É claro que é preciso evitar acidentes que podem ser fatais. É claro que é preciso todo cuidado para o transporte de crianças em veículos e que o cinto de segurança deve ser utilizado também por aqueles que são transportados no banco de trás, inclusive as crianças... Entretanto, o que me pergunto é por que, frente a tantas gravíssimas situações de violência a que estão sujeitas nossas crianças, os poucos casos de morte de crianças em acidentes de carro, transportadas ou não em cadeirinhas, é que geraram uma atitude prática para ao menos minimizar o problema. Será que foi por haver uma solução possível em curto prazo?
Quem ler “Cultura do Medo”, de autoria do sociólogo americano Barry Glassner”, não haverá de estranhar a razão de tal abordagem. Neste blog, http://tomsimoes.criarumblog.com, escrevi algo sobre a obra.
“Um dos paradoxos relativos a uma cultura do medo é que os problemas sérios continuam amplamente ignorados. A pobreza ainda se correlaciona com molestamento de crianças, crimes e consumo de drogas”, escreve Glassner.
Nesse original estudo sobre o medo, o sociólogo revela: “os que manipulam as percepções e lucram com as ansiedades: políticos oportunistas, organizações de defesa do interesse próprio, mídia inescrupulosa”. Entre as estatísticas que avaliou, a sua preferida é a que mostra que o crime nos EUA decresceu em 20% – mas as notícias sobre o crime aumentaram 600%. O crime cai, o medo do crime aumenta”. É preciso refletir sobre o porquê.
Uma criança pode morrer ao ser transportada sem a devida cadeirinha. E milhares de crianças podem morrer de fome e ficar sem assistência médica. Mas, neste caso, não há empresários interessados em “fabricar” ideias para minimizar o número de crianças desnutridas e doentes que correm também o risco de morte.
Não é preciso ir tão longe. Na própria capital de São Paulo, há centenas de crianças vivendo desumanamente nas ruas, ao lado dos pais desabrigados.
Que tal se houvesse uma lei obrigando a proteção dessas crianças? Há apenas um ou outro cidadão generoso que consegue fazer algo por elas.
Desde o dia 1o de setembro de 2010 estão em vigor novas regras para o transporte de crianças de até sete anos e meio de idade. A punição é de sete pontos na carteira de motorista mais multa de R$ 191,54.
Tudo bem, a obrigatoriedade de capacete para motoqueiros. Tudo bem, a obrigatoriedade de cinto de segurança... Mas há pais que também adquirem a cadeirinha, sim, espontaneamente, sem essa pressão.
Se não houve efetivamente uma estratégia mercantilista para a obrigatoriedade da cadeirinha, como talvez possa ter sido insinuado, perdoem-me. Considerem o que leram como um desabafo, sobretudo quanto ao pouco enfrentamento de outros problemas graves com que as crianças são agredidas.
Quem ler “Cultura do Medo”, de autoria do sociólogo americano Barry Glassner”, não haverá de estranhar a razão de tal abordagem. Neste blog, http://tomsimoes.criarumblog.com, escrevi algo sobre a obra.
“Um dos paradoxos relativos a uma cultura do medo é que os problemas sérios continuam amplamente ignorados. A pobreza ainda se correlaciona com molestamento de crianças, crimes e consumo de drogas”, escreve Glassner.
Nesse original estudo sobre o medo, o sociólogo revela: “os que manipulam as percepções e lucram com as ansiedades: políticos oportunistas, organizações de defesa do interesse próprio, mídia inescrupulosa”. Entre as estatísticas que avaliou, a sua preferida é a que mostra que o crime nos EUA decresceu em 20% – mas as notícias sobre o crime aumentaram 600%. O crime cai, o medo do crime aumenta”. É preciso refletir sobre o porquê.
Uma criança pode morrer ao ser transportada sem a devida cadeirinha. E milhares de crianças podem morrer de fome e ficar sem assistência médica. Mas, neste caso, não há empresários interessados em “fabricar” ideias para minimizar o número de crianças desnutridas e doentes que correm também o risco de morte.
Não é preciso ir tão longe. Na própria capital de São Paulo, há centenas de crianças vivendo desumanamente nas ruas, ao lado dos pais desabrigados.
Que tal se houvesse uma lei obrigando a proteção dessas crianças? Há apenas um ou outro cidadão generoso que consegue fazer algo por elas.
Desde o dia 1o de setembro de 2010 estão em vigor novas regras para o transporte de crianças de até sete anos e meio de idade. A punição é de sete pontos na carteira de motorista mais multa de R$ 191,54.
Tudo bem, a obrigatoriedade de capacete para motoqueiros. Tudo bem, a obrigatoriedade de cinto de segurança... Mas há pais que também adquirem a cadeirinha, sim, espontaneamente, sem essa pressão.
Se não houve efetivamente uma estratégia mercantilista para a obrigatoriedade da cadeirinha, como talvez possa ter sido insinuado, perdoem-me. Considerem o que leram como um desabafo, sobretudo quanto ao pouco enfrentamento de outros problemas graves com que as crianças são agredidas.
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