“TODA A TEORIA do mundo é inútil a não ser que saibamos como aplicá-la
para mudar alguma coisa.” Louise L. Hay
PARTE I
CERTAMENTE, uma parte significativa dos atuais leitores lê
autoajuda. Não fosse esse gênero de literatura, quem sabe, o público fosse menor
nas livrarias brasileiras, que nunca foram tão procuradas. Há de se considerar
que vários novos leitores, que não tinham o hábito da leitura, despertaram a
partir de livros de autoconhecimento; alguns inclusive passaram a se interessar
por outros gêneros de literatura, transformando a leitura em hábito saudável.
Assim como a atividade esportiva, é preciso prática para que a leitura se torne
algo indispensável na vida de alguém.
Por que
a literatura de autoajuda incomoda algumas pessoas? O indivíduo pode ficar sem
fazer nada útil, azucrinando a vida de alguém, viciado em joguinhos
eletrônicos, viciado em programas televisivos, ficar diariamente na mesa de bar
com amigos ou interessado tão somente nas manchetes sensacionalistas do
noticiário diário... E ele pode estar também habituado a ler livros de
autoajuda. Ao imaginar uma mesa-redonda, nesse conjunto de interesses pessoais,
quem, grosso modo, teria algo mais saudável e produtivo a dizer? Imaginando o
espírito irônico de algumas pessoas, é claro que o leitor de autoajuda precisa
ter argumentos lógicos, atrativos e convincentes para a discussão, evitando
essa coisa do “Olhe-se no espelho e diga:
sou próspero, eternamente jovem, adoro ter um corpo esbelto, recebo amor onde
quer que vá...”, não querendo depreciar alguns autores, já que o interesse
dos leitores é bastante variado. O que importa na verdade é se a leitura é
agradável e se o leitor, de alguma forma, é capaz de beneficiar ele próprio e
outras pessoas.
Há
realmente obras bem primárias, que chegam até mesmo a irritar um leitor, com
receitas de ser feliz. É importante que o livro seja bem manuseado antes da
compra. São justamente essas obras com receitas um tanto narcisistas e irreais
que favorecem a depreciação generalizada da literatura de autoajuda.
“O objetivo de entender a preciosidade da
nossa vida humana é nos encorajar a extrair o verdadeiro significado da nossa
vida, e não desperdiçá-la em atividades sem sentido. Muitas pessoas acreditam
que o desenvolvimento material é o verdadeiro sentido da vida humana, mas
podemos constatar que, por maior que o seja, o desenvolvimento material deste
mundo nunca reduz o sofrimento e os problemas humanos; portanto, o
desenvolvimento material não é o verdadeiro sentido da vida humana”, revela
Geshe Kelsang Gyatso em sua obra “Budismo
Moderno, O Caminho de Compaixão e Sabedoria”. Nascido no Tibete, Geshe
Kelsang é um mestre de meditação plenamente realizado e um professor de budismo
mundialmente conhecido. Ele vive no Ocidente desde 1977 e escreveu 21 livros.
Vamos
lidar com os fatos de maneira leve e teremos flexibilidade mental para
enfrentar qualquer situação de maneira construtiva, ensina o monge.
Conhecimento e arrogância
Escrever
mal é difícil, declarou um dos maiores escritores contemporâneos, conta Fabio
Victor no artigo “Fazer má literatura é
difícil, diz escritor Leonardo Padura”, publicado na Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada, de 17/4/2014. Durante debate
(no dia 15 de abril de 2014) no SESC Consolação, em São Paulo, para divulgar
seu romance “O Homem que Amava os
Cachorros”, o cubano Leonardo Padura, colunista da Folha, caçoou de autores best-sellers.
“Escrever
livros como os de Paulo Coelho e Dan Brown não é fácil, não há muitos ‘Dan
Browns’ que possam escrever um romance tão horrível como ‘O Código da Vinci’, que vende milhões de exemplares. Há que se
saber fazer má literatura para poder escrever um livro desses”, provocando
risos na plateia. Segundo Fabio Victor, ao responder sobre sua atividade como
jornalista, menos conhecida que a de escritor, Leonardo Padura comparou o
jornalismo atual a redes de ‘fast-food’.
“Está se convertendo num ofício em que tudo sai igual e todos têm o mesmo
aspecto.”
Para
mim, é oportuna a declaração de Leonardo Padura. Vou pegar esse gancho. Como
andará o lado da humildade e da generosidade desse escritor? O seu grande
conhecimento tem contribuído nesse sentido? Porque vaidade e arrogância não
valem para nada. Qual a sua relação com um mendigo, uma árvore, a necessária
superação com os imprevistos no trânsito, a morte, a traição, o egocentrismo, a
teimosia, a crítica não construtiva, o esforço permanente para superar
limitações? A sua obra contribui com algo nesse sentido?
“Eu
mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei... E, se escrevo, é na
esperança de ser devorado pelos meus leitores”, escreve Rubem Alves. Porque,
como alguém citou, há um desejo de se reinventar permanentemente. Não adianta
só acumular conhecimento.
Segundo
a enciclopédia Wikipédia, “Arrogância
é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É comum conotar a pessoa
que apresenta este sentimento como alguém que não deseja ouvir os outros,
aprender algo de que não saiba ou se sentir ao mesmo nível do seu próximo. São
sinônimos: orgulho excessivo, soberba, altivez, excesso de vaidade pelo próprio
saber ou sucesso”.
No
artigo “Não existe leitor passivo” (Folha de S. Paulo, caderno Ilustrada,
15/4/2014), David Molina e Sidney Molina entrevistam Harold Bloom, 83. Com
saúde frágil, Harold Bloom, crítico literário mais famoso da atualidade, segue
lecionando na Universidade de Yale (EUA). Seus cursos sobre Shakespeare e
literatura norte-americana só aceitam 12 alunos cada um, já que, sobretudo no
inverno, as aulas às vezes são transferidas para sua casa. Os jornalistas perguntam
a Bloom: “O que é amor literário?”, ao
que ele responde: “Você está apaixonado? Mesma coisa. Incluindo inevitáveis
ambivalências, dificuldades, incompreensões. [...] Se respondesse a todas as
provocações, não seria mais capaz de ler, escrever ou ensinar. A notoriedade
tem o seu aspecto positivo, mas você perde tanto quanto obtém dela. Hoje não
respondo mais”.
O mundo
tem todo o conhecimento básico do qual necessita, é claro que o conhecimento
evolui. Mas o mundo precisa humanizar-se para se harmonizar como um todo, eis o
grande desafio da Humanidade para os próximos decênios.
Na obra
“Transforme sua Vida”, menciona o
monge Geshe Kelsang Gyatso: “Todos os problemas da sociedade humana - como
guerras, crimes, poluição, drogas, pobreza, injustiça e desarmonia familiar - resultam
do autoapreço. Por pensar que só os humanos importam e que a natureza existe
para nos servir, exterminamos milhares de espécies animais e poluímos o nosso
planeta a tal ponto, que existe o risco de ele, em breve, se tornar inadequado
à própria vida humana. Se todos viessem a apreciar os outros, em poucos anos,
muitos dos principais problemas do mundo seriam solucionados”.
Autorreflexão
Alguém
pode ser especialista em alguma das diferentes áreas do conhecimento, como
literatura, ciências políticas, história contemporânea, psicologia, cinema e
teatro, e nem por isso deixar de manter uma relação humana com quem não é
especialista. Para várias pessoas, a literatura de autoajuda pode contribuir
para uma vida melhor. Que mal há nisso? Eu não entendo o porquê da arrogância
de alguns “intelectuais” em se incomodar tanto com esse gênero da literatura.
Há leitores com os mais variados interesses: romance, novela, coletânea de
contos, memórias, biografias, ensaios literários, política, economia,
criminologia..., e leitores que se identificam com a literatura de autoajuda.
Há leitores interessados tão somente na informação atual; outros, no conhecimento
geral ou em uma área específica; e ainda aqueles cujo interesse é por textos
filosóficos, com maior ou menor profundidade, destinados à autorreflexão e
mudança positiva de comportamento.
Imagine,
por exemplo, um expressivo nome da literatura tendo uma difícil relação com a
esposa. Ao encontrar apoio em livros de autoajuda, a esposa se transforma
significativamente. O que pode acontecer com um filho viciado em drogas, com
uma mãe depressiva... Como alguém que combate o autoconhecimento pode reagir
neste sentido? Eu conheço uma pessoa com uma cultura incomum, que tem uma
personalidade um tanto complexa. Para essa pessoa, talvez a leitura de algumas
boas obras do gênero do autoconhecimento pudesse transformá-la positivamente.
Mas tenho certeza de que, se falar sobre isso, ela responderá ironicamente. É
claro, uma pessoa muito culta não pode admitir tal coisa, ainda que seja em seu
próprio benefício. Eu desconfio até que tem gente culta lendo, secretamente,
literatura de autoajuda. “Imagina se os meus colegas ficam sabendo, que
vexame!” Há algo que diz: “Porque há um desejo de se reinventar
permanentemente. Não adianta só acumular conhecimento”.
Eu costumo
fazer uma espécie de comparação entre literatura de autoajuda e terapia. É
claro que a qualidade dos livros de autoconhecimento varia bastante, de autor a
autor. Na linha do espírito crítico, o “intelectual” vaidoso desconhece que, de
autoajuda, incluem-se artigos de autoria de físicos e outros cientistas de
universidades internacionalmente conceituadas, médicos, neurocientistas,
filósofos, educadores, psicólogos e psicanalistas e diversos profissionais de
qualidade indiscutível.
A
literatura de autoconhecimento tem também como característica a reprodução de
ideias de outros, interpretada por alguns críticos como ‘ausência de
originalidade’. Conversando sobre isso com o amigo Roberto da Graça Lopes, ele
comentou: “Por vezes penso em com que comparar a denominada `literatura de
autoajuda´ e imagino que ela se pareça com uma árvore cheia de sementes,
individualizadas e a rigor diferentes entre si, mas que carregam a mesma
informação genética, ou seja, são idênticas em essência. Os livros de autoajuda
são muito parecidos entre si, variações em torno de poucos núcleos, assim como
as diferenças entre as novas plantas são variações em torno de um mesmo genoma.
Dispersos no ambiente, tanto sementes como livros de autoajuda, dependem do
terreno em que serão semeados para que frutifiquem. Neste particular, é bom
para a árvore produzir muitas sementes e as espalhar, assim como é bom para a
literatura de autoajuda produzir muitos livros e disponibilizá-los amplamente.
Nunca se sabe quando se produzirá a combinação perfeita terra-semente,
pessoa-livro. Pequenas variações podem ser relevantes.”
Ainda
que algumas citações sejam reproduzidas, eu as comparo a uma sala de aula:
‘professores’ abordando o autoconhecimento. Algo que, inclusive, consideraria
importante aplicar como uma disciplina no ensino de Segundo Grau, por exemplo.
Novos tempos
“Enquanto
o mercado editorial cresceu 35% na última década, o filão de autoajuda acumulou
impressionantes 700% de aumento. O arrebatamento de leitores pelo mundo foi
acompanhado por um proporcional aumento das críticas. Nenhum outro gênero
literário sofre tantos bombardeios: os livros são chamados de pobres,
superficiais e até de alienadores. Mas o que a demanda por eles diz sobre a
sociedade em que vivemos? E é possível tirar algum proveito da ajuda oferecida
por eles?”, indagam Alexandre Petillo e Allyson de Sousa em seu artigo “Ajude-se”, publicado na Revista Superinteressante, Editora
Abril, agosto 2005, http://super.abril.com.br/cotidiano/ajude-se-445837.shtml
“O
gênero literário que mais cresce no mundo causa polêmica entre especialistas.
Afinal, a autoajuda pode mesmo ajudar você?”, perguntam os dois jornalistas.
Segundo eles, ao contrário dos títulos de Paulo Coelho, livros de autoajuda não
são romances, mas ensaios: textos analíticos sobre um assunto específico;
dirigem-se diretamente ao leitor, tratando-o de forma pessoal. Falam com
‘você’. “Não é à toa que, em inglês, receberam a denominação ‘livros de
aconselhamento’. O objetivo deles é servir, ainda que temporariamente, como um
amigo ou professor que sempre tem uma palavra de apoio na ponta da língua.
Aliás, e apesar de não haver estudos específicos sobre reações cerebrais e
livros de autoajuda, alguns psicanalistas acreditam que as mensagens contidas
neles atuam no cérebro da mesma forma que uma conversa com pessoas em que
confiamos: estimulam o lado direito do cérebro, responsável pelas emoções, e
ativam a área responsável pelo prazer”, escrevem Alexandre e Allyson.
Além
disso, os autores revelam que a falta de rumo decorrente das mudanças
comportamentais no século 20 acabaram por deixar as pessoas cada vez mais
carentes de um manual (ou um guru) que lhes explique o que fazer e como. “Hoje,
esses livros ocupam um lugar que, antigamente, as religiões ocupavam”, diz a
psicanalista Giselle Groeninga, diretora do Instituto de Direito da Família, citada
por eles.
Eu
concordo quando Alexandre e Allyson comentam que, alguém que tenha encontrado
num livro de autoajuda o conforto necessário para um momento de dor, ou que
tenha aprendido dicas para se aprimorar profissionalmente, por exemplo, terá uma
razão bem mais simples para o sucesso do filão. “Dirá que a literatura de
autoajuda vende porque funciona. A verdade é que, muitas vezes, livros de
autoajuda acabam sendo julgados com a lente da descrença que não faz distinção
entre obras boas e ruins”. Assim como em qualquer setor, há livros de melhor
qualidade e aqueles de qualidade duvidosa, diz Bernardo Gurbanov, da Câmara
Brasileira do Livro. Para conseguir tirar melhor proveito desses livros é
importante prestar atenção em alguns detalhes na hora de escolher um na
prateleira”, registram os autores.
·
Revisão
do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
“Ensino superior e sociedade”, Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 6/5/2014
ResponderExcluir“O MUNDO poderia ser melhor e mais tranqüilo, e a vida mais compreensível, se as universidades, em vez de olharem para o mercado de trabalho para identificar suas demandas, olhassem para a sociedade para identificar o que ela mais precisa. Creio que, assim, o mundo poderia avançar. Hoje, a formação acadêmica segue a seguinte lógica: as faculdades oferecem cursos tradicionais, nossos velhos conhecidos, que pouco têm mudado para permitir que os novos profissionais entendam melhor o mundo atual e possam nele intervir de modo inovador. Quando cursos são criados, isso acontece em função exclusivamente da economia, ou seja, da abertura de novas chances no mercado e das possibilidades de profissões rentáveis em nosso contexto. A economia tem funcionado como um eixo importante para as faculdades e também para os jovens que as procuram. Melhor dizendo, para o mundo. Mas, e nossa vida em sociedade, tão plena de agruras, dissabores e incompreensões, não mereceria o mesmo olhar atencioso? Afinal, sem uma vida boa e digna em sociedade, de pouco adianta a economia ir muito bem. Já temos sentido isso na pele. [...] Que venham, portanto, as universidades com novos cursos!”
“[...] ENFIM, no fundo, a política pouco me interessa. Trato-a assim como quem deve cuidar de uma ferida – do contrário ela se infectará. [...] Aliás, por falar em metafísica, a pior é a política. Ma da política trato apenas por obrigação profissional, porque, como diz Albert Camus nos seus ‘Cadernos’ (o primeiro tem como título ‘Esperança do Mundo’), ouvindo aqueles que se dedicam à política, podemos apenas concluir que as pessoas se importam pouco com esta parte de suas vidas, uma vez que todos na política mentem. [...] Por isso, sinto um halo de graça quando vejo a esperança visitar o mundo. Afora as ilusões, só a generosidade é capaz de acolher a esperança. [...] sabendo, como nós todos, que nós filósofos sofremos da vaidade intelectual como pecado capital. Camus diz que ‘a obsessão em ter razão é a marca suprema de uma inteligência grosseira’. Portanto, talvez, a humildade, virtude capital para Camus, seja a esperança para a filosofia. Ou, como diz Santo Agostinho, o que falta ao filósofo é chorar.”
ResponderExcluir* Luiz Felipe Pondé, filósofo, “Esperança do Mundo” (síntese), Folha de S.Paulo, caderno Ilustrada, 12/5/2014
CHEGA DE INFORMAÇÃO!
ResponderExcluir“OS CIENTISTAS dizem que um único sistema de memória, uma única mente humana, pode conter todas as bibliotecas do mundo. Essa capacidade existe. Mas, ainda que uma pessoa contenha todas as bibliotecas do mundo, ela não será um Buda. Continuará sendo a mesma pessoa tola, o mesmo burro carregado de todas as escrituras. Isso não transforma o ser. Se você quer transformar seu ser, precisa ir além da palavra, além de todas as teorias, ideologias, doutrinas, escrituras. Chega de informação! Ponha um ponto final nisso, porque tanta informação só faz do homem um papagaio. E chamamos esses papagaios de gênios... Mas isso não torna uma pessoa satisfeita, feliz, amável, sábia. Dê um fim a toda essa informação, o que significa dar um fim à mente.
Dar um fim à mente é o início da meditação. E, quando a meditação se inicia, os milagres começam a acontecer, então a vida começa a avançar de maneira espetacular... É inacreditável! Você se torna ciente de muitos mistérios que existem a sua volta, que estão por aí em abundância. Mas nos fechamos por causa de nosso conhecimento.”
*** Osho, filósofo indiano, “Meditações para a Noite”. Osho é conhecido por sua revolucionária contribuição à ciência da transformação interior, com uma abordagem de meditação que leva em consideração o ritmo acelerado da vida contemporânea.
Já faz alguns anos que venho desconfiando disso.Tanto conhecimento que conduz à arrogância,ao invés da busca pela sabedoria,que conduz à paz. E a paz já é meio caminho andado para ser ou estar feliz,já que qualquer estado é impermanente (puxando um gancho de Buda). Vamos descansar a mente para sermos mais inteligentes,e assim alcançarmos a plenitude da vida,que nada mais é do que o "caminho do meio" (Olha o Buda aí de novo,gente!)
ExcluirPodemos viver bem com a tecnologia?
ResponderExcluir“Nosso mundo está cada vez mais digital. Hoje, mais da metade da população adulta do planeta passa mais tempo no trabalho ‘conectado’ do que ‘desconectado’, seja pela internet, pelo celular ou por qualquer outra mídia. Enviar e-mail, mensagem, twittar ou escrever em um blog já faz parte da nossa vida profissional, dos nossos relacionamentos e até mesmo da nossa vida familiar. Mas que efeito tem essa necessidade por conexão constante? Tom Chatfield, em sua obra “Como viver na era digital’, examina o que nossa vida ‘conectada’ está realmente fazendo com nossas mentes, para o bem ou para o mal. Apresentando pesquisas inovadoras e práticas, ele nos ensina como prosperar em um século digital sem perder nossa humanidade. ‘Numa época complexa e confusa, o livro de autoajuda implora para ser repensado e readaptado. ‘The School of LIfe’ anuncia seu renascimento com uma série que examina grandes questões da vida, incluindo dinheiro, sanidade, trabalho, tecnologia e o desejo de mudar o mundo para melhor. ‘The School of Life’ oferece maneiras radicais para nos ajudar a explorar a riqueza do conhecimento humano”.
* Alain de Botton, no prefácio da obra “Como viver na era digital”, escrita por Tom Chatfield
Adorei seu blog, parabéns pelo o conteúdo!!
ResponderExcluirObrigado, leitor. Um grande abraço!
Excluir“[...] numa conversa com um amigo editor, em Nova York, nos perguntávamos a razão do sucesso dos romances de autoajuda. Voltei para casa e pensei: ‘Será que toda ficção não é de autoajuda?’. Creio que sim, porque consumimos literatura hoje com essa ideia de que é algo que nos faz bem, como se fosse um alimento natural ou um novo remédio.”
ResponderExcluirMohsin Hamid lança no Brasil seu terceiro romance, ‘Como ficar podre de rico na Ásia emergente’, uma sátira dos romances de autoajuda narrada em segunda pessoa. No romance, o protagonista é um rapaz que se muda do campo para a cidade grande, querendo enriquecer. Depois de uma série de tentativas frustradas, encontra a fórmula ao vender água de torneira como se fosse mineral.
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Mohsin Hamid, 42, paquistanês, participa da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Após anos nos EUA, onde estudou literatura em Princeton e direito em Harvard, Hamid voltou a Lahore, cidade natal do Paquistão com 10 milhões de habitantes.
* fonte: “Quase brasileiro”, Sylvia Colombo, Folha de S.Paulo, Ilustrada, 26/7/2014
O que é certo e o que é errado? Como saber os conceitos, sem conhecer as culturas? Qual a avaliação ideal para que a opinião contrária tenha seu valor de destaque? Como classificar o valor nutricional do alimento que faz bem para uma pessoa e é um veneno para o melhor amigo, ou próprio irmão? As pessoas não são todas iguais, possuem características físicas que marcam diferenças umas das outras. Estou me referindo a peso, altura, cor de pele, tipo de cabelos, e outras . Neste contexto, respectivamente, cada organismo humano, tem necessidades básicas e diferentes para se manter em harmonia. Por exemplo, se uma pessoa esta precisando de vitaminas para regular o funcionamento digestivo e casualmente a mesma se entope de cálcio - A pergunta que faço: -Está super dosagem de cálcio, fará bem ao déficit de vitaminas? Obviamente que o resultado será desastroso ao corpo. Teremos um problema à mais no organismo debilitado - concordam? Considerando que, tudo em excesso faz mal para a saúde, devemos buscar o equilíbrio geral para o bom funcionamento do organismo. Assim, como criticar a leitura que alimenta uma mente carente de informação? Não estaríamos desta forma, condenando o conhecimento e o surgimento de uma linha de raciocínio, fundamental para desenvolvimento inicial da sabedoria? Quando o assunto é leitura, tudo é válido quando agregamos uma informação construtiva aos nossos sentidos e sentimentos. Quando é foco é nova informação, toda leitura é bem vinda...De novo entra em questão os conceitos: O que é melhor ou pior para cada leitor? Tudo depende das necessidades momentâneas, preferencias e por quê não explicitar o estilo de vida?. Tudo é relativo e, depende da opinião de cada um. O entendimento geral é que, varias informações diferentes, agregadas levam ao crescimento intelectual individual. Quero lembrar que, a unica coisa que não perdemos na vida - são os estudos adquiridos durante o viver e, na morte não deixamos de herança para ninguém...Sabedoria é um bem conquistável e intransferível. Estudos mostram que inteligência é característica genética, mas para uma pessoa se tornar culta e "diferente" é preciso muita leitura. Repare que, eu disse "diferente" e isso não significa ser melhor do que ninguém - que fique claro e evidenciado entre aspas. Na minha opinião, ser catedrático em diferenças depende do tamanho dos próprios interesses e das pesquisas provocadas para produzir suas próprias respostas. Concluindo, ser sábio é saber admitir e reconhecer o quanto precisamos aprender... Eu me orgulho em dizer que sou uma eterna aprendiz. E, que atire a primeira pedra quem nunca e jamais leu um livro de auto ajuda...Márcia Groeninga
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