É SABIDO que cães conhecem muito bem os seus donos. E não apenas o dono.
Eles também conhecem familiares e amigos do dono quando chegam em sua casa, até
antes mesmo de essas pessoas chegarem perto deles.
Sobre essa capacidade, há algo que sempre me surpreende. Minha filha, que
mora em outra cidade, tem um cão, “Jaiminho”. Toda vez que a visito, o cãozinho
começa a latir incessantemente, sem me ver, apenas por sentir, de longe, quando
estou estacionando o carro na rua.
Certamente o leitor já leu ou ouviu falar algo sobre isto. E eu,
presentemente, lendo “Evolução
Espontânea”, de autoria de Bruce H. Lipton, especialista em biologia
celular, e Steve Bhaerman, cientista político, americanos, encontrei algo
interessante a respeito do assunto. Os autores citam uma experiência bem
conhecida descrita por Rupert Sheldrake no livro e vídeo “Cães sabem quando seus donos estão chegando”.
Segundo Bruce e Steve, um artigo no “Journal for the Society of Physical
Research“ (Revista da Sociedade de Pesquisas de Física) mostra que 45% dos
donos de cães entrevistados afirmam que seus cães sabem com antecedência quando
alguém da família está chegando em casa.
Conforme o experimento de Sheldrake, gravado em vídeo para a TV austríaca,
foram colocadas, simultaneamente, câmeras na voluntária Pam Smart, que estava
fora de casa, e em seu cão, Jaytee, que estava em casa. “Depois de algumas
horas, Pam recebe uma ligação em seu celular com instruções para voltar para
casa. No mesmo instante Jaytee correu para a porta, para esperar sua dona. E o
mesmo resultado foi obtido com mais de cem voluntários. Todas as experiências
foram gravadas em vídeo”, citam os autores do livro.
Mas qual a importância disso? Bruce e Steve revelam que todos sabem que
existe uma conexão muito especial, e até paranormal, entre os animais e seus
donos, da mesma maneira que muitas pessoas sentem quando alguém da família está
em perigo. “Sheldrake não tentava provar algo que já se sabe, mas sim fazer uma
experiência e mostrar que ela não provocaria a curiosidade da comunidade
científica. Imagine só: cães recebendo mensangens instantâneas em uma
velocidade maior do que a da luz, e os cientistas nem se importam em saber como
isso acontece?”, indagem os autores.
No livro, os autores falam sobre esse campo invisível que permite nos
comunicarmos telepaticamente, porém, como a ciência não acredita no invisível,
não consegue ver essa realidade. Sheldrake sugere a existência de um “campo
morfogenético”, uma “memória inerente à natureza”, que permite a comunicação
paranormal à velocidade do pensamento. A importância do experimento de
Sheldrake é demonstrar que o fenômeno é real; que existe mesmo um campo
invisível exercendo influência sobre a matéria.
CAMPO INVISÍVEL
“Algumas experiências do tipo “double-blind”, experimento clínico
realizado nas áreas de medicina e psicologia, cuidadosamente realizadas,
revelam que a oração e a intenção de cura têm efeitos positivos e mensuráveis
sobre pacientes de aids ou sobre aqueles que se recuperam de uma cirurgia. E
outros indicam que, quando um número de pessoas que praticam a meditação
transcendental atinge a raiz quadrada de 1% da população de uma cidade, a taxa
de criminalidade cai vertiginosamente na região”, escrevem os autores do livro.
Portanto, observam os autores, é uma tolice ignorar o poder do campo
invisível simplesmente porque ele não pode ser explicado. “Felizmente, mais
cientistas têm se interessado pelo assunto. Alguns físicos já utilizam o termo
‘força de movimento invisível’ para descrever esses campos.”
Mas por que é importante compreender o campo? Como isso pode ajudar a
humanidade? Bruce e Steve dão três respostas a estas perguntas. “Primeiro,
podemos dar fim, de vez, à inútil guerra entre ciência e religião. Segundo, ao
reconhecer o poder dos campos invisíveis (mesmo que não saibamos como eles
funcionam), abrimos uma nova porta ao descobrimento e incentivamos a ciência a
estudar algo que até agora foi ignorado. Finalmente, iremos nos conscientizar
de que a humanidade inteira atua em um campo unificado de sonhos (e que não é
um campo de batalha)”, argumentam.
Esta é uma daqueles milhares de informações produtivas que ficam
escondidas nos livros, algo que vai ao encontro do propósito deste blog:
compartilhar o conhecimento capaz de mudar crenças e programações
subconscientes. Uma leitura útil pode cumprir a função de despertar o leitor e
libertá-lo das velhas formas repetitivas e condicionadas de pensar.
Como ressalta Bruce Lipton e Steve Bhaerman, para mudarmos o mundo é
preciso haver uma mudança na humanidade, capaz de inventar e reinventar o
próprio meio. Por que manter um panorama mundial tão competitivo, egoísta e
baseado no medo? Em seu livro, “Evolução Espontânea”, eles nos contam esta
história de forma bastante envolvente
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Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
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