OUTRO DIA deparei-me, na
rua, com uma senhora passeando com o cachorro, que foi bastante agressiva com
uma jovem andando de bicicleta. Como é triste presenciar pessoas, sobretudo
idosas, reclamando de tudo. Salvo isso derivar de algum problema da própria
idade, pode-se perguntar: ‘O que a vida lhes ensinou até então?’. O
semblante dessas pessoas pode revelar tristeza profunda, arrogância, revolta,
incapacidade de se colocar no lugar do outro... Ao lado de pessoas
permanentemente insatisfeitas, o silêncio é, no mais das vezes, a melhor
resposta. É deixar que suas queixas se transformem em monólogos, o que não é
raro acontecer. Também não é raro que sejam evitadas por sua intolerância, que muitas
rotulam de capacidade de ser autênticas, a fim de que não sejam aviltadas ou
pareçam bobas. Em sua visão do que seja o relacionamento humano e
autojustificando a sua natureza crítica, acreditam-se detentoras, por assim
dizer, de uma ‘verdade saneadora dos maus hábitos sociais’. Haverá solução para
isso? Talvez, se, cada um dos ‘reclamões’ perceber, segundo um pensamento, de
autor desconhecido, que se encaixa muito bem nessa história: ‘Só nos reformamos verdadeiramente quando
conseguimos conhecer (e reconhecer) a nossa ignorância’. Mas aqui cabe um
alerta: se você decidir chamar a atenção de alguém quanto a esse hábito de ser
‘reclamão’, não o faça para retaliar e se utilize de sensibilidade, de
Misericórdia! Tom Simões
Exatamente isso! Tenho vontade de enviar seu texto para os meus vizinhos. rsrsrsrs. Abraços!
ResponderExcluirA gente sempre tem alguém assim por perto! Ou encontra frequentemente em nossas andanças! Obrigado, https://plus.google.com/117961629663475586342/posts
Excluir“Hoje entendo porque algumas pessoas chegam a uma idade avançada melhores do que foram na juventude, enquanto outras, realmente, envelhecem muito mal: amargas, pesadas, reclamando de tudo. Esse é o drama da passagem”.
ResponderExcluirfonte: Luiz Alca de Sant’Anna, cronista, jornal A Tribuna de Santos, ‘In Memoriam’, 9/9/2015