quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Literatura digerida

Surpreende-me encontrar jornalistas desenvolvendo trabalhos nos moldes de artigos que produzo para o meu blog, http://tomsimoes.criarumblog.com.  O britânico John Crace, por exemplo, inaugura um modo inédito de tratar a literatura, segundo o artigo “Em Voz Alta”, de autoria de Sylvia Colombro, publicado na Folha de S.Paulo, Ilustrada, de 7 de outubro de 2008. Há três anos, Crace é o responsável pela coluna “Digested Read” (literatura condensada, ou, mais literalmente, digerida), do diário “The Guardian”.
 

Segundo o artigo de Sylvia Colombo, não deve ser fácil para um escritor, que dedica meses ou anos da vida a redigir um romance, ver sua obra resumida a um texto de cerca de 500 palavras, ou a uma síntese oral que dura entre cinco a oito minutos. É que no começo de 2008, Crace lançou uma versão em podcast (pequeno programa de rádio, que pode ser ouvido via internet) do projeto. 


O jornalista britânico mostra como muitos livros podem facilmente perder dezenas de páginas sem prejuízo para seu significado principal ou para as características marcantes de seus personagens, relata Sylvia.


Para dar conta de devorar e condensar tantas páginas, conta Sylvia, John Crace diz que lê uma média de 40 a 50 páginas por hora. Um livro de 300 páginas vai num período de duas sessões de cerca de três horas, “com um intervalo, é claro, para impedir que eu fique completamente louco”.

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