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terça-feira, 15 de abril de 2014

TEMPLOS RELIGIOSOS: COMO NÓS SOMOS INFLUENCIADOS

Por que eu gosto tanto de visitar uma igreja vazia?


RELENDO “O Lado Oculto das Coisas”, de C.W. Leadbeater, verifiquei que ainda há muita, muita coisa para eu compartilhar com meus amigos. Sobre a questão de como nós somos influenciados na vida, Leadbeater relaciona a influência dos planetas, do sol, do ambiente natural, espíritos da natureza, centros de magnetismo, cerimônias, sons, opinião pública, acontecimentos ocasionais e seres invisíveis, mostrando a nossa atitude para com essas influências. O autor mostra também como influenciamos a nós mesmos por nossos hábitos, ambiente físico, condições mentais e divertimentos, bem como, de que forma influenciamos os outros pelo que somos, pensamos, fazemos, pelo pensamento coletivo, nossas relações com as crianças e com os reinos inferiores. Certamente abordarei algumas dessas influências em artigos futuros, iniciando nesta oportunidade com a influência dos templos religiosos.

Veja o que narra o estudioso: “Todos nós admitimos, até certo ponto, que um ambiente não-usual pode dar causa a efeitos especiais. Falamos de alguns edifícios ou paisagens que são tristes e depressivos; percebemos que existe algo de sombrio e repugnante em uma prisão; algo de devocional em uma igreja, e assim por diante. Muita gente não se dá ao trabalho de pensar por que tal acontece, ou, se por um momento prestam atenção ao assunto, logo deixam de se preocupar, considerando que é um exemplo de associação de idéias.” 


De acordo com Leadbeater, um estudo das forças sutis da natureza mostrará não somente que todo ser vivo irradia um complexo de influências definidas sobre o que o rodeia, senão também que isso é verdade, em menor escala e de modo mais simples, quanto às coisas inanimadas.

“Sabemos que a madeira, o ferro e a pedra emitem suas radiações próprias; mas o aspecto que agora devemos pôr em relevo é que todos são capazes de absorver influência humana e depois retransmiti-la. Qual é a origem daquele sentimento de devoção ou de temor reverencial, que tanto impregna algumas de nossas grandes catedrais? Deve-se não só a associações históricas, não só à recordação do fato de que durante séculos os homens ali se reuniram para o culto e suas orações, mas, sobretudo, àquele fato em si mesmo e às condições que produziu na substância da construção”, revela o autor.

No entender de Leadbeater, nos tempos medievais, a fé era maior, e menos acentuada a influência do mundo exterior. A verdade é que os homens rezavam ao construir nossas grandes catedrais, e colocavam cada pedra como se estivessem depositando uma oferenda no altar. Quando esse era o espírito da obra, cada uma das pedras se convertia em verdadeiro talismã, carregado com a reverência e a devoção do construtor, e capaz de irradiar idênticas ondas de sentimento sobre os outros, tanto quanto as que despertavam em si próprios. “As multidões que mais tarde vinham render o seu culto não somente sentiam tais radiações, mas, por sua vez, as revigoravam com a reação de seus sentimentos.”

Sobre isso, o grande estudioso revela também que uma igreja nova não produz, de início, nenhum desses efeitos, porque os trabalhadores hoje constroem uma igreja com a mesma ausência de entusiasmo com que constroem uma fábrica. Assim que o bispo a consagra, uma influência se estabelece como resultado da cerimônia. Após alguns anos de uso, as paredes estarão efetivamente impregnadas de radiações originadas da influência devocional dos fieis.

POR QUE ENTÃO eu gosto tanto de visitar uma igreja vazia? Há trinta anos descobri, lendo “O Lado Oculto das Coisas”. Após esta leitura, só mesmo experimentando a contagiante sensação de paz que emana de um espaço sagrado vazio, no silêncio, ainda que haja ali um ou outro fiel também inspirado.

Leadbeater, um dos meus guias espirituais, faz-me lembrar a crônica “A Arte de ser Mentor”, do físico Marcelo Gleiser, que li no último domingo (Folha de S.Paulo, 13/4/2014), onde citava: “Mentores são pessoas que doam duas coisas essenciais e que poucos têm: sabedoria e tempo. Hoje percebo a dimensão da generosidade de um mentor; ele não tem que fazer nada daquilo, faz porque deseja dividir com os outros sua paixão pelo conhecimento.”

Gleiser mostra então a importância de um mentor, como C.W. Leadbeater, em nossas vidas: obrigado Leadbeater!


Um comentário:

  1. "A PRESENÇA na igreja é importante, claro, porque se trata de uma casa impregnada de energia espiritual positiva; é um ambiente onde se encontram pessoas que vibram na mesma fé e partilham energias estimulantes e benfazejas, através de orações e cantos comuns, com isso gerando atitudes mentais benéficas, que, por sua vez, fortalecem o sistema imunológico e revigoram a saúde física, mental e emocional. Pesquisa do ‘National Institute of Healthcare Research”, dos EUA, descobriu que pessoas que rezam e frequentam a igreja vivem 29% mais do que um ateu." Lauro Trevisan, "Apresse o passo que o mundo está mudando"


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