Mas ainda não virei
um Buda!
ESTOU no melhor momento
de mim. Num exercício diário de fé, humildade, generosidade, responsabilidade,
justiça, verdade, entendimento e liberdade, encontro-me num processo contínuo
para estabelecer uma ordem coerente e de superação em busca da minha evolução.
Mas ainda não virei um Buda! Confesso não entender como pessoas podem ser às
vezes insensíveis a ponto de ignorar a água cristalina que jorra, em circunstâncias da sua vida, do peito aberto de alguém misericordioso. Não, não é que se deva esperar
retribuições com o exercício da misericórdia; ele transcende à limitação da
natureza humana. Não há de se esperar... Eu ainda não virei um Buda! Apesar da
minha visão animística do mundo, ainda me sinto frágil em determinadas
realidades. Estando no melhor de mim, procuro compreender. Nada como um dia
após o outro, principalmente quando a consciência está desperta; a consciência
do pensamento não convencional. Também porque, estando no melhor de mim,
sinto-me responsável, ao experimentar momentos intensos de felicidade interior,
ao semear a paz e o amor, ao aceitar o desafio do ideal humanista num mundo
individualista, pensando estar colaborando de alguma forma com a lei do campo
invisível do Universo. Estou no melhor de mim. Porém ainda me surpreendo com
pensamentos ao lidar com a ignorância do outro. Mas quando penso no tempo que
se leva pra se tornar um Buda - calculam-se centenas, milhares de anos, para
atingir a Plenitude -, relaxo, respiro fundo e não me culpo, refletindo
positivamente e seguindo adiante, imaginando estar protegido por um campo de
forças invisíveis. Essa sensação de proteção deve-se a circunstâncias especiais
em minha vida, quando coisas acontecem sem explicação, como supostas evidências
de algo ligado ao campo da mecânica quântica. Como comumente imagino, “só pode ser por obra da Divina Providência”!
Estou no melhor de mim. Mas sempre tentando identificar, neste invólucro
humano, a minha pequenez diante da grandeza do Universo.
PERDÃO
Na obra “Evolução Espontânea”,
os autores americanos Bruce H. Lipton e Steve Bhaerman falam sobre a
experiência de Joseph Chilton Pearce, pesquisador da área de desenvolvimento
humano, que afirma que as emoções ligadas às histórias devem ser tratadas antes
que as histórias sejam esquecidas. Para Pearce, a solução nesses casos requer a
cura das feridas espirituais, psicológicas e emocionais.
“A história também revela que o perdão não ocorre facilmente. É como se um
verso do poeta Alexandre Pope, do século 18, tivesse sido profundamente
implantado em nossas mentes: ‘Errar é humano; perdoar é divino’. Como não temos
mais percepção de nosso aspecto divino, a maioria de nós deixa,
convenientemente, o perdão nas mãos de Deus e das divindades. As poucas pessoas
que o praticaram seriamente até hoje foram canonizadas ou consideradas líderes
espirituais!”, escrevem Bruce Lipton e Steve Bhaerman.
No entanto, revelam os autores de “Evolução
Espontânea”, a nova ciência, a ‘Ciência do Holismo’, com fundamentos na
física quântica, mostra que estamos intimamente ligados a tudo o que existe.
“Como criaturas do Divino, o perdão é uma qualidade inata em nós. A frase bíblica
‘perdoe-os, pois não sabem o que fazem’ é confirmada pela nova ciência, pois
95% de nosso comportamento é fruto do inconsciente. Pense nisto: se tivéssemos
plena consciência de todos os fatores que nos levam a entrar em conflito com
alguém, o conflito jamais existiria. Quando realmente nos conscientizamos de
que a maior parte de nosso comportamento é imperceptível aos nossos olhos e sentidos
e normalmente motivado e distorcido por nossas crenças, começamos a entender e
perdoar os outros, pois eles, assim como nós, não sabem mesmo o que estão
fazendo. O perdão se baseia em lógica e verdade, e a cura tem origem no amor”,
inspiram-nos os autores.
Estou no melhor momento de mim. Perdoar é divino! Como num trecho de
Lipton e Bhaerman, “Se pudermos compreender a maneira como nossa programação
interna controla nossas vidas e conseguirmos modificá-la, seremos capazes de
reescrever nosso destino”.
Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
Tom, é fantástico ler mensagens e textos tão positivos e repletos de amor como os que você escreve. Também me sinto no meu melhor e como você diz: "“só pode ser por obra da Divina Providência! Estou no melhor de mim". E ainda creio que esta mesma Divina Providência é exatamente o melhor de todos nós. Grande abraço. Domingos.
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