UMA AMIGA de minha filha convidou-a, com o marido, para batizar sua filha
de dois anos. Por conta de o casal não ser religioso, a amiga pediu que minha
filha escolhesse o tipo de encontro para ‘celebrar’ o batizado. Minha filha
pediu-me alguma sugestão. Pesquisando, encontrei algo singular, justamente com o mesmo
propósito, um batizado incomum, de autoria do mestre Rubem Alves, “O Batizado”:
http://www.rubemalves.com.br/10mais_04.php
. Leia também, leitor, é bem interessante.
De minha parte, pensando na possibilidade do batizado incomum, reuni
algumas reflexões, que poderiam ser lidas ou pensadas durante um ato como esse.
Sigmund Freud escreveu: “A história da
criança é muito mais que uma simples história, do tipo “Era uma vez...”, é um
grande passo. Deve-se concentrar para entender que a história de um indivíduo
não tem exatamente um começo nem um fim, porque a história de cada um começa na
história dos próprios pais, cujas histórias começam nas histórias dos seus
pais, e assim por diante. Da mesma forma, a história de cada um termina na
história de seus filhos, no começo da história dos filhos dos seus filhos e,
junto com elas, vai sendo transportado esse fio, de geração em geração. Assim , não
há um começo nem um fim definido. O que difere uma história da outra e a torna
particular é exatamente o conteúdo emocional embutido nelas, que pode ser
traduzido por desejos, fantasias, estranhamentos, frustrações e sucessos.”
A frase é clássica e sugestiva: “O
Mundo que nós vamos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que
nós deixarmos para este Mundo”.
Há uma circunstância toda
especial num encontro como esse. Vejam o que diz René Descartes: “Se, portanto, você deseja descobrir a verdade das
coisas com seriedade, não deve selecionar uma ciência ou uma religião em
especial: porque todas as ciências e religiões estão unidas entre si e são
interdependentes.
Por que então o batismo, se o
casal não é religioso? Mas não há aqui
um ritual religioso. Trata-se somente da ‘formalização’ do compromisso de duas
pessoas que se dispõem a se tornar uma extensão dos pais de uma criança. De
qualquer maneira, estão todos reunidos também numa espécie de ritual, através
de um conjunto de gestos e palavras com valor simbólico, como que adaptando a
sagrada cerimônia de um batismo tradicional. Ao longo do tempo, os homens criam
os seus rituais sagrados de maneiras diferentes. Mas o que essencialmente está
embutido numa prática espiritual? Amor, amor, amor e fraternidade!
Quem pode garantir que o
ritual praticado por um religioso para dar a benção a alguém pode ser tão
diferente da ‘benção’ ministrada por um ser humano comprometido com a humildade,
a generosidade e um propósito elevado?
*** “NÃO HÁ HONRA MAIOR do que ser madrinha ou padrinho de batizado de uma criança. Mas, cuidado, que essa honra vem cheia de responsabilidades. Ser madrinha ou padrinho de batismo é um passo muito importante, tanto para eles quanto para os pais do bebê e até mesmo a criança. Os pais da criança que vai ser batizada transmitem para os padrinhos e as madrinhas a responsabilidade de zelar pela garantia de educação e criação dos filhos. Ou seja, é como se você fosse uma segunda mãe ou um segundo pai para a criança. Mas nada garante que a criança irá aceitá-los com naturalidade. Isto será fruto da vivência. Logo, ser convidado para batizar também é convidar para partilhar da vida da família e do crescimento da criança em sua conquista por um lugar no mundo.
Na concepção de algumas pessoas, tarefa inerente ao ser madrinha ou padrinho é apenas presentear a criança com bons brinquedos e só. Mas as madrinhas e os padrinhos têm funções que vão muito além disso, já que madrinhas e padrinhos precisam ter valores semelhantes aos dos pais da criança.
Então, nada de madrinha ou padrinho ausente. Quanto mais presente na vida da criança os padrinhos forem, melhor para todos, já que a criança contará com duas pessoas a mais para apoiá-la (e não mimá-la), e os pais da criança têm uma ajuda a mais para a educação. Uma ajuda de sua confiança.
Portanto, no ritual do batismo,
nos comprometemos a acompanhar e ajudar a criança a realizar o seu projeto de
vida. E se esse projeto de vida tem ou não as suas raízes no plano espiritual,
vai da crença de cada um. O que não varia é que cada um tem um labor sagrado
para realizar em prol do mundo, muito mais do que em prol de si mesmo.” (http://www.bigmae.com/importancia-do-padrinho-e-madrinha-de-batizado/)
*** “PARA AQUELES que dão a
esta cerimônia também uma conotação esotérica, podemos dizer: “Crede e sede batizados”. Jesus fê-lo...
Portanto, vamos entender o significado de crer e ser batizado. Isso significa
ser imerso nas águas vivas de Deus, o fluxo das águas do rio da Vida mencionado
no Livro do Apocalipse.
O toque, o mais suave dos
toques é tudo o que é necessário... Assim, se desejais ser batizado e receber o
certificado do Batismo, sabeis que este é um Batismo para a eternidade. Não
pode ser reforçado ou refeito.” (Elizabeth Clare Prophet, 16 de dezembro de
1979, Summit Lighthouse
do Brasil)
Este especial encontro traduz o carinho que todos nós sentimos por ti,
......., e pela tua família. Este é um momento de confraternização e de paz.
Ele representa principalmente o nosso desejo de que ..... inspire sempre as tuas
ações com base na compreensão e generosidade, as bases do verdadeiro amor. O
amor que inspirou Jesus de Nazaré, Buda, Gandhi e outros grandes homens que se
tornaram referência para a Humanidade.
“Quero que tenhais vida, e vida em abundância”, disse Jesus. “Não é
pouca vida, menos vida, subvida, sobrevivência”, escreve o filósofo Mario Sergio
Cortella (“Não se desespere”) ao citar essa frase de Jesus, que considera uma
das mais impactantes.
“Bênção”, de acordo com a enciclopédia Wikipédia, de uma maneira geral, é um desejo/pedido proferido
oralmente e dirigido a uma Divindade para benefício de uma pessoa, grupo ou
mesmo uma instituição e que pressupõe uma resposta dessa Divindade. Existem
variações e especificações conforme a religião. Mas, quem poderá garantir que o
efeito de uma “bênção” dada por uma pessoa bem intencionada com o mundo,
comprometida com a bondade, a generosidade e o progresso espiritual possa ser
tão diferente da bênção dada por um padre, um monge budista, um pastor
evangélico?...
Ao concluir recentemente a leitura de “Presença – propósito humano e o campo
do futuro”, de Peter Senge e outros, retirei algo de John Milton, referido na
obra, um dos introdutores do movimento ambientalista nos Estados Unidos: “O
aspecto mais importante de uma cerimônia é que ela brote de seu coração - que
expresse a verdade do amor natural ali alojado e que emerja das profundezas do
seu ser.
A verdadeira oferenda é o próprio amor.” Por sua vez, Brian Arthur, também ali citado, bem conhecido por suas ideias sobre a “economia de rede” e a dinâmica dos “lucros positivos em escala”, que já tivera doze experiências em isolamento (solo), diz-nos que a cerimônia é ‘extremamente poderosa – você faz contato com as direções e elas o instruem’. Ao que complementa John: “Não se esqueça: se você expressar sua mais profunda gratidão pela natureza, ficará perplexo com o que ela lhe ensinará”.
A verdadeira oferenda é o próprio amor.” Por sua vez, Brian Arthur, também ali citado, bem conhecido por suas ideias sobre a “economia de rede” e a dinâmica dos “lucros positivos em escala”, que já tivera doze experiências em isolamento (solo), diz-nos que a cerimônia é ‘extremamente poderosa – você faz contato com as direções e elas o instruem’. Ao que complementa John: “Não se esqueça: se você expressar sua mais profunda gratidão pela natureza, ficará perplexo com o que ela lhe ensinará”.
RECEBA ENTÃO, ......., a proteção das fontes de
iluminação deste imenso Universo!
***
Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
Perfeito!!! Obrigada pela publicação MARAVILHOSA!
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