrochar a presença divina dentro de si, o ‘Deus interior’. Alguém citou:
‘Eu não devo buscar deuses exteriores, mas o ‘Deus interior’, o eterno dentro
de mim’.
Isso não significa que uma pessoa centrada na sua solitude, completa em si mesma, não possa fazer amigos. Na verdade,
só uma pessoa como essa pode fazer amigos, porque agora isso não é mais uma
necessidade, é só um compartilhar. VOCÊ TEM TANTO, QUE PODE COMPARTILHAR. “Solitude é o estado de privacidade de uma pessoa,
não significando, propriamente, estado de solidão. Solitude é
o isolamento ou reclusão voluntário, quando o indivíduo busca estar em paz
consigo mesmo. Diferente da solidão que, em sua essência, é o estado emocional
do indivíduo que deseja ardentemente uma companhia e não a tem. Um indivíduo
pode estar cercado de amigos, em meio a um salão de festas muito animado, e
ainda assim estar corroído pela solidão. Em alguns casos, o indivíduo escolhe
isso pelas experiências que lhe foram desagradáveis em algum tempo atrás. Sendo
então a solitude uma maneira de
evitar que o mesmo incidente ocorra novamente”, descreve a Wikipédia, a enciclopédia livre.
Para encontrar o Divino dentro de si, você vai ter que se desamarrar de
todos os conceitos que lhe foram dados do lado de fora, porque Deus não é uma
pessoa’, inspira-nos Osho, o grande filósofo indiano. “A imagem de Deus não
existe, nenhuma estátua é possível. Deus é uma experiência! Se você tiver a
ideia de um Deus que seus pais e sua sociedade têm dado a você, você vai
absorver essa ideia, que será um obstáculo, impedindo-lhe que seja o que é,
verdadeiramente.”
Para o mestre Osho, Deus é um acontecimento! “Se você estiver em silêncio, aberto, amoroso para o seu próprio ser, com a consciência desperta, Deus vai acontecer. A qualquer momento, quando estiver na sintonia certa com a Existência, isso vai acontecer. Deus está lá, você está lá. Apenas a sintonia certa. Abandonar todas as ideologias ajuda-o a ficar devidamente atento. E uma vez que esteja em sintonia com a Existência, isso é ‘felicidade’. Você chegou em casa, em seu interior, transformando-o num templo divino.”
Para o mestre Osho, Deus é um acontecimento! “Se você estiver em silêncio, aberto, amoroso para o seu próprio ser, com a consciência desperta, Deus vai acontecer. A qualquer momento, quando estiver na sintonia certa com a Existência, isso vai acontecer. Deus está lá, você está lá. Apenas a sintonia certa. Abandonar todas as ideologias ajuda-o a ficar devidamente atento. E uma vez que esteja em sintonia com a Existência, isso é ‘felicidade’. Você chegou em casa, em seu interior, transformando-o num templo divino.”
E quando isto acontece, não há como ser diferente. Ao experienciar o
Divino dentro de si, o homem iluminado simplesmente dá. Não porque ele queira
receber algo de você – você não tem nada para lhe dar, ensina Osho. “O que você
tem para lhe dar? Ele dá porque tem muito a dar, está sobrecarregado. Ele dá
porque é como uma nuvem de chuva, tão cheia de chuva que tem de chover. Não
importa onde, sobre o quê – sobre rochas, sobre o solo bom, sobre jardins,
sobre o oceano... Isso não tem a menor importância. A nuvem simplesmente quer se
descarregar. O homem iluminado é simplesmente uma nuvem de chuva. Ele lhe dá
amor; não para receber de volta. Ele o compartilha e lhe fica agradecido porque
você lhe deu essa oportunidade; porque você estava suficientemente aberto,
disponível, vulnerável; porque não o rejeitou quando ele estava pronto para
despejar todas as suas bênçãos sobre você; porque você abriu seu coração e
recebeu tanto quanto estava dentro da sua capacidade."
O filósofo indiano
conduz essa ideia com grande sabedoria. Desde que eu descobri este Ensinamento,
guardo-o como um tesouro dentro de mim, tentando aplicá-lo cotidianamente:
“VOCÊS não
precisam sequer ser gratos pelo meu amor, porque o meu amor é a própria
recompensa. Em vez de vocês se sentirem gratos, eu é que sou grato por vocês
aceitarem o meu amor e não rejeitá-lo. Vocês poderiam tê-lo rejeitado, têm esse
direito. Quando conheci a mim mesmo, conheci um significado totalmente
diferente da responsabilidade. Ela não é uma questão de dever; é uma questão de
compartilhamento. Você tem tanto amor e tanto êxtase que gostaria de
compartilhá-los. E quem quer que esteja pronto para recebê-lo terá a sua
gratidão. Ele é um presente, e não tem causa na pessoa a quem você o está
dando. Você o está dando porque se sente pleno; você está transbordando. No
momento em que você conhecer a si mesmo em toda a sua totalidade, pela primeira
vez você será capaz de ser altruísta, compassivo, amoroso, bondoso, generoso.” Esta
é a chave do amor incondicional.
Nesta linha de pensamento, encaixa-se sabiamente o filósofo Mário Sérgio
Cortella, ao dizer:
“Eu preciso transbordar, ir além da minha borda, preciso me comunicar,
preciso me juntar, preciso me repartir. Nesta hora, minha vida que, sem dúvida,
ela é curta, eu desejo que ela não seja pequena”.
Sócrates
considerava o amor como condição necessária para a autorrealização, processo
pelo qual nos tornamos seres mais humanos. “O amor não é o conjunto de
emoções (sensações corporais) que a pessoa sente por outra ou por algo, mas o
ato de decidir pelo bem ou a favor de outrem ou de algo, independente das
circunstâncias. As sensações físicas surgem
como consequência da decisão de amar. Muitos estudiosos entendem que as
sensações da atração física
que uma pessoa sente por outra não podem ser chamadas de amor, ou de algum tipo
de sentimento, mas apenas emoções (sensações corporais) consequentes do
instinto que leva uma pessoa a sentir atração por outra.”
O ato de compartilhar, ditado por Osho
Segundo o filósofo, o amor é a única religião, o único Deus, o único
mistério que tem de ser vivido, compreendido. Quando o amor for compreendido,
você terá compreendido todos os sábios e todos os místicos do mundo. Isto é
maravilhoso!
As pessoas
comuns acham que elas estão compartilhando, mas elas não têm nada para
compartilhar – nenhuma poesia no coração, nenhum amor. Na verdade, quando elas
dizem que querem compartilhar, não querem dar nada, porque não têm nada para
dar. Elas estão em busca de alguém que lhes dê algo, e o outro está no mesmo
barco. Ele está procurando tirar algo de você, e você está tentando tirar algo
dele. Ambos estão, de certo modo, tentando roubar algo do outro, ensinava o sábio.
Quando a pessoa é totalmente livre, essa liberdade torna possível o
compartilhamento. Ela dá muito de si, mas sem que isso seja uma necessidade; dá
muito de si, mas não faz disso um comércio. Ela dá muito de si porque tem muito
para dar. Ela dá muito de si porque gosta de se dar.
Osho distingue dois tipos de amor. Um é o amor que acontece quando você
está se sentindo solitário: por necessidade, você busca o outro. O outro amor
surge quando você não está se sentindo solitário, apenas só. No primeiro caso,
você sai em busca de alguma coisa; no segundo, você sai em busca de dar alguma
coisa.
Como
escreve Paul Tillich, teólogo e filósofo da religião: “A linguagem criou a
palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude
para expressar a glória de estar sozinho”.
“A capacidade de
estar sozinho é a capacidade de amar. Pode parecer paradoxal para você, mas não
é. Trata-se de uma verdade existencial: só as pessoas capazes de ficar sozinhas
são capazes de amar, de compartilhar, de mergulhar no âmago mais profundo da
outra pessoa – sem possuir o outro, sem se tornar dependente dele, sem reduzir
o outro a um objeto, e sem ficar viciado no outro. Elas dão ao outro liberdade
absoluta, pois sabem que, se o outro as deixar, elas serão felizes como são
agora. A felicidade delas não pode ser levada pelo outro, pois não é concedida
pelo outro. Elas adoram compartilhar; elas têm tanta alegria, que gostariam que
essa alegria se derramasse sobre todas as pessoas. E sabem como tocar a vida
como se ela fosse um instrumento solo”, pregava Osho.
Esta é assim uma
ideia que tanto me agrada do verdadeiro amor, o amor incondicional, que alia a
inteligência do coração, a razão e a espiritualidade, trazendo um novo
significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o imaginável.
Trata-se o puro amor de um sentido de conexão com algo maior que si próprio. Quem
já despertou a consciência nesse sentido, reconhece-se em Osho, em tudo que ele
descreve, sabiamente!
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