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terça-feira, 29 de abril de 2014

CRÍTICA SOBRE LITERATURA DE AUTOAJUDA

Tom Simões, tomsimoes@hotmail.com, 29 de abril de 2014

 “TODA A TEORIA do mundo é inútil a não ser que saibamos como aplicá-la para mudar alguma coisa.” Louise L. Hay


PARTE I

Alberto conta que encontrou nos livros uma maneira de passar o tempo de forma útil

CERTAMENTE, uma parte significativa dos atuais leitores lê autoajuda. Não fosse esse gênero de literatura, quem sabe, o público fosse menor nas livrarias brasileiras, que nunca foram tão procuradas. Há de se considerar que vários novos leitores, que não tinham o hábito da leitura, despertaram a partir de livros de autoconhecimento; alguns inclusive passaram a se interessar por outros gêneros de literatura, transformando a leitura em hábito saudável. Assim como a atividade esportiva, é preciso prática para que a leitura se torne algo indispensável na vida de alguém.

Por que a literatura de autoajuda incomoda algumas pessoas? O indivíduo pode ficar sem fazer nada útil, azucrinando a vida de alguém, viciado em joguinhos eletrônicos, viciado em programas televisivos, ficar diariamente na mesa de bar com amigos ou interessado tão somente nas manchetes sensacionalistas do noticiário diário... E ele pode estar também habituado a ler livros de autoajuda. Ao imaginar uma mesa-redonda, nesse conjunto de interesses pessoais, quem, grosso modo, teria algo mais saudável e produtivo a dizer? Imaginando o espírito irônico de algumas pessoas, é claro que o leitor de autoajuda precisa ter argumentos lógicos, atrativos e convincentes para a discussão, evitando essa coisa do “Olhe-se no espelho e diga: sou próspero, eternamente jovem, adoro ter um corpo esbelto, recebo amor onde quer que vá...”, não querendo depreciar alguns autores, já que o interesse dos leitores é bastante variado. O que importa na verdade é se a leitura é agradável e se o leitor, de alguma forma, é capaz de beneficiar ele próprio e outras pessoas.

Há realmente obras bem primárias, que chegam até mesmo a irritar um leitor, com receitas de ser feliz. É importante que o livro seja bem manuseado antes da compra. São justamente essas obras com receitas um tanto narcisistas e irreais que favorecem a depreciação generalizada da literatura de autoajuda.

“O objetivo de entender a preciosidade da nossa vida humana é nos encorajar a extrair o verdadeiro significado da nossa vida, e não desperdiçá-la em atividades sem sentido. Muitas pessoas acreditam que o desenvolvimento material é o verdadeiro sentido da vida humana, mas podemos constatar que, por maior que o seja, o desenvolvimento material deste mundo nunca reduz o sofrimento e os problemas humanos; portanto, o desenvolvimento material não é o verdadeiro sentido da vida humana”, revela Geshe Kelsang Gyatso em sua obra “Budismo Moderno, O Caminho de Compaixão e Sabedoria”. Nascido no Tibete, Geshe Kelsang é um mestre de meditação plenamente realizado e um professor de budismo mundialmente conhecido. Ele vive no Ocidente desde 1977 e escreveu 21 livros.

Vamos lidar com os fatos de maneira leve e teremos flexibilidade mental para enfrentar qualquer situação de maneira construtiva, ensina o monge.


Conhecimento e arrogância


Escrever mal é difícil, declarou um dos maiores escritores contemporâneos, conta Fabio Victor no artigo “Fazer má literatura é difícil, diz escritor Leonardo Padura”, publicado na Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, de 17/4/2014. Durante debate (no dia 15 de abril de 2014) no SESC Consolação, em São Paulo, para divulgar seu romance “O Homem que Amava os Cachorros”, o cubano Leonardo Padura, colunista da Folha, caçoou de autores best-sellers.

“Escrever livros como os de Paulo Coelho e Dan Brown não é fácil, não há muitos ‘Dan Browns’ que possam escrever um romance tão horrível como ‘O Código da Vinci’, que vende milhões de exemplares. Há que se saber fazer má literatura para poder escrever um livro desses”, provocando risos na plateia. Segundo Fabio Victor, ao responder sobre sua atividade como jornalista, menos conhecida que a de escritor, Leonardo Padura comparou o jornalismo atual a redes de ‘fast-food’. “Está se convertendo num ofício em que tudo sai igual e todos têm o mesmo aspecto.”

Para mim, é oportuna a declaração de Leonardo Padura. Vou pegar esse gancho. Como andará o lado da humildade e da generosidade desse escritor? O seu grande conhecimento tem contribuído nesse sentido? Porque vaidade e arrogância não valem para nada. Qual a sua relação com um mendigo, uma árvore, a necessária superação com os imprevistos no trânsito, a morte, a traição, o egocentrismo, a teimosia, a crítica não construtiva, o esforço permanente para superar limitações? A sua obra contribui com algo nesse sentido?

“Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei... E, se escrevo, é na esperança de ser devorado pelos meus leitores”, escreve Rubem Alves. Porque, como alguém citou, há um desejo de se reinventar permanentemente. Não adianta só acumular conhecimento.

Segundo a enciclopédia Wikipédia, “Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É comum conotar a pessoa que apresenta este sentimento como alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba ou se sentir ao mesmo nível do seu próximo. São sinônimos: orgulho excessivo, soberba, altivez, excesso de vaidade pelo próprio saber ou sucesso”.

No artigo “Não existe leitor passivo” (Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, 15/4/2014), David Molina e Sidney Molina entrevistam Harold Bloom, 83. Com saúde frágil, Harold Bloom, crítico literário mais famoso da atualidade, segue lecionando na Universidade de Yale (EUA). Seus cursos sobre Shakespeare e literatura norte-americana só aceitam 12 alunos cada um, já que, sobretudo no inverno, as aulas às vezes são transferidas para sua casa. Os jornalistas perguntam a Bloom: “O que é amor literário?”, ao que ele responde: “Você está apaixonado? Mesma coisa. Incluindo inevitáveis ambivalências, dificuldades, incompreensões. [...] Se respondesse a todas as provocações, não seria mais capaz de ler, escrever ou ensinar. A notoriedade tem o seu aspecto positivo, mas você perde tanto quanto obtém dela. Hoje não respondo mais”.

O mundo tem todo o conhecimento básico do qual necessita, é claro que o conhecimento evolui. Mas o mundo precisa humanizar-se para se harmonizar como um todo, eis o grande desafio da Humanidade para os próximos decênios.

Na obra “Transforme sua Vida”, menciona o monge Geshe Kelsang Gyatso: “Todos os problemas da sociedade humana - como guerras, crimes, poluição, drogas, pobreza, injustiça e desarmonia familiar - resultam do autoapreço. Por pensar que só os humanos importam e que a natureza existe para nos servir, exterminamos milhares de espécies animais e poluímos o nosso planeta a tal ponto, que existe o risco de ele, em breve, se tornar inadequado à própria vida humana. Se todos viessem a apreciar os outros, em poucos anos, muitos dos principais problemas do mundo seriam solucionados”.


Autorreflexão


Alguém pode ser especialista em alguma das diferentes áreas do conhecimento, como literatura, ciências políticas, história contemporânea, psicologia, cinema e teatro, e nem por isso deixar de manter uma relação humana com quem não é especialista. Para várias pessoas, a literatura de autoajuda pode contribuir para uma vida melhor. Que mal há nisso? Eu não entendo o porquê da arrogância de alguns “intelectuais” em se incomodar tanto com esse gênero da literatura. Há leitores com os mais variados interesses: romance, novela, coletânea de contos, memórias, biografias, ensaios literários, política, economia, criminologia..., e leitores que se identificam com a literatura de autoajuda. Há leitores interessados tão somente na informação atual; outros, no conhecimento geral ou em uma área específica; e ainda aqueles cujo interesse é por textos filosóficos, com maior ou menor profundidade, destinados à autorreflexão e mudança positiva de comportamento.

Imagine, por exemplo, um expressivo nome da literatura tendo uma difícil relação com a esposa. Ao encontrar apoio em livros de autoajuda, a esposa se transforma significativamente. O que pode acontecer com um filho viciado em drogas, com uma mãe depressiva... Como alguém que combate o autoconhecimento pode reagir neste sentido? Eu conheço uma pessoa com uma cultura incomum, que tem uma personalidade um tanto complexa. Para essa pessoa, talvez a leitura de algumas boas obras do gênero do autoconhecimento pudesse transformá-la positivamente. Mas tenho certeza de que, se falar sobre isso, ela responderá ironicamente. É claro, uma pessoa muito culta não pode admitir tal coisa, ainda que seja em seu próprio benefício. Eu desconfio até que tem gente culta lendo, secretamente, literatura de autoajuda. “Imagina se os meus colegas ficam sabendo, que vexame!” Há algo que diz: “Porque há um desejo de se reinventar permanentemente. Não adianta só acumular conhecimento”.

Eu costumo fazer uma espécie de comparação entre literatura de autoajuda e terapia. É claro que a qualidade dos livros de autoconhecimento varia bastante, de autor a autor. Na linha do espírito crítico, o “intelectual” vaidoso desconhece que, de autoajuda, incluem-se artigos de autoria de físicos e outros cientistas de universidades internacionalmente conceituadas, médicos, neurocientistas, filósofos, educadores, psicólogos e psicanalistas e diversos profissionais de qualidade indiscutível.

A literatura de autoconhecimento tem também como característica a reprodução de ideias de outros, interpretada por alguns críticos como ‘ausência de originalidade’. Conversando sobre isso com o amigo Roberto da Graça Lopes, ele comentou: “Por vezes penso em com que comparar a denominada `literatura de autoajuda´ e imagino que ela se pareça com uma árvore cheia de sementes, individualizadas e a rigor diferentes entre si, mas que carregam a mesma informação genética, ou seja, são idênticas em essência. Os livros de autoajuda são muito parecidos entre si, variações em torno de poucos núcleos, assim como as diferenças entre as novas plantas são variações em torno de um mesmo genoma. Dispersos no ambiente, tanto sementes como livros de autoajuda, dependem do terreno em que serão semeados para que frutifiquem. Neste particular, é bom para a árvore produzir muitas sementes e as espalhar, assim como é bom para a literatura de autoajuda produzir muitos livros e disponibilizá-los amplamente. Nunca se sabe quando se produzirá a combinação perfeita terra-semente, pessoa-livro. Pequenas variações podem ser relevantes.”

Ainda que algumas citações sejam reproduzidas, eu as comparo a uma sala de aula: ‘professores’ abordando o autoconhecimento. Algo que, inclusive, consideraria importante aplicar como uma disciplina no ensino de Segundo Grau, por exemplo.


Novos tempos


“Enquanto o mercado editorial cresceu 35% na última década, o filão de autoajuda acumulou impressionantes 700% de aumento. O arrebatamento de leitores pelo mundo foi acompanhado por um proporcional aumento das críticas. Nenhum outro gênero literário sofre tantos bombardeios: os livros são chamados de pobres, superficiais e até de alienadores. Mas o que a demanda por eles diz sobre a sociedade em que vivemos? E é possível tirar algum proveito da ajuda oferecida por eles?”, indagam Alexandre Petillo e Allyson de Sousa em seu artigo “Ajude-se”, publicado na Revista Superinteressante, Editora Abril, agosto 2005, http://super.abril.com.br/cotidiano/ajude-se-445837.shtml

“O gênero literário que mais cresce no mundo causa polêmica entre especialistas. Afinal, a autoajuda pode mesmo ajudar você?”, perguntam os dois jornalistas. Segundo eles, ao contrário dos títulos de Paulo Coelho, livros de autoajuda não são romances, mas ensaios: textos analíticos sobre um assunto específico; dirigem-se diretamente ao leitor, tratando-o de forma pessoal. Falam com ‘você’. “Não é à toa que, em inglês, receberam a denominação ‘livros de aconselhamento’. O objetivo deles é servir, ainda que temporariamente, como um amigo ou professor que sempre tem uma palavra de apoio na ponta da língua. Aliás, e apesar de não haver estudos específicos sobre reações cerebrais e livros de autoajuda, alguns psicanalistas acreditam que as mensagens contidas neles atuam no cérebro da mesma forma que uma conversa com pessoas em que confiamos: estimulam o lado direito do cérebro, responsável pelas emoções, e ativam a área responsável pelo prazer”, escrevem Alexandre e Allyson.

Além disso, os autores revelam que a falta de rumo decorrente das mudanças comportamentais no século 20 acabaram por deixar as pessoas cada vez mais carentes de um manual (ou um guru) que lhes explique o que fazer e como. “Hoje, esses livros ocupam um lugar que, antigamente, as religiões ocupavam”, diz a psicanalista Giselle Groeninga, diretora do Instituto de Direito da Família, citada por eles.

Eu concordo quando Alexandre e Allyson comentam que, alguém que tenha encontrado num livro de autoajuda o conforto necessário para um momento de dor, ou que tenha aprendido dicas para se aprimorar profissionalmente, por exemplo, terá uma razão bem mais simples para o sucesso do filão. “Dirá que a literatura de autoajuda vende porque funciona. A verdade é que, muitas vezes, livros de autoajuda acabam sendo julgados com a lente da descrença que não faz distinção entre obras boas e ruins”. Assim como em qualquer setor, há livros de melhor qualidade e aqueles de qualidade duvidosa, diz Bernardo Gurbanov, da Câmara Brasileira do Livro. Para conseguir tirar melhor proveito desses livros é importante prestar atenção em alguns detalhes na hora de escolher um na prateleira”, registram os autores.



·         Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

9 comentários:

  1. “Ensino superior e sociedade”, Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 6/5/2014

    “O MUNDO poderia ser melhor e mais tranqüilo, e a vida mais compreensível, se as universidades, em vez de olharem para o mercado de trabalho para identificar suas demandas, olhassem para a sociedade para identificar o que ela mais precisa. Creio que, assim, o mundo poderia avançar. Hoje, a formação acadêmica segue a seguinte lógica: as faculdades oferecem cursos tradicionais, nossos velhos conhecidos, que pouco têm mudado para permitir que os novos profissionais entendam melhor o mundo atual e possam nele intervir de modo inovador. Quando cursos são criados, isso acontece em função exclusivamente da economia, ou seja, da abertura de novas chances no mercado e das possibilidades de profissões rentáveis em nosso contexto. A economia tem funcionado como um eixo importante para as faculdades e também para os jovens que as procuram. Melhor dizendo, para o mundo. Mas, e nossa vida em sociedade, tão plena de agruras, dissabores e incompreensões, não mereceria o mesmo olhar atencioso? Afinal, sem uma vida boa e digna em sociedade, de pouco adianta a economia ir muito bem. Já temos sentido isso na pele. [...] Que venham, portanto, as universidades com novos cursos!”


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  2. “[...] ENFIM, no fundo, a política pouco me interessa. Trato-a assim como quem deve cuidar de uma ferida – do contrário ela se infectará. [...] Aliás, por falar em metafísica, a pior é a política. Ma da política trato apenas por obrigação profissional, porque, como diz Albert Camus nos seus ‘Cadernos’ (o primeiro tem como título ‘Esperança do Mundo’), ouvindo aqueles que se dedicam à política, podemos apenas concluir que as pessoas se importam pouco com esta parte de suas vidas, uma vez que todos na política mentem. [...] Por isso, sinto um halo de graça quando vejo a esperança visitar o mundo. Afora as ilusões, só a generosidade é capaz de acolher a esperança. [...] sabendo, como nós todos, que nós filósofos sofremos da vaidade intelectual como pecado capital. Camus diz que ‘a obsessão em ter razão é a marca suprema de uma inteligência grosseira’. Portanto, talvez, a humildade, virtude capital para Camus, seja a esperança para a filosofia. Ou, como diz Santo Agostinho, o que falta ao filósofo é chorar.”

    * Luiz Felipe Pondé, filósofo, “Esperança do Mundo” (síntese), Folha de S.Paulo, caderno Ilustrada, 12/5/2014

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  3. CHEGA DE INFORMAÇÃO!

    “OS CIENTISTAS dizem que um único sistema de memória, uma única mente humana, pode conter todas as bibliotecas do mundo. Essa capacidade existe. Mas, ainda que uma pessoa contenha todas as bibliotecas do mundo, ela não será um Buda. Continuará sendo a mesma pessoa tola, o mesmo burro carregado de todas as escrituras. Isso não transforma o ser. Se você quer transformar seu ser, precisa ir além da palavra, além de todas as teorias, ideologias, doutrinas, escrituras. Chega de informação! Ponha um ponto final nisso, porque tanta informação só faz do homem um papagaio. E chamamos esses papagaios de gênios... Mas isso não torna uma pessoa satisfeita, feliz, amável, sábia. Dê um fim a toda essa informação, o que significa dar um fim à mente.
    Dar um fim à mente é o início da meditação. E, quando a meditação se inicia, os milagres começam a acontecer, então a vida começa a avançar de maneira espetacular... É inacreditável! Você se torna ciente de muitos mistérios que existem a sua volta, que estão por aí em abundância. Mas nos fechamos por causa de nosso conhecimento.”

    *** Osho, filósofo indiano, “Meditações para a Noite”. Osho é conhecido por sua revolucionária contribuição à ciência da transformação interior, com uma abordagem de meditação que leva em consideração o ritmo acelerado da vida contemporânea.

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    1. Já faz alguns anos que venho desconfiando disso.Tanto conhecimento que conduz à arrogância,ao invés da busca pela sabedoria,que conduz à paz. E a paz já é meio caminho andado para ser ou estar feliz,já que qualquer estado é impermanente (puxando um gancho de Buda). Vamos descansar a mente para sermos mais inteligentes,e assim alcançarmos a plenitude da vida,que nada mais é do que o "caminho do meio" (Olha o Buda aí de novo,gente!)

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  4. Podemos viver bem com a tecnologia?

    “Nosso mundo está cada vez mais digital. Hoje, mais da metade da população adulta do planeta passa mais tempo no trabalho ‘conectado’ do que ‘desconectado’, seja pela internet, pelo celular ou por qualquer outra mídia. Enviar e-mail, mensagem, twittar ou escrever em um blog já faz parte da nossa vida profissional, dos nossos relacionamentos e até mesmo da nossa vida familiar. Mas que efeito tem essa necessidade por conexão constante? Tom Chatfield, em sua obra “Como viver na era digital’, examina o que nossa vida ‘conectada’ está realmente fazendo com nossas mentes, para o bem ou para o mal. Apresentando pesquisas inovadoras e práticas, ele nos ensina como prosperar em um século digital sem perder nossa humanidade. ‘Numa época complexa e confusa, o livro de autoajuda implora para ser repensado e readaptado. ‘The School of LIfe’ anuncia seu renascimento com uma série que examina grandes questões da vida, incluindo dinheiro, sanidade, trabalho, tecnologia e o desejo de mudar o mundo para melhor. ‘The School of Life’ oferece maneiras radicais para nos ajudar a explorar a riqueza do conhecimento humano”.

    * Alain de Botton, no prefácio da obra “Como viver na era digital”, escrita por Tom Chatfield

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  5. Adorei seu blog, parabéns pelo o conteúdo!!

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  6. “[...] numa conversa com um amigo editor, em Nova York, nos perguntávamos a razão do sucesso dos romances de autoajuda. Voltei para casa e pensei: ‘Será que toda ficção não é de autoajuda?’. Creio que sim, porque consumimos literatura hoje com essa ideia de que é algo que nos faz bem, como se fosse um alimento natural ou um novo remédio.”

    Mohsin Hamid lança no Brasil seu terceiro romance, ‘Como ficar podre de rico na Ásia emergente’, uma sátira dos romances de autoajuda narrada em segunda pessoa. No romance, o protagonista é um rapaz que se muda do campo para a cidade grande, querendo enriquecer. Depois de uma série de tentativas frustradas, encontra a fórmula ao vender água de torneira como se fosse mineral.
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    Mohsin Hamid, 42, paquistanês, participa da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Após anos nos EUA, onde estudou literatura em Princeton e direito em Harvard, Hamid voltou a Lahore, cidade natal do Paquistão com 10 milhões de habitantes.

    * fonte: “Quase brasileiro”, Sylvia Colombo, Folha de S.Paulo, Ilustrada, 26/7/2014

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  7. O que é certo e o que é errado? Como saber os conceitos, sem conhecer as culturas? Qual a avaliação ideal para que a opinião contrária tenha seu valor de destaque? Como classificar o valor nutricional do alimento que faz bem para uma pessoa e é um veneno para o melhor amigo, ou próprio irmão? As pessoas não são todas iguais, possuem características físicas que marcam diferenças umas das outras. Estou me referindo a peso, altura, cor de pele, tipo de cabelos, e outras . Neste contexto, respectivamente, cada organismo humano, tem necessidades básicas e diferentes para se manter em harmonia. Por exemplo, se uma pessoa esta precisando de vitaminas para regular o funcionamento digestivo e casualmente a mesma se entope de cálcio - A pergunta que faço: -Está super dosagem de cálcio, fará bem ao déficit de vitaminas? Obviamente que o resultado será desastroso ao corpo. Teremos um problema à mais no organismo debilitado - concordam? Considerando que, tudo em excesso faz mal para a saúde, devemos buscar o equilíbrio geral para o bom funcionamento do organismo. Assim, como criticar a leitura que alimenta uma mente carente de informação? Não estaríamos desta forma, condenando o conhecimento e o surgimento de uma linha de raciocínio, fundamental para desenvolvimento inicial da sabedoria? Quando o assunto é leitura, tudo é válido quando agregamos uma informação construtiva aos nossos sentidos e sentimentos. Quando é foco é nova informação, toda leitura é bem vinda...De novo entra em questão os conceitos: O que é melhor ou pior para cada leitor? Tudo depende das necessidades momentâneas, preferencias e por quê não explicitar o estilo de vida?. Tudo é relativo e, depende da opinião de cada um. O entendimento geral é que, varias informações diferentes, agregadas levam ao crescimento intelectual individual. Quero lembrar que, a unica coisa que não perdemos na vida - são os estudos adquiridos durante o viver e, na morte não deixamos de herança para ninguém...Sabedoria é um bem conquistável e intransferível. Estudos mostram que inteligência é característica genética, mas para uma pessoa se tornar culta e "diferente" é preciso muita leitura. Repare que, eu disse "diferente" e isso não significa ser melhor do que ninguém - que fique claro e evidenciado entre aspas. Na minha opinião, ser catedrático em diferenças depende do tamanho dos próprios interesses e das pesquisas provocadas para produzir suas próprias respostas. Concluindo, ser sábio é saber admitir e reconhecer o quanto precisamos aprender... Eu me orgulho em dizer que sou uma eterna aprendiz. E, que atire a primeira pedra quem nunca e jamais leu um livro de auto ajuda...Márcia Groeninga

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