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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

SOBRE VIAGENS...

                                                     http://www.cantodaflorestaecoresort.com.br/pagina/parque-mistico

VIAJAR é um sonho de todo mundo. Por conta disso, quando digo a alguém que há bom tempo não venho tendo essa aspiração, causo certa surpresa. Como explicar? Passei a me identificar mais com caminhadas em montanhas. Mas ainda não as experimentei. Em ‘O Barco Vazio’, escreve Osho, filósofo indiano:

“Alexandre, o Grande, estava indo para a Índia – para vencer, claro -, porque se você não precisa vencer, não vai a lugar nenhum. Por que se preocupar? Atenas era tão bonita, não havia necessidade de fazer uma viagem tão longa.

A necessidade de vencer é para provar que você é alguém, e a única maneira que conhecemos de provar isso é provar aos olhos dos outros, porque os olhos deles se tornam reflexos.

Nenhum lugar para ir, está tudo aqui, então por que se preocupar com o resultado? Tudo está disponível agora, por que não aproveitar isso?

Eu gostaria de fugir e me tornar um ‘sannyasin’, para ir para a floresta e meditar.”

Nessa obra, Osho revela que “Sua mente sempre anseia pelo que está distante, nunca pelo que está próximo. O que está próximo lhe dá tédio, você fica farto disso; o distante lhe dá sonhos, esperanças, a possibilidade de prazer. Então, a mente sempre pensa no que está distante. Você é cego para o que está próximo. A mente não pode ver o que está muito próximo. Ela só pode ver o que está muito longe”.

Para esse filósofo, a mente pode viver no futuro, mas não pode viver no presente. No presente, você pode simplesmente ter esperança e desejar. E é assim que você cria o sofrimento. Se você começar a viver neste momento, aqui e agora, o sofrimento desaparece. 

Hoje os meus roteiros de viagem preferidos são os meus livros mágicos, origem de constantes novas descobertas que tanto enriquecem e transformam. Só os meus leitores são capazes de compreender o que o conhecimento sobre a natureza humana significa para mim. E esse é um tipo de viagem que não dá mesmo pra curtir sozinho. Cada nova viagem, cada nova descoberta, precisa ser necessariamente partilhada com a esperança de um mundo melhor.

Citando o médico americano Andrew Weil, autor de “Felicidade Espontânea”, não tenho a pretensão de ter alcançado o completo bem-estar emocional. “Na verdade, acho que esse é um objetivo para a vida toda. Para mim, trata-se de um processo contínuo que requer consciência, conhecimento e prática. Sei qual é a sensação da boa saúde emocional e isso me motiva a manter a prática, por isso gosto de compartilhar um pouco de minha experiência com as pessoas.”

***

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

Um comentário:

  1. “SÓCRATES FOI UM FILÓSOFO GREGO que andava pelas ruas de Atenas, onde havia lojas de comércio, e também vendedores chegavam à porta e perguntavam se ele desejava alguma coisa. Ele respondia: “Não, estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz”.

    Sócrates, para ser feliz, tem necessidade de muitíssimas coisas: são coisas que não se veem, não podem ser tocadas, mas são extraordinariamente raras e onerosas, porque custam sensibilidade, sabedoria e riqueza de vida interior.”

    *** Diálogos Criativos, Domenico De Masi e Frei Betto, com mediação e comentários de José Ernesto Bologna



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