Quem se
atreve?
PENSANDO
num dia diferente? Com algo de novo a introduzir em sua rotina? Às vezes é
preciso coragem para experimentar algo incomum. Cumprimentar um desconhecido no
elevador, com um sorriso, por exemplo. Oferecer um lanche ao faxineiro do
prédio. Olhar para o céu e relaxar, esvaziando a mente por algum tempo. Lavar a
louça de casa, quando não se está acostumado a tal prática. Telefonar para o
amigo que não encontra há um longo tempo. Oferecer algo de coração a um morador
de rua. Desligar o chuveiro enquanto se ensaboa. Com o tempo, ao experimentar
essas ‘novidades’ voluntárias, desinteresseiras, é possível transformar
momentos de tristeza, que surgem inevitavelmente, sem explicação maior, em
felicidade. Porque prazer é fácil obter. A gente pode comprar ‘prazer’ a todo
instante. Mas felicidade, não! Pois há algo imprescindível para a conquista da
felicidade, algo que se pode chamar de ‘doação voluntária’: essa coisa de se
entregar a ações solidárias, solitárias, sem espera de retorno pessoal. Recentemente li algo sobre uma das ‘inteligências
múltiplas’, a capacidade de perceber estados ou
emoções nos outros para descobrir do que precisam para podermos ajudar, ensinar
ou simplesmente manter um bom relacionamento... diversão, amor, amizade etc. É muito bom então pensar em fazer o que alegra o seu
coração. Podemos observar a surpresa e a admiração no outro, que são
naturalmente despertadas em tais circunstâncias. Adam Smith (citado pelo psicólogo americano Paul Bloom em “O que nos faz
bons ou maus”) lembra que “Por mais egoísta que se creia ser o homem,
existem, evidentemente, alguns princípios em sua natureza que o fazem se
interessar pela bem-aventurança dos outros, e tornam a felicidade dos outros
necessária para ele, embora ele não obtenha nada com isso, exceto o prazer de
observá-la”. Desenvolva, pois, esse
exercício diário e avalie, com o tempo, se ainda persistem aqueles inevitáveis
momentos de tristeza! Caso não persistam, ótimo para você, a família e o mundo.
Caso persistam, é bom pensar em um terapeuta... ou um bom amigo! O que o leitor
tem a dizer sobre tudo isso?
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