Imagem: http://oglobo.globo.com
Sexta-feira, logo cedo. Dia em que costumo ir à
feira-livre. Está sempre ali, ao lado da barraca onde compro frutas, um morador
de rua, ao qual normalmente dou uma pequena contribuição. Hoje, ele se
aproximou de mim bastante emocionado. Brinquei com ele: “Você nunca esquece de
mim!” Foi quando ele desandou a chorar, mostrando-me um pequeno ferimento na
nuca. Foi ela, apontou ele. A sua companheira, com uma faca. E ele chorava,
chorava muito, como que desabafando comigo todo o seu estado de penúria.
Emocionei-me bastante. Emocionei-me com o ser humano batendo à minha porta...
Mas emocionei-me sobretudo com os três cães do pobre homem, juntinhos a ele,
sem desgrudarem, enquanto ele desabafava comigo as mágoas de sua vida. Naquele momento
percebi o amor incondicional daqueles animais. Foi quando imaginei: nada, nada
no mundo pode ser tão valioso para o morador de rua: “o seu cãozinho de
estimação”!
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