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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ESTOU NO MELHOR MOMENTO DE MIM

                                  Mas ainda não virei um Buda!

ESTOU no melhor momento de mim. Num exercício diário de fé, humildade, generosidade, responsabilidade, justiça, verdade, entendimento e liberdade, encontro-me num processo contínuo para estabelecer uma ordem coerente e de superação em busca da minha evolução. Mas ainda não virei um Buda! Confesso não entender como pessoas podem ser às vezes insensíveis a ponto de ignorar a água cristalina que jorra, em circunstâncias da sua vida, do peito aberto de alguém misericordioso. Não, não é que se deva esperar retribuições com o exercício da misericórdia; ele transcende à limitação da natureza humana. Não há de se esperar... Eu ainda não virei um Buda! Apesar da minha visão animística do mundo, ainda me sinto frágil em determinadas realidades. Estando no melhor de mim, procuro compreender. Nada como um dia após o outro, principalmente quando a consciência está desperta; a consciência do pensamento não convencional. Também porque, estando no melhor de mim, sinto-me responsável, ao experimentar momentos intensos de felicidade interior, ao semear a paz e o amor, ao aceitar o desafio do ideal humanista num mundo individualista, pensando estar colaborando de alguma forma com a lei do campo invisível do Universo. Estou no melhor de mim. Porém ainda me surpreendo com pensamentos ao lidar com a ignorância do outro. Mas quando penso no tempo que se leva pra se tornar um Buda - calculam-se centenas, milhares de anos, para atingir a Plenitude -, relaxo, respiro fundo e não me culpo, refletindo positivamente e seguindo adiante, imaginando estar protegido por um campo de forças invisíveis. Essa sensação de proteção deve-se a circunstâncias especiais em minha vida, quando coisas acontecem sem explicação, como supostas evidências de algo ligado ao campo da mecânica quântica. Como comumente imagino, “só pode ser por obra da Divina Providência”! Estou no melhor de mim. Mas sempre tentando identificar, neste invólucro humano, a minha pequenez diante da grandeza do Universo. 

PERDÃO

Na obra “Evolução Espontânea”, os autores americanos Bruce H. Lipton e Steve Bhaerman falam sobre a experiência de Joseph Chilton Pearce, pesquisador da área de desenvolvimento humano, que afirma que as emoções ligadas às histórias devem ser tratadas antes que as histórias sejam esquecidas. Para Pearce, a solução nesses casos requer a cura das feridas espirituais, psicológicas e emocionais.

“A história também revela que o perdão não ocorre facilmente. É como se um verso do poeta Alexandre Pope, do século 18, tivesse sido profundamente implantado em nossas mentes: ‘Errar é humano; perdoar é divino’. Como não temos mais percepção de nosso aspecto divino, a maioria de nós deixa, convenientemente, o perdão nas mãos de Deus e das divindades. As poucas pessoas que o praticaram seriamente até hoje foram canonizadas ou consideradas líderes espirituais!”, escrevem Bruce Lipton e Steve Bhaerman. 

No entanto, revelam os autores de “Evolução Espontânea”, a nova ciência, a ‘Ciência do Holismo’, com fundamentos na física quântica, mostra que estamos intimamente ligados a tudo o que existe. “Como criaturas do Divino, o perdão é uma qualidade inata em nós. A frase bíblica ‘perdoe-os, pois não sabem o que fazem’ é confirmada pela nova ciência, pois 95% de nosso comportamento é fruto do inconsciente. Pense nisto: se tivéssemos plena consciência de todos os fatores que nos levam a entrar em conflito com alguém, o conflito jamais existiria. Quando realmente nos conscientizamos de que a maior parte de nosso comportamento é imperceptível aos nossos olhos e sentidos e normalmente motivado e distorcido por nossas crenças, começamos a entender e perdoar os outros, pois eles, assim como nós, não sabem mesmo o que estão fazendo. O perdão se baseia em lógica e verdade, e a cura tem origem no amor”, inspiram-nos os autores.

Estou no melhor momento de mim. Perdoar é divino! Como num trecho de Lipton e Bhaerman, “Se pudermos compreender a maneira como nossa programação interna controla nossas vidas e conseguirmos modificá-la, seremos capazes de reescrever nosso destino”.

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

Um comentário:

  1. Tom, é fantástico ler mensagens e textos tão positivos e repletos de amor como os que você escreve. Também me sinto no meu melhor e como você diz: "“só pode ser por obra da Divina Providência! Estou no melhor de mim". E ainda creio que esta mesma Divina Providência é exatamente o melhor de todos nós. Grande abraço. Domingos.

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