“A vida
nos oferece informação, os mestres espirituais oferecem conhecimento com o fim
de transcender as limitações comuns”
FINALIZO
a leitura da obra “Além de Osho – As
chaves de seus best-sellers”, escrita por Jorge Blaschke, jornalista espanhol
premiado. Blaschke foi correspondente do jornal “El País’, diretor de programas de rádio e roteirista e produtor de
documentários de televisão. Estudou astronomia e paleontologia e codirigiu
campanhas de escavação e exploração na Argélia. Participou de pesquisas sobre
estados de consciência modificados, no Instituto de Psicologia Transpessoal de
Barcelona, e direcionou parte de seu interesse ao estudo comparado de religiões
tradicionais milenares. Já escreveu cerca de 50 obras.
Trata-se
de uma interpretação do pensamento de Osho e também, em menor escala, daquele de
alguns mestres espirituais do Oriente que compartilharam de seus ensinamentos. Os mestres espirituais dizem que a
verdadeira alegria está em explorar nossa natureza, compartilhar nosso mundo
interior e nossos conhecimentos com os demais. E é essa também a função do blog www.tomsimoes.com: a autorreflexão para nos tornarmos pessoas melhores. Porque, com base
na inspiração dos mestres da Sabedoria, despertar para o essencial da natureza
humana é o caminho para experimentar a felicidade verdadeira. Quem trilha esse
caminho sabe disso.
Os admiradores de Osho, 1931 – 1990, sabem que ele nunca
escreveu um livro. O renomado mestre indiano proferiu centenas de palestras,
respondendo a perguntas formuladas por discípulos e buscadores. Suas palestras
foram então transformadas em livros por vários autores. De acordo com o site: http://super.abril.com.br/religiao/osho-guru-novos-tempos-447682.shtml, Osho, formado em filosofia, passou a dar aulas e a
reunir nas universidades seus primeiros discípulos. A quantidade de pessoas que
o buscavam era tão grande que em 1962 ele abriu um centro de meditação e
começou a fazer inúmeras viagens para palestras ao redor da Índia. Em 1964,
suas palavras foram publicadas pela primeira vez em livro, sob o título “O Caminho Perfeito”. Foi a primeira das
muitas obras que fizeram o sucesso do movimento. Dois anos depois, Osho
abandonaria sua atividade acadêmica para se dedicar exclusivamente à vocação de
guru, passando a organizar acampamentos de meditação na zona rural do país.
De “Além de Osho”, selecionei algo que
considero importante em termos de simplificação e entendimento da filosofia
espiritualista. Algo bastante didático. Segundo a obra, a mensagem dos mestres
espirituais não é magia, não é um mistério que temos de decifrar, não há lugar
para o sobrenatural, não é um esoterismo profundo; é, simplesmente, psicologia
espiritual ou transpessoal. “É algo que todos podemos desenvolver. Lemos e
relemos textos espirituais como se estivéssemos repetindo a oração de um
rosário em voz alta. Fazemos provisão de dados sem tratar de aperfeiçoar a nós
mesmos. A experiência interna não pode ser transmitida por meio da repetição,
nós é que devemos realizar o esforço e buscar em nosso interior. No entanto,
preferimos elogiar as palavras dos mestres espirituais sem aplicá-las a nosso
ser profundo, que continua sendo um território escuro e inexplorado. A vida nos
oferece informação, os mestres espirituais oferecem conhecimento com o fim de
transcender as limitações comuns. Seu propósito é ajudar a buscar a verdade
dentro do ser e receber iluminação sobre a realidade. Sua função é guiar o
buscador por um caminho de disciplina até chegar ao ponto de ser capaz de se
sentar em contemplação absoluta sem contemplar nada. Trata-se de chegar ao
ápice de nosso ser superando as barreiras de nossa mente e adquirir a
consciência de ser.”
Lamentavelmente,
escreve Jorge Blaschke, corremos de um lado para outro buscando, vamos de um
mestre a outro, de uma escola a outra, esperando que, sem nenhum esforço,
encontremos a iluminação. Não encontramos, na mensagem dos mestres espirituais,
a verdade fora, mas sim dentro, em nós mesmos. Mas isso requer esforço. Em ‘Lonesome Valley’, lê-se: ‘Você tem de caminhar por este vale
solitário. Você tem de caminhar sozinho. Ninguém pode fazê-lo por você. Você
mesmo tem de caminhar’. E Louis Pauwels (jornalista e escritor francês)
destaca: ‘Trata-se de viver a experiência pura na vida corrente, em nosso
mundo, onde estivermos, no asfalto, no metrô, no trabalho, em casa. O templo
está em toda parte. Há escolas, mas não são mais do que estações de trânsito.
Há mestres, mas não são mais do que indicadores. De nossa habilidade depende
traçar o itinerário’.
Krishnamurti
diz que Deus existe se vivermos uma atitude positiva, e não existe se vivermos
uma atitude egoísta. Esse mestre hindu considera que Deus é uma forma de ver a
vida e de passar pelo mundo. Também considera que não fomos capazes de
descobrir se existia algo transcendental mais real que a existência cotidiana;
por não conseguir descobrir nada, começamos a adorar símbolos.
Com base na
enciclopédia Wikipédia, Jiddu
Krishnamurti, 1895 - 1986, foi um filósofo, escritor e educador indiano. Proferiu discursos que envolveram temas como revolução
psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, natureza da
mente, origem do pensamento e realização de mudanças positivas na sociedade
global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de
cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por
nenhuma entidade externa, seja religiosa, política ou social. Uma revolução que
só poderia ocorrer através do autoconhecimento; bem como da prática correta da
meditação para libertar o homem de toda e qualquer forma de autoridade
psicológica.
“O saber (das coisas materiais ou
espirituais) estagnado em si já não pode estimular o crescimento do ser.
Precisa ser passado a outrem para ser acrescido, ressignificado. Apenas no
processo de transferência há progresso para quem detém o conhecimento e o transmite
e para quem o recebe. Uma vez recebido, ou o ciclo de transferência recomeça ou
há nova estagnação”, inspira-me o amigo Roberto da Graça Lopes.
Portanto, leitor, não apenas
recomendo a leitura integral da obra como oferecê-la a um amigo interessado no
assunto. Por um mundo melhor!
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