Foto: Marilena Rodrigues, http://photopoetica.zip.net |
Em velório, frequentemente nos surpreendemos deixando o pensamento fluir em uma análise de quem foi aquele que ora faz a sua transição. Se sua vida valeu a pena, que legado deixa ao mundo! Se foi capaz de angariar afetos, qual não será o desdobramento dessa morte para aqueles que ficam!...
Anderson Cavalcante aborda essa questão em sua obra “O que realmente importa?”. Ele comenta: “Eu sei que pode parecer forte, mas tente pensar o que diriam sobre você no seu velório. Quais seriam as lembranças boas que as pessoas teriam depois de sua morte? Pense nas pessoas de sua família, em seus amigos, seus colegas de trabalho e mesmo pessoas que você não conhece, mas que talvez tenham alguma referência sua”.
Conta o escritor que “Há quem simplesmente se recuse a pensar na própria morte, mas, às vezes, colocar a morte em perspectiva nos ajuda a valorizar mais a vida. Você, com certeza, faria muita coisa de modo absolutamente diferente se soubesse que amanhã já não estaria aqui. Então não perca a chance de fazer diferente enquanto está aqui. Pense quais são as impressões e os sentimentos que deixaria depois que morresse e avalie se eles condizem com o que você gostaria no fundo de sua alma”.
Anderson sugere então algumas perguntas:
“ - O que eu gostaria que falassem de mim no meu velório?
- Como eu gostaria de ser lembrado após minha morte?
- De que irei me orgulhar muito?
- Que legado desejo deixar para as pessoas mais importantes de minha vida?
- Que contribuição eu deixo para a humanidade nesta minha passagem pelo mundo?”
Cada um de nós tem um propósito elevado na vida, ainda que muitas pessoas o mantenham adormecido. “Ninguém está aqui por acaso. Todos nós temos uma missão no mundo. E essa missão é o combustível da alma. É dela que nasce a energia para viver em plenitude”, acredita Anderson.
Eu penso que quem se fecha em si mesmo vive angustiado e acomodado, criando um mundo de falsas ilusões por não descobrir o real significado de sua vida, que envolve a capacidade de permanentemente mudar a realidade.
“Porque sozinhos até podemos conseguir realizar nossa missão, mas ela será muito mais repleta de significados se outras pessoas estiverem envolvidas e motivadas em prol dessa causa maior. Para tanto, temos de espalhar nossa fé por onde passamos”, revela Anderson.
Na opinião do psiquiatra e escritor Roberto Shinyashiki (“A coragem de confiar”), as pessoas vivem de uma maneira que não gostam e fazem o que não querem para chegar a um lugar que não faz sentido para elas.
Para Shinyashiki, “Fazer parte da história é contribuir positivamente para que a vida de alguém seja melhor. É deixar uma marca pessoal nos lugares por onde você passar, de tal maneira que as pessoas se sintam tocadas e estimuladas a se tornar melhores, simplesmente pelo fato de terem estado com você”.
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