EI AMIGO,

D E S P E R T A !

Imagem: www.flickr.com/photos/marilena-rodrigues

Até quando você irá ignorar o que é essencial à sua vida?... Perdoe-me se já tem consciência destes ensinamentos...

ISTO É ESSENCIAL para a sua vida, acredite. Ainda que esteja com pressa, dedique-se agora à leitura deste texto para aprender um pouco a lidar melhor com a sua vida, criando novos hábitos saudáveis. O meu objetivo aqui é levá-lo a um estágio melhor do que o anterior.

Fácil é se deixar levar pela corrente, apesar das consequências da insensatez ao longo do tempo. Mas não é este o objetivo de sua vida. Você precisa dizer ao mundo para que veio. Não é possível viver focado apenas na vantagem. A sua vida há de ter um propósito elevado do ponto de vista da expansão da consciência, para que forças da natureza entrem em ação e você experimente uma sensação de paz e significado.

O seu papel não é apenas servir à sua família, amigos, e dedicar-se a outros interesses pessoais. É agir no sentido de contribuir para a melhoria da condição de pessoas que não trazem benefício direto. Há uma urgência de você passar a agir também desinteressadamente, dando a sua contribuição para a construção de um mundo melhor.

“A tradição da governança diz que estamos todos destinados a governar o mundo. Não precisamos governar o mundo inteiro, mas, se governamos nossa mente e, portanto, nosso ambiente, então a paz e o poder começam de fato a se espalhar para o restante do mundo”, revela Sakyong Mipham, autor de “Governe seu Mundo”.

Porque, como considera esse autor, para uma sociedade ser realmente harmoniosa, ela precisa estar enraizada num princípio mais primordial, alguma coisa que não possa ser comprada nem vendida.

Cada um de nós pode fazer uma profunda diferença em todos os tipos de organização neste mundo incrível, se aceitarmos o chamado da vida para despertar nosso líder interior e melhorar tudo com nosso toque, encoraja Robin Sharma, autor de “O Líder sem Status”, um dos mais respeitados especialistas em liderança do mundo, que li recentemente.

NOVO SIGNIFICADO

Para esse estudioso, quanto mais você alimentar seu ego, que nada mais é que sua parte artificial construída para receber aprovação da maioria, e perder de vista quem você é em sua essência, mais faminto você se tornará. Nosso ego é nossa parte social que cresce à medida que tentamos nos tornar quem o mundo quer que sejamos, em vez de sermos quem realmente somos.

Ele comenta que estamos mais interessados em massagear nosso ego do que em buscar ideais mais nobres; muitas pessoas culpam forças externas pela resistência à maestria que deveriam alcançar, em vez de culpar os medos interiores e as crenças frágeis.

Imagem: http://partidocapitalista.wordpress.co

“Negligenciamos o que significa enxergar algo maior do que nossa própria vida. E erramos em nossas prioridades, dando mais enfoque em nos ajudar a vencer do que em ajudar todos à nossa volta a vencer também”, diz também.

Robin acredita que, se fizermos a vida do outro um pouco melhor, então a nossa vida significará um exercício valioso. “Nunca duvide de que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos possa mudar o mundo. Na verdade, é só isso que o tem mudado”, argumenta.

Para esse filósofo, o sucesso não tem a ver com o que a gente recebe. O sucesso tem tudo a ver com o que a gente dá de volta.

“A moral da história é que, no fim, todas as coisas que passamos a maior parte da vida procurando não são tão importantes assim. Tudo que precisamos quando nossa vida acaba é de seis palmos de terra. O que conta mesmo é o que deixamos para trás. Encorajo-o, com isso, a pensar em seu legado. Estou convidando-o a pensar em como deseja ser lembrado quando não estiver mais aqui. Reflita sobre as realizações que deseja alcançar para deixar sua marca às gerações que virão. Leve em consideração o tipo de pessoa que deve se tornar para que sua vida seja excelente, significativa e poderosa”, ressalta.

COLEGAS DE TRABALHO

Eis um ponto interessante para Sakyong Mipham: “Simplesmente nos sentamos em frente à nossa mesa durante cinco minutos, deixamos que a mente se acalme e a colocamos no seguinte pensamento: ‘Que meus colegas de trabalho sejam felizes’. Algumas pessoas talvez não estejam trabalhando com tanto afinco quanto deveriam; alguns talvez tenham cometido erros. Sempre vamos deparar com esses altos e baixos pontuais; por isso, não precisamos nos distrair excessivamente com eles. Podemos nos estabilizar em um nível de consciência mais profundo. Orientar a mente para o céu ajuda-nos a ser magnânimos, ao contrário de opressivos”.

Ao longo do dia, prossegue o autor, podemos contemplar o pensamento: “Que eu sirva de veículo para a felicidade de outras pessoas”.

AGRADECER O TRABALHO DAS PESSOAS

Agir com engenho significa saber o que vamos dizer e o que isso significará para outras pessoas, escreve Sakyong. Antes de falar, perguntamos a nós mesmos: “Como isso ajudará?”, orienta.

Segundo o autor, na prática da engenhosidade, consideramos qual a melhor maneira de ajudar os outros, e não a melhor maneira de evitar ferir seus sentimentos. Ele instrui: “Queremos ajudar as pessoas a se expressarem, não reprimi-las. Somos engenhosos quando reconhecemos os esforços virtuosos de outras pessoas, mesmo que o trabalho delas não seja óbvio para mais ninguém. Quando elas fazem um bom trabalho, retribuímos com apreciação, elogio, afeto ou um presente. Nosso encorajamento traz deleite; dá significado ao trabalho das pessoas. Quando elas se sentem desmotivadas, promovemos a inspiração”

INSPIRAÇÃO

“Por favor, não me diga que não tem tempo para se exercitar todos os dias. Quem não tem tempo para o exercício diário encontra tempo para a doença diária, saiba disso”, revela Robin Sharma.

Para ele, um dia em que você não se sinta inspirado é um dia que não foi bem vivido. “Você precisa reabastecer seu polo de inspiração diariamente, porque os desafios da vida o sugam todos os dias. Faça sempre o necessário para ser a pessoa mais inspirada do ambiente”.

Sharma diz: “Estar em contato com pessoas interessantes, que adoram ser incríveis, éticas e originais, nutre sua paixão e o incita a dar o melhor de sua liderança. Estar em harmonia com a natureza é outra forma efetiva de manter aceso seu fogo criativo e deixá-lo sempre animado para realizar coisas grandiosas no trabalho. Sempre que posso, viajo para o interior. Caminhar sozinho pela mata é como uma cura milagrosa para o estresse da cidade. Se apenas trabalhar o tempo todo, seus reservatórios de potencial vão secar e logo você estará esgotado”.

É claro que existem outras alternativas: praticar um esporte, criar o hábito da leitura, frequentar um templo, desenvolver uma prática de voluntariado... A questão básica é a pessoa despertar para a necessidade e investir esforço no sentido de renovar constantemente sua existência. 

Sharma lembra que os grandes realizadores compreendem a necessidade de constantemente alternar entre o desempenho excelente e a renovação interior.

Imagem: http://aventar.eu

Após esta reflexão, tente incorporar esses ensinamentos em seu cotidiano, tomando algumas iniciativas para fazer diferença no mundo. Pois tudo se resume a isto: ser humano e realizar sempre o melhor de si.

Robin Sharma fala apropriadamente que todos os seres humanos têm esses desejos essenciais em seu interior, quer saibam conscientemente disso ou não. “Cada um de nós quer sentir que está expandindo seu próprio potencial e crescendo como pessoa. Todos queremos saber que, independentemente de nossa atividade, estamos fazendo alguma diferença; saber que estamos vivendo de maneira que, quando chegarmos ao fim da vida, não sentiremos que foi em vão. Ninguém quer chegar ao leito de morte, olhar para trás e ver uma vida que não valeu nada”.

Pois, como nos lembra Mahatma Gandhi: “De maneira delicada, você pode abalar o mundo”.

Finalmente, considero “O Líder sem Status” uma obra muito útil para ser lida por jovens que iniciam a carreira profissional e apreciam a leitura. A obra dá uma lição sobre como trabalhar com as pessoas e influenciá-las de maneira positiva, independentemente do cargo que se ocupa numa empresa. 

Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com