NUM ARTIGO da Folha de S.Paulo (4/11/2013), “Internet
e tecnologia ajudam a melhorar nossa memória”, Clive Thompson, 45 - autor
canadense do recém-lançado “Mais
inteligente do que você pensa: como a tecnologia está mudando nossas mentes
para melhor” -, em entrevista a Joana Cunha, de Nova York, escreve algo que
nos permite fazer algumas reflexões: “As ferramentas tecnológicas não nos
isolam, o oposto. Temos nos tornado pensadores mais sociais. Temos mais
oportunidades de dividir o que pensamos o tempo todo. Pode ser ruim se você é o
tipo de pessoa que prefere pensar de modo isolado. Alguns trabalhos
intelectuais demandam isolamento, como, por exemplo, escrever um romance. Mas, hoje
em dia, é mais difícil ser um pensador isolado. Há muita gente querendo falar
com você on-line, enviar fotos,
mensagens. Uma das habilidades modernas é este ‘pensar sobre o pensar’. Seria
bom para mim estar pensando com outras pessoas ou eu deveria estar isolado
agora? Antes, eu achava que devia manter meus trabalhos em segredo para
surpreender, mas percebi que, se eu falar sobre o que estou fazendo, as
pessoas, que são generosas e bem conectadas, contribuem com sugestões. A busca
por boa informação se beneficiou desse pensamento social.”
Eu acabei identificando-me bastante com Clive Thompson. Quero escrever sobre coisas que a sociedade precisa. Colocar em uso o que aprendo. Com temas holísticos, busco informações em várias fontes e soluções em benefício do leitor. É pelo esclarecimento que as pessoas evoluem. A humanidade está carente de espiritualidade. O ato de compartilhar é algo essencial quando há conteúdo capaz de acrescentar algo positivo no outro. Uma pequena mudança no modo de enxergar é tudo o que é preciso para mudar nosso coração, desempenho profissional e relacionamentos. E quanto mais eu penso, mais sinto que tenho obrigação de falar sobre isso tudo. Esta talvez seja também a percepção dos poetas, filósofos, artistas e daqueles que procuram respostas além das ideias comuns, de todos os dias.
Cientistas calculam que 70% dos nossos
pensamentos são negativos e redundantes. Cerca de 70% da população encontra-se
nos níveis etnocêntricos (ou mais baixos) de desenvolvimento. Há 50 trilhões de
células no nosso corpo e menos de 1% da população do mundo encontra-se estável
nos estágios transpessoais. Praticamente 100% das pessoas têm uma inteligência
espiritual e, no entanto, menos de 1% encontra-se nos níveis espirituais mais
elevados, ou seja, nos estágios transpessoais. Então, mesmo com mais de 6
bilhões de pessoas compartilhando o nosso mundo hoje, todos nós nos
beneficiamos, até certo ponto, com as escolhas de paz e cura sustentadas por
poucos. Essas poucas pessoas estão sendo fundamentais para dar partida a um
processo de mudança de consciência da sociedade.
Mudança de atitude em relação à vida
pode ter influência sobre doenças. Conforme revela Gregg Braden, na obra “Matriz Divina”, independentemente de
reconhecermos nossa conexão de ressonância com a realidade que nos cerca, essa conexão
existe por meio da Matriz Divina. “Se tivermos sabedoria suficiente para
compreender as mensagens que nos chegam do nosso entorno, nosso relacionamento
com o mundo pode nos ensinar muito. Algumas vezes pode até salvar nossa vida!”,
escreve o autor.
Neste sentido
escreve Marcelo Gleiser, professor de física teórica no Dartmouth College, em
Hanover (EUA), no artigo “Futebol, efeito
estufa e jogo global”, publicado na Folha
de S.Paulo, Ciência+Saúde, de 30/6/2013: “Uma das assinaturas do novo
milênio é a transcendência cultural por meio da globalização digital; todos
têm, em princípio, uma voz, a informação que antes era difícil é acessível com
alguns cliques; cursos dados por grandes professores, palestras sensacionais
sobre ideias de vanguarda, vídeos políticos (como aqueles mostrando as
manifestações no Brasil), filosóficos, esportivos... tudo ao alcance, basta só
procurar conteúdo. E ESSE É O GRANDE
DESAFIO DA EDUCAÇÃO MODERNA: orientar as pessoas a buscar conteúdo de
qualidade, coisas que nos ajudem a aprender, a crescer como indivíduos e mesmo
como espécie.”
Para finalizar, permita-me o leitor
fazer uma analogia do ato de ‘compartilhar
o conhecimento’ com o ‘ato
terapêutico’, a partir de algo recebido do amigo Edson Justino: “O ato terapêutico é um ato
de doação; quando o terapeuta trabalha visando contribuir para restabelecer o
equilíbrio psíquico do cliente, ele está se doando. E quando se doa, está
sujeito a uma lei cósmica que, redescoberta por Newton e com ampla aplicação na
Física, aplica-se tranquilamente na esfera moral e espiritual: ‘... a cada ação
corresponde uma reação igual e contrária...’. Logo, é compreensível que o
terapeuta se beneficie da sessão e experimente um alívio e uma compensação.” Obrigado,
amigo!
Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
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