quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MUDANÇA POSITIVA NO LUGAR DA MESMICE

Quem se atreve?

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, jornalista, Santos (SP), Brasil 



PENSANDO num dia diferente? Com algo de novo a introduzir em sua rotina? Às vezes é preciso coragem para experimentar algo incomum. Cumprimentar um desconhecido no elevador, com um sorriso, por exemplo. Oferecer um lanche ao faxineiro do prédio. Olhar para o céu e relaxar, esvaziando a mente por algum tempo. Lavar a louça de casa, quando não se está acostumado a tal prática. Telefonar para o amigo que não encontra há um longo tempo. Oferecer algo de coração a um morador de rua. Desligar o chuveiro enquanto se ensaboa. Com o tempo, ao experimentar essas ‘novidades’ voluntárias, desinteresseiras, é possível transformar momentos de tristeza, que surgem inevitavelmente, sem explicação maior, em felicidade. Porque prazer é fácil obter. A gente pode comprar ‘prazer’ a todo instante. Mas felicidade, não! Pois há algo imprescindível para a conquista da felicidade, algo que se pode chamar de ‘doação voluntária’: essa coisa de se entregar a ações solidárias, solitárias, sem espera de retorno pessoal. Recentemente li algo sobre uma das ‘inteligências múltiplas’, a capacidade de perceber estados ou emoções nos outros para descobrir do que precisam para podermos ajudar, ensinar ou simplesmente manter um bom relacionamento... diversão, amor, amizade etc. É muito bom então pensar em fazer o que alegra o seu coração. Podemos observar a surpresa e a admiração no outro, que são naturalmente despertadas em tais circunstâncias. Adam Smith (citado pelo psicólogo americano Paul Bloom em “O que nos faz bons ou maus”) lembra que “Por mais egoísta que se creia ser o homem, existem, evidentemente, alguns princípios em sua natureza que o fazem se interessar pela bem-aventurança dos outros, e tornam a felicidade dos outros necessária para ele, embora ele não obtenha nada com isso, exceto o prazer de observá-la”. Desenvolva, pois, esse exercício diário e avalie, com o tempo, se ainda persistem aqueles inevitáveis momentos de tristeza! Caso não persistam, ótimo para você, a família e o mundo. Caso persistam, é bom pensar em um terapeuta... ou um bom amigo! O que o leitor tem a dizer sobre tudo isso?




Revisão do texto: Roberto da Graça Lopes e Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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