sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

EMPRESAS INOVADORAS ESTIMULAM PROFISSIONAIS A CONEXÕES COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO

Imagem: www.flickr.com/photos/marilena-rodrigues
ASSISTINDO na última terça-feira, 26 de outubro, às 22h30, ao programa "Márcia Peltier Entrevista", na rede CNT, que, por sinal, recomendo por se tratar daquelas saudáveis raridades da televisão brasileira, tive o prazer de ouvir o físico Marcelo Gleiser, do Dartmouth College, renomada universidade norte-americana, em Hanover, EUA, abordando ciência em geral.

Na oportunidade, Marcelo comentou sobre o incentivo que empresas americanas dão hoje ao interesse dos profissionais por outras áreas do conhecimento. Ele, inclusive, ministra também um curso de "física para poetas" destinado a pessoas, com ensino médio completo, interessadas em saber mais sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos.


Pois bem. Steven Johnson, que pesquisou as raízes da inovação, autor do livro "Where Good Ideas Come From" (De Onde Vêm as Boas Ideias), ainda sem tradução no Brasil, revela que não é preciso se isolar numa casa no campo em busca de inspiração. "Ao contrário, quanto mais exposição a diferentes ideias e situações, maiores as chances de inovar". Quem escreve sobre Steven é Mariana Barbosa, no artigo "Estudioso investiga condições ideais para gerar inovação", publicado na Folha de S. Paulo, Mercado, de 24/10/2010.

VERSATILIDADE

Segundo Steven, ao contrário do que se costuma pensar, a inovação não é movida pelo lucro, pela competição entre empresas. "Se você olhar a história, a inovação aparece em ambientes colaborativos onde há fluxo de ideias".

Steven descreve para Mariana alguns padrões comuns que podem ajudar a criar ambientes mais criativos, como facilitar o fluxo casual de informações entre pessoas com formações diferentes, seja no bar ou nas redes sociais na internet.

Segundo o estudioso, as pessoas mais inovadoras tendem a andar com pessoas de outras profissões. "Só andar com pessoas parecidas torna você menos original no modo de lidar com problemas. É um argumento não político em prol da diversidade".

Para ele, precisamos cada vez mais fazer conexões entre disciplinas. "Muitas das grandes ideias surgem de pessoas que pegam uma ideia de uma área do conhecimento e a usam para encontrar sentido em outro campo."

Na segunda parte da abordagem da Folha, "Geração Google tem coragem para inovar", Steven Johnson revela que "Para inovar é preciso mais do que apenas estar conectado. É preciso ter coragem e acho que a Geração Google tem isso. É uma geração muito empreendedora. A experiência ajuda a descobrir quais conexões serão mais eficientes. Isto vem com a idade. Essa turma vai se dar muito bem. Não é perfeita. Mas, comparando com a minha geração, que cresceu vendo TV, passar o dia jogando videogame é bem mais produtivo".

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Revisão de texto: Márcia Navarro Cipólli, navarro98@gmail.com

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