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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CÃES E SEUS DONOS: UMA VISÃO DA CIÊNCIA


É SABIDO que cães conhecem muito bem os seus donos. E não apenas o dono. Eles também conhecem familiares e amigos do dono quando chegam em sua casa, até antes mesmo de essas pessoas chegarem perto deles.

Sobre essa capacidade, há algo que sempre me surpreende. Minha filha, que mora em outra cidade, tem um cão, “Jaiminho”. Toda vez que a visito, o cãozinho começa a latir incessantemente, sem me ver, apenas por sentir, de longe, quando estou estacionando o carro na rua.

Certamente o leitor já leu ou ouviu falar algo sobre isto. E eu, presentemente, lendo “Evolução Espontânea”, de autoria de Bruce H. Lipton, especialista em biologia celular, e Steve Bhaerman, cientista político, americanos, encontrei algo interessante a respeito do assunto. Os autores citam uma experiência bem conhecida descrita por Rupert Sheldrake no livro e vídeo “Cães sabem quando seus donos estão chegando”.

Segundo Bruce e Steve, um artigo no “Journal for the Society of Physical Research“ (Revista da Sociedade de Pesquisas de Física) mostra que 45% dos donos de cães entrevistados afirmam que seus cães sabem com antecedência quando alguém da família está chegando em casa.

Conforme o experimento de Sheldrake, gravado em vídeo para a TV austríaca, foram colocadas, simultaneamente, câmeras na voluntária Pam Smart, que estava fora de casa, e em seu cão, Jaytee, que estava em casa. “Depois de algumas horas, Pam recebe uma ligação em seu celular com instruções para voltar para casa. No mesmo instante Jaytee correu para a porta, para esperar sua dona. E o mesmo resultado foi obtido com mais de cem voluntários. Todas as experiências foram gravadas em vídeo”, citam os autores do livro.

Mas qual a importância disso? Bruce e Steve revelam que todos sabem que existe uma conexão muito especial, e até paranormal, entre os animais e seus donos, da mesma maneira que muitas pessoas sentem quando alguém da família está em perigo. “Sheldrake não tentava provar algo que já se sabe, mas sim fazer uma experiência e mostrar que ela não provocaria a curiosidade da comunidade científica. Imagine só: cães recebendo mensangens instantâneas em uma velocidade maior do que a da luz, e os cientistas nem se importam em saber como isso acontece?”, indagem os autores.

No livro, os autores falam sobre esse campo invisível que permite nos comunicarmos telepaticamente, porém, como a ciência não acredita no invisível, não consegue ver essa realidade. Sheldrake sugere a existência de um “campo morfogenético”, uma “memória inerente à natureza”, que permite a comunicação paranormal à velocidade do pensamento. A importância do experimento de Sheldrake é demonstrar que o fenômeno é real; que existe mesmo um campo invisível exercendo influência sobre a matéria.

CAMPO INVISÍVEL

“Algumas experiências do tipo “double-blind”, experimento clínico realizado nas áreas de medicina e psicologia, cuidadosamente realizadas, revelam que a oração e a intenção de cura têm efeitos positivos e mensuráveis sobre pacientes de aids ou sobre aqueles que se recuperam de uma cirurgia. E outros indicam que, quando um número de pessoas que praticam a meditação transcendental atinge a raiz quadrada de 1% da população de uma cidade, a taxa de criminalidade cai vertiginosamente na região”, escrevem os autores do livro.

Portanto, observam os autores, é uma tolice ignorar o poder do campo invisível simplesmente porque ele não pode ser explicado. “Felizmente, mais cientistas têm se interessado pelo assunto. Alguns físicos já utilizam o termo ‘força de movimento invisível’ para descrever esses campos.”

Mas por que é importante compreender o campo? Como isso pode ajudar a humanidade? Bruce e Steve dão três respostas a estas perguntas. “Primeiro, podemos dar fim, de vez, à inútil guerra entre ciência e religião. Segundo, ao reconhecer o poder dos campos invisíveis (mesmo que não saibamos como eles funcionam), abrimos uma nova porta ao descobrimento e incentivamos a ciência a estudar algo que até agora foi ignorado. Finalmente, iremos nos conscientizar de que a humanidade inteira atua em um campo unificado de sonhos (e que não é um campo de batalha)”, argumentam.

Esta é uma daqueles milhares de informações produtivas que ficam escondidas nos livros, algo que vai ao encontro do propósito deste blog: compartilhar o conhecimento capaz de mudar crenças e programações subconscientes. Uma leitura útil pode cumprir a função de despertar o leitor e libertá-lo das velhas formas repetitivas e condicionadas de pensar.

Como ressalta Bruce Lipton e Steve Bhaerman, para mudarmos o mundo é preciso haver uma mudança na humanidade, capaz de inventar e reinventar o próprio meio. Por que manter um panorama mundial tão competitivo, egoísta e baseado no medo? Em seu livro, “Evolução Espontânea”, eles nos contam esta história de forma bastante envolvente
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Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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