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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

JORNALISMO E PSICOLOGIA

Quando o que se escreve pode melhorar a qualidade de vida do leitor
Tom Simões, Santos (SP), tomsimoes@hotmail.com


LEIO, leio muito! E tenho o hábito de sintetizar o conteúdo de cada obra lida; meus livros estão todos assinalados. Tive um professor de redação, Eron Brum, no curso de Jornalismo, que me disse, certa vez, ter eu talento para sintetizar. Só com o passar do tempo dei conta disso.
Atualmente, um dos meus propósitos fundamentais na vida é compartilhar o conhecimento capaz de levar o leitor à autorreflexão e possível mudança de comportamento. Sinto-me como não conseguindo acumular tanta informação capaz de melhorar a vida das pessoas, daí a necessidade do compartilhamento. As minhas leituras - focadas principalmente nas áreas da psicologia e filosofia, com base em pesquisas científicas -, dão conta que a orientação psicológica do ser humano é tudo o que o mundo precisa. Popularizar a ciência nesse sentido é, portanto, essencial à natureza humana.

Tenho me surpreendido algumas vezes com alguns jornalistas interessados em retornar à universidade para cursar psicologia. O que está acontecendo? Teriam também esses jornalistas o desejo de mudar a vida das pessoas? Quando é que a mídia proporciona essa oportunidade ao leitor e com que frequência? Raramente! Muito raramente! O espaço no jornal para educar é insignificante. Infelizmente, o que vende jornal são as manchetes sensacionalistas, que revoltam o leitor, mas não mudam o comportamento dele.
Eu comparo essa linha da comunicação educativa com a psicoterapia cognitivo-comportamental, por exemplo. Segundo a psicóloga Kelen de Bernardi Pizol, graduada e pós-graduada pela USP, www.psicoterapiacognitiva.com.br, a psicoterapia é um recurso para ajudá-lo a entender melhor você mesmo, as pessoas ao seu redor e os seus problemas, podendo auxiliá-lo a encontrar maneiras de enfrentar as dificuldades e melhorar sua condição de vida.
A psicóloga americana Jerilyn Ross pratica essa comunicação em sua obra ‘Vencendo o Medo’, como uma interessante e didática aula prática. Jerilyn, ex-fóbica, é uma das principais especialistas em distúrbios de ansiedade dos Estados Unidos. O idealismo e o compromisso profissional da autora permite-lhe educar um número grande de pessoas com distúrbios de ansiedade, pânico e fobias, além dos clientes em seu consultório.
De acordo com a pesquisadora, os pioneiros da psicoterapia-cognitivo-comportamental mostraram que conduzir seus pacientes pela mão através das situações que induzem os sentimentos mais ansiosos pode realmente mudar a química do cérebro de maneira curativa, poderosa e duradoura. “À medida que repetir isso mais e mais vezes, você começará a acreditar no fato de que a mudança irá acontecer”, explica.
Comprei o livro com a esperança de superar a constante ansiedade que tenho quando preciso falar em público. Confesso ter aprendido bastante e me fortalecido para enfrentar a próxima experiência em um auditório.
Segundo a autora, o medo de falar em público não é incomum. “Conheço várias pesquisas nacionais que pedem para as pessoas classificarem seus maiores medos, e falar em público está sempre em primeiro lugar. O medo de morrer fica geralmente em sexto ou sétimo lugar”, revela a psicóloga.
O professor Táki Athanássios Cordás, doutor pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, médico-psiquiatra, que faz a apresentação brasileira de ‘Vencendo o Medo’, acredita que a leitura dessa obra seja extremamente útil enquanto transmissão do conhecimento científico atualizado, permitindo ao paciente e familiares um melhor entendimento e participação ativa nos tratamentos necessários. Para ele, esse livro tem uma importante função, acreditando ser também a função social do profissional de saúde.
O que me levou a criar este blog foi, antes de mais nada, o meu desejo de educar os outros. Realmente não dá para segurar tamanha quantidade de informações úteis!


·         Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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