“Quando você descobrir qual é a obra da sua vida, o seu mundo será iluminado. Você vai se levantar todo dia de manhã com uma reserva ilimitada de entusiasmo e energia. Todos os seus pensamentos vão estar focados no seu objetivo definido. Você não vai ter tempo a perder”, escreve Robin Sharma em sua obra “O monge que vendeu sua Ferrari”, que leio atualmente.
Narra o escritor que o valioso poder da mente não vai, assim, ser desperdiçado em pensamentos triviais. “Você vai automaticamente apagar o hábito de ficar preocupado e vai se tornar muito mais eficiente e produtivo. E o interessante é que você também terá uma profunda sensação de harmonia, como se estivesse, de alguma maneira, sendo guiado para cumprir a sua missão.”
LEVANTAR COM O SOL
“Sabe por que a maioria das pessoas dorme tanto?”, pergunta um dos personagens da obra. “Porque elas realmente não têm muito mais o que fazer. Aquelas que se levantam com o sol têm, todas, algo em comum. Todas elas têm um propósito que abastece o fogo do seu potencial interior.
São guiadas por prioridades, mas não de uma maneira obsessiva e nada saudável. É mais suave e não requer esforço. E, dado o entusiasmo e o amor que elas têm pelo que fazem na vida, elas vivem no momento. Sua atenção está voltada para o aqui e o agora. Por isso elas não vazam energia. São as pessoas mais vibrantes e vigorosas que você pode ter a sorte de conhecer”, observa o personagem, um advogado bem sucedido que virou monge. COMO PNEU DE BICICLETA
Para o autor, há uma sabedoria secular segundo a qual muitos de nós somos consumidos por preocupações desnecessárias e intermináveis. E que isso suga nossa energia e vitalidade naturais. “Você já viu a parte interna de um pneu de bicicleta?”, exemplifica.
“Quando está todo inflado, ele pode facilmente levar alguém a seu destino. Mas, se tiver algum furo ou vazamento, a câmara acaba se esvaziando e a viagem chega a um fim repentino. É assim que a mente trabalha. As preocupações fazem vazar o seu potencial e a sua preciosa energia mental, assim como o ar vazando da câmara de uma bicicleta. E logo você fica sem energia. Toda a sua criatividade, seu otimismo e sua motivação são exauridos e deixam você exausto”.
MUDAR O OLHAR...
“A repetição de nossa memória nociva pode nos atrair na direção de anos de aceitação de mais dessa mesmice, desperdiçando tempo com uma existência medíocre que fracassa na realização das próprias expectativas. Infelizmente, esse método de sobrevivência nos priva da habilidade de viver como deveríamos”, cita o livro “O efeito sombra”, escrito por Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson.
Segundo essa obra, podemos fazer pequenas mudanças aqui e ali, mas, quando nos lançamos um olhar sincero, talvez vejamos que nunca nos reinventamos completamente. “É provável que sejamos como a maioria das pessoas – nos arrumamos um pouquinho, colocamos um remendo em uma parte da vida que não está dando certo e criamos uma versão ligeiramente nova de quem já fomos. Mesmo as coisas as quais fantasiamos são repetitivas e monótonas”.
Para os autores, olhando para a própria vida, a maioria de nós pode reconhecer as limitações e a repetição dos papéis que interpretamos. É claro que é muito mais fácil identificar os papéis que amigos e familiares estão interpretando que os nossos.
E então complementam: “O inacreditável é que mesmo que o papel que designemos a nós mesmos seja tedioso, infeliz, repetitivo ou desagradável, nós nos agarramos a ele ao longo da vida, o tempo todo racionalizando os motivos por não conseguirmos ser mais do que somos, ou não possuirmos mais do que temos. Sem saber, fomos nós que nos escalamos para interpretar alguma versão desse personagem, ano após ano, e raramente – se é que ocorre – nos permitimos a aventura de um papel que não seja familiar, ou de nível de expressão pessoal que ainda não conhecemos”.
PARA REFLETIR
“Acontece que toda hora é hora de avançar na evolução pessoal, de subir mais um degrau”, ensina Dalai-Lama. Para o monge budista tibetano, “Todos nós queremos felicidade e não sofrimento, mas nos deparamos com torrentes incessantes de sofrimento. Se tentarmos descobrir de onde provém esse sofrimento, perceberemos que ele vem de dentro de nós. As emoções aflitivas, interiores, que residem dentro de nossas mentes, são a verdadeira origem do problema... A causa não é o chamado inimigo externo...”
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Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com
Dia desses deparei-me com este artista solitário a tocar seu inusitado instrumento musical, na esquina mais movimentada e barulhenta da Cidade. Dentro do meu carro, vidros fechados por causa do calor e rádio ligado. Num flash de olhar fiquei imaginando: será que ele está sendo ouvido neste lugar ? De repende, a surpresa: descobri que SIM ele estava sendo ouvido !!! Quem olhasse para ele como olhei, com a sensibilidade do espírito, passaria a ouvir o lindo e melodioso som do inusitado instrumento tocado pelo artista na esquina mais movimentada da Cidade. O Sinal ficou verde, voltei a mim e segui meu caminho.
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