Li, em outubro de 2005, “Jesus, o maior psicólogo que já existiu”, de Mark W. Baker. Uma leitura obrigatória para quem busca o essencial da vida. Baker, psicólogo, Ph.D., é muito solicitado como orador em igrejas, universidades e reuniões sobre psicologia. Nessa obra, ele examina algumas das principais parábolas da Bíblia à luz do pensamento psicológico contemporâneo. Em cada capítulo, Baker conta a história de um paciente e indica a passagem bíblica com a qual ela se relaciona.
“Não condene o que você não entende. Jesus nos advertiu das armadilhas que encontramos ao julgar os outros.
Ele sabia que nossos julgamentos se baseiam em informações distorcidas por nosso modo de ser e que não correspondem necessariamente à realidade. Precisamos acreditar que sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada novo virá nos perturbar”, escreve o autor. Ele narra que esse temor do desconhecido nos leva a julgar e rotular pessoas e coisas; quando sentimos esse tipo de medo, condenamos o que não compreendemos, diz.
Baker observa: “Os fatos não mudam, mas as crenças, sim. Jesus ensinou que as crenças são modificadas pela fé e não pelos fatos. As pessoas sábias estão sempre abertas a novas idéias e crenças, e até a respeito de si mesmas. Baseamos a nossa vida mais no que acreditamos do que no que sabemos. A vida está mais ligada à fé do que ao conhecimento”.
Alimento também o meu diário pessoal com sínteses de livros, como esta que ora apresento. Trata-se de conhecimentos que, em algum momento, precisam ser compartilhados. Se as pessoas que não têm o hábito da leitura se dessem a oportunidade de ler alguns livros, como este “Jesus, o maior psicólogo...”, por exemplo, certamente mudariam alguns de seus conceitos limitados, avançando como seres humanos construtivos.
“Quando achamos que já chegamos, paramos de avançar”, observa Baker. Segundo esse psicólogo, precisamos de outra pessoa que nos revele coisas a nosso respeito que não conseguimos ver.
Com base em Lucas 16:15, “Sois aqueles que vos justificais”, o escritor relata que a vida seria melhor se pensássemos com mais frequência que a nossa salvação consiste em restabelecer os relacionamentos rompidos. “Quando um relacionamento se rompe, a maioria das pessoas se preocupa em descobrir quem está errado. Quando somos feridos, procuramos logo o culpado, querendo que pague por isso. Jesus, por outro lado, achava que as coisas poderiam ser reparadas a partir do que damos aos outros e não do que recebemos deles como forma de pagamento. Nós nos salvamos restaurando os relacionamentos”.
Há algo no livro que me deixou um pouco mais tranquilo, por viver atualmente uma situação semelhante à citação: “Pode-se perfeitamente perdoar as pessoas, mas optar por não permitir que elas voltem a fazer parte da nossa vida, se acharmos que recebê-las de volta não seria uma boa coisa”.
“Todos saberão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros”, João 13:35
De acordo com o escritor, Jesus sabia que nós não temos de ser condenados a repetir a mesma história, mas esta se repetirá enquanto não recebermos ajuda dos outros. Precisamos do ponto de vista dos outros a fim de verdadeiramente compreender a nós mesmos. Podemos então optar por viver uma vida nova e diferente, por estarmos mais conscientes das influências inconscientes que estão determinando nossos comportamentos e nossa vida.
“Não somos unidades autossuficientes e sim seres interligados”, escreve Baker. Para ele, menosprezar aqueles que não compreendemos decorre de um amor próprio excessivo, que prejudica a nossa própria saúde espiritual e psicológica. Ao achar que não precisamos do que outros têm a nos oferecer, estamos causando um dano a nós mesmos, explica.
Jesus sabia que o “status” e o poder não tornam uma pessoa importante. O que faz uma pessoa importante é a sua capacidade de servir os outros.
Como crianças
“Em verdade vos digo, se não vos transformardes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus. Pois aquele que se fizer humilde como uma criança será o maior no reino dos céus”, disse o Mestre.
Conta Baker que Jesus ensinou que o que sentimos no coração determina quem somos. Ele falou em renascer, viver com fé e ter um coração de criança; queria que fôssemos como crianças porque estas são inocentes, crédulas e abertas às suas emoções. As pessoas profundamente espiritualizadas têm consciência de suas emoções. E as utilizam de forma madura no dia-a-dia.
Baker crê ainda existir uma diferença entre ser infantil e ser como as crianças. Ser infantil é ser imaturo e se recusar a assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como as crianças é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser capaz de se entregar confiante e limpamente às emoções.
“Se eles dormem e se sentem tranquilos, são crianças. Só uma criança não tem consciência das misérias dos outros e não é responsável por elas. Só uma criança come fartamente e dorme serenamente enquanto há outras crianças morrendo de fome”, escreve Augusto Cury em “O futuro da humanidade”.
Jesus recomendou que as pessoas se tornassem crianças para serem mais abertas e confiantes, observa Baker. Jesus gostava de desafiar a maneira como as pessoas pensam. Para sermos grandes, dizia Ele, precisamos ser pequenos. Para sermos líderes, precisamos servir aos outros. Para sermos profundos pensadores, temos de ser capazes de sentir. O Mestre ensinou que da identidade do ser humano também participa o coração.
Transformação e mudança de consciência
Cada vez mais me atrevo a superar limites em determinados relacionamentos. E posso dizer que tem valido a pena. Cada vez mais me asseguro que a mudança no relacionamento depende mais da nossa disposição de se rever e se modificar, do que esperar a transformação natural do outro. A nossa mudança e consequente crescimento pessoal é o grande desafio, é o que nos permite acreditar que somos capazes de transformar seres humanos. Mas para isto é preciso coragem. Desvencilhar-se de argumentos que nos levam a preterir o outro e a desistir da tentativa de aproximação.
É preciso construir essa nossa nova pessoa. Aquele alguém que toda manhã, por exemplo, passa indiferente pela gente, sem ao menos nos cumprimentar, é um bom começo. Tomar a iniciativa de passar a acolher aquela pessoa, cumprimentando-a diariamente, pode mudar informações distorcidas de um pelo outro. Tenho experimentado esse desafio e me surpreendido com o resultado. Como diz a monja budista Cohen, “Quando sorrimos para o mundo, o mundo sorri para nós”.
“Faça algo novo. Mesmo que sejam pequenas mudanças na forma em que você tem vivido, mesmo que sejam mudanças em sua forma de andar, na forma de falar”, escreve Osho em sua obra “Aprendendo a silenciar a mente”.
Para Dulce Critelli, terapeuta existencial e professora de filosofia, “Liberdade é começar o improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças, determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir novos tempos”.
Em “Um pássaro em voo”, Osho nos leva a esta reflexão: “Nossa vida inteira é um errar à toa. Você pode fazer isto porque não está consciente de como desperdiça o tempo, como você desperdiça energia, como finalmente a vida está perdida e você não está atento. Está escorrendo pelo ralo. Tudo está escorrendo pelo ralo. Só quando a morte chegar, você poderá se dar conta, atento: o que eu fiz? O que eu fiz da minha vida? Uma grande oportunidade foi perdida. O que eu estava fazendo, errando à toa? Você não estava sóbrio. Você nunca refletiu sobre o que estava fazendo”.
E então, para finalizar, busco em Deepak Chopra, “A paz é o caminho”, algo que sintetiza minha atual concepção sobre a vida: “Se você pretende mudar sua consciência tão completamente a ponto de a violência ser extinta, deixará de ser uma personalidade motivada pelo ego. Não terá nenhum interesse pessoal na política, na psicologia, no dinheiro ou no futuro. Só se interessará pela região intemporal onde nasce a consciência. Encontre esse campo gerador e todos os dias que o tocar, mesmo que de leve, aumentará a paz do mundo. Em um determinado momento, você permanecerá o cidadão interessado, aquele que faz o bem, a pessoa cheia de esperança”.
“Não condene o que você não entende. Jesus nos advertiu das armadilhas que encontramos ao julgar os outros.
Ele sabia que nossos julgamentos se baseiam em informações distorcidas por nosso modo de ser e que não correspondem necessariamente à realidade. Precisamos acreditar que sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada novo virá nos perturbar”, escreve o autor. Ele narra que esse temor do desconhecido nos leva a julgar e rotular pessoas e coisas; quando sentimos esse tipo de medo, condenamos o que não compreendemos, diz.
Baker observa: “Os fatos não mudam, mas as crenças, sim. Jesus ensinou que as crenças são modificadas pela fé e não pelos fatos. As pessoas sábias estão sempre abertas a novas idéias e crenças, e até a respeito de si mesmas. Baseamos a nossa vida mais no que acreditamos do que no que sabemos. A vida está mais ligada à fé do que ao conhecimento”.
Alimento também o meu diário pessoal com sínteses de livros, como esta que ora apresento. Trata-se de conhecimentos que, em algum momento, precisam ser compartilhados. Se as pessoas que não têm o hábito da leitura se dessem a oportunidade de ler alguns livros, como este “Jesus, o maior psicólogo...”, por exemplo, certamente mudariam alguns de seus conceitos limitados, avançando como seres humanos construtivos.
“Quando achamos que já chegamos, paramos de avançar”, observa Baker. Segundo esse psicólogo, precisamos de outra pessoa que nos revele coisas a nosso respeito que não conseguimos ver.
Com base em Lucas 16:15, “Sois aqueles que vos justificais”, o escritor relata que a vida seria melhor se pensássemos com mais frequência que a nossa salvação consiste em restabelecer os relacionamentos rompidos. “Quando um relacionamento se rompe, a maioria das pessoas se preocupa em descobrir quem está errado. Quando somos feridos, procuramos logo o culpado, querendo que pague por isso. Jesus, por outro lado, achava que as coisas poderiam ser reparadas a partir do que damos aos outros e não do que recebemos deles como forma de pagamento. Nós nos salvamos restaurando os relacionamentos”.
Há algo no livro que me deixou um pouco mais tranquilo, por viver atualmente uma situação semelhante à citação: “Pode-se perfeitamente perdoar as pessoas, mas optar por não permitir que elas voltem a fazer parte da nossa vida, se acharmos que recebê-las de volta não seria uma boa coisa”.
“Todos saberão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros”, João 13:35
De acordo com o escritor, Jesus sabia que nós não temos de ser condenados a repetir a mesma história, mas esta se repetirá enquanto não recebermos ajuda dos outros. Precisamos do ponto de vista dos outros a fim de verdadeiramente compreender a nós mesmos. Podemos então optar por viver uma vida nova e diferente, por estarmos mais conscientes das influências inconscientes que estão determinando nossos comportamentos e nossa vida.
“Não somos unidades autossuficientes e sim seres interligados”, escreve Baker. Para ele, menosprezar aqueles que não compreendemos decorre de um amor próprio excessivo, que prejudica a nossa própria saúde espiritual e psicológica. Ao achar que não precisamos do que outros têm a nos oferecer, estamos causando um dano a nós mesmos, explica.
Jesus sabia que o “status” e o poder não tornam uma pessoa importante. O que faz uma pessoa importante é a sua capacidade de servir os outros.
Como crianças
“Em verdade vos digo, se não vos transformardes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos céus. Pois aquele que se fizer humilde como uma criança será o maior no reino dos céus”, disse o Mestre.
Conta Baker que Jesus ensinou que o que sentimos no coração determina quem somos. Ele falou em renascer, viver com fé e ter um coração de criança; queria que fôssemos como crianças porque estas são inocentes, crédulas e abertas às suas emoções. As pessoas profundamente espiritualizadas têm consciência de suas emoções. E as utilizam de forma madura no dia-a-dia.
Baker crê ainda existir uma diferença entre ser infantil e ser como as crianças. Ser infantil é ser imaturo e se recusar a assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como as crianças é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser capaz de se entregar confiante e limpamente às emoções.
“Se eles dormem e se sentem tranquilos, são crianças. Só uma criança não tem consciência das misérias dos outros e não é responsável por elas. Só uma criança come fartamente e dorme serenamente enquanto há outras crianças morrendo de fome”, escreve Augusto Cury em “O futuro da humanidade”.
Jesus recomendou que as pessoas se tornassem crianças para serem mais abertas e confiantes, observa Baker. Jesus gostava de desafiar a maneira como as pessoas pensam. Para sermos grandes, dizia Ele, precisamos ser pequenos. Para sermos líderes, precisamos servir aos outros. Para sermos profundos pensadores, temos de ser capazes de sentir. O Mestre ensinou que da identidade do ser humano também participa o coração.
Transformação e mudança de consciência
Cada vez mais me atrevo a superar limites em determinados relacionamentos. E posso dizer que tem valido a pena. Cada vez mais me asseguro que a mudança no relacionamento depende mais da nossa disposição de se rever e se modificar, do que esperar a transformação natural do outro. A nossa mudança e consequente crescimento pessoal é o grande desafio, é o que nos permite acreditar que somos capazes de transformar seres humanos. Mas para isto é preciso coragem. Desvencilhar-se de argumentos que nos levam a preterir o outro e a desistir da tentativa de aproximação.
É preciso construir essa nossa nova pessoa. Aquele alguém que toda manhã, por exemplo, passa indiferente pela gente, sem ao menos nos cumprimentar, é um bom começo. Tomar a iniciativa de passar a acolher aquela pessoa, cumprimentando-a diariamente, pode mudar informações distorcidas de um pelo outro. Tenho experimentado esse desafio e me surpreendido com o resultado. Como diz a monja budista Cohen, “Quando sorrimos para o mundo, o mundo sorri para nós”.
“Faça algo novo. Mesmo que sejam pequenas mudanças na forma em que você tem vivido, mesmo que sejam mudanças em sua forma de andar, na forma de falar”, escreve Osho em sua obra “Aprendendo a silenciar a mente”.
Para Dulce Critelli, terapeuta existencial e professora de filosofia, “Liberdade é começar o improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças, determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir novos tempos”.
Em “Um pássaro em voo”, Osho nos leva a esta reflexão: “Nossa vida inteira é um errar à toa. Você pode fazer isto porque não está consciente de como desperdiça o tempo, como você desperdiça energia, como finalmente a vida está perdida e você não está atento. Está escorrendo pelo ralo. Tudo está escorrendo pelo ralo. Só quando a morte chegar, você poderá se dar conta, atento: o que eu fiz? O que eu fiz da minha vida? Uma grande oportunidade foi perdida. O que eu estava fazendo, errando à toa? Você não estava sóbrio. Você nunca refletiu sobre o que estava fazendo”.
E então, para finalizar, busco em Deepak Chopra, “A paz é o caminho”, algo que sintetiza minha atual concepção sobre a vida: “Se você pretende mudar sua consciência tão completamente a ponto de a violência ser extinta, deixará de ser uma personalidade motivada pelo ego. Não terá nenhum interesse pessoal na política, na psicologia, no dinheiro ou no futuro. Só se interessará pela região intemporal onde nasce a consciência. Encontre esse campo gerador e todos os dias que o tocar, mesmo que de leve, aumentará a paz do mundo. Em um determinado momento, você permanecerá o cidadão interessado, aquele que faz o bem, a pessoa cheia de esperança”.
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