sexta-feira, 27 de maio de 2011

MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIA

Imagem: http://kadampa.org/pt/
“Estão conseguindo fazer em Harvard a união de crenças milenares do budismo com a neurociência, mostrando como a meditação altera áreas do cérebro e produz bem-estar: menos ansiedade, depressão e dores crônicas. E até menos propensão à obesidade”, relata Gilberto Dimenstein em sua crônica “Devagar se vai longe?” (Folha de S. Paulo, Cotidiano, 6/2/2011).

Eckhart Tolle, em sua obra “O poder do agora”, revela: “Ouvir o silêncio cria imediatamente uma serenidade dentro de nós. Só a serenidade dentro de nós percebe o silêncio lá fora. E o que é a serenidade senão a presença, a consciência livre das formas de pensamento?”

Dimenstein conta que 2.250 universitários de Harvard foram submetidos a testes de ressonância magnética, depois de passarem por exercício de meditação. “As imagens exibiram ampliação das áreas do cérebro associadas à memória, à aprendizagem e ao equilíbrio emocional e redução daquelas ligadas ao estresse”.

Segundo o cronista, essa química entre a meditação, um conhecimento de 2.500 anos, e neurocientistas e psiquiatras, munidos com máquinas que detalham o funcionamento do cérebro, reflete a inquietação dos cientistas diante da epidemia de ansiedade, traduzida no consumo crescente de remédios.

“Por trás dessa discussão existe a suspeita de que tanta pressa está deixando as pessoas inseguras, perdidas em meio a tanta informação.
Se alguém não estiver apressado ou, pelo menos, parecendo apressado, deve ser um desocupado e, portanto, um fracassado”, escreve Dimenstein.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO

Professor de psicologia da Faculdade de Medicina de Harvard, Ronald Siegel criou um centro de pesquisa, próximo ao campus, em que se investigam os efeitos da meditação e como colocá-la no cotidiano. Ele lançou recentemente um livro sobre técnicas da atenção, “Mindfulness Solution”.

Dimenstein revela que todos daquele instituto são professores ou pesquisadores convencidos de que aprender a se concentrar, vivendo melhor o presente, produz gente mais equilibrada e eficiente. “São ensinadas técnicas simples. Ronald Siegel, por exemplo, caminha de um jeito diferente: ele se concentra em cada passo e observa como o movimento produz reações em seu corpo. Deixa-se entregar ao voo de um passarinho, à brisa que bate em seu rosto ou aos risos de uma criança brincando no parque, sempre observando como cada coisa se passa dentro dele”, observa o cronista.

O Budismo Kadampa, www.budismo.org.br, orienta: “Imagine um dia daqueles difíceis, incluindo dores. Quando você dorme o que acontece? Tudo some! Por quê? Dores físicas e estresse são mentes densas e, quando dormimos, elas se desfazem, como nuvens no céu. Quando meditamos acontece o mesmo, questão de tempo e persistência.”
Meditação é um método para que a mente fique calma e pacífica. Muito do estresse e tensão que experimentamos provém de nossa mente.  Praticando meditação e aprendendo como gerar mentes positivas, podemos nos livrar de aborrecimentos e desconforto mental e desenvolver paz interior e felicidade, pregam os budistas. 
Revisão do texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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