“MAOMÉ insistiu muito, quase
todos os dias de sua vida: ‘Eu sou apenas um mensageiro. Não me adorem, eu
apenas trago uma mensagem do divino. Não olhem para mim, olhem para o divino,
que enviou a mensagem a vocês.’ Mas os maometanos tinham esquecido a fonte.
Maomé se tornou importante, o veículo”, escreve Osho, filósofo indiano, em sua obra “O barco vazio”.
Parado estava eu, logo cedo, na frente do edifício onde resido, em Santos
(SP), aguardando o motorista que me transportaria a serviço à cidade de São
Paulo, enquanto uma casa, próxima do edifìcio, chamava-me a atenção. Eu pensava:
“Uma bonita casa. Mas eu a modernizaria. Há algum tempo, não lembro de ver
movimento nela. Estaria morando alguém?” Passado pouco tempo, surgiu alguém,
como se tivesse adivinhado o meu pensamento. Era uma moça segurando um copo com
café, que ofereceu ao segurança que monitora a quadra da rua. Coincidência?...
Emocionei-me então com a atitude generosa dela.
Eu costumo ler durante o trajeto de minhas viagens a trabalho. E, na obra
que ora estudo, “Intimidade”, também de Osho, identifiquei um trecho que pude
relacionar com a experiência daquela manhã: “E toda a vida começa a despejar a
sua energia dentro de você quando você está aberto”.
Dizem que sempre que o
discípulo está pronto o mestre aparece, observa o fillósofo indiano em sua
outra obra, “O barco vazio”. “Sempre que você está pronto, a verdade é entregue
a você. Não há um intervalo de nem mesmo um instante. Sempre que você está
pronto, acontece imediatamente. Não há intervalo de tempo. Lembre-se de Chuang
Tzu, filósofo chinês. A qualquer momento,
ele pode começar a falar com você, mas, antes que ele comece, você precisa
parar de falar”.
De acordo com Osho, também em “Intimidade”, você não sabe quais bênçãos a
vida despeja sobre você – e nunca vai saber. Você não tem inteligência
suficiente para saber, diz. Para ele, “Você nunca verá a beleza da vida se você
não tiver sensibilidade para conhecê-la. Você nunca verá o verdadeiro milagre
que o envolve, que cruza o seu caminho em milhões de maneiras todos os dias.
Você nunca o verá, porque para vê-lo você precisa de uma tremenda capacidade
para compreender, para sentir, para ser.”
Em psicologia, conforme consta na Wikipédia (a enciclopédia
livre), ações baseadas em interpretações de coincidências são chamadas de
comportamento ‘supersticioso’. “Estatisticamente
é muito difícil comprovar que existe uma relação causal entre duas variáveis, pois ‘correlação’ não
significa necessariamente ‘causalidade’. São
necessários testes empíricos para chegar a uma conclusão de causa e efeito, e
nem sempre isso é possível”, registra a enciclopédia.
Certamente o leitor já experimentou situações envolvendo a “coincidência”. Assim,
interprete cada um da forma que melhor lhe convier. Pessoalmente, tenho
vivenciado seguidamente algumas delas, daí eu começar a ficar mais atento e
questionar esse tipo de evento.
Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
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