30 de setembro de 2009, Meu amigo mais jovem, João Demarchi, 16, apaixonado pela leitura e pelo basquete, do qual é praticante, enviou-me um e-mail pedindo para eu redigir algo sobre “ética”, destinado a um trabalho escolar de filosofia. O professor pediu que os alunos entrevistassem pessoas sobre o tema.
João ora me chama de “padrinho cultural”, ora de “dindão”, ora Tonzão... E eu o trato como “filhão adotivo”, molecão querido (na verdade, como “mlkão krido”, na gíria jovem)... Explicou-me que a ética poderia ser abordada no trabalho, na vida, no senado... “Fale sobre qualquer coisa, mas que tenha um pezinho no tema”.
João, http://jonesbasketball.blogspot.com, é um jovem singular. Além do interesse pela literatura, escreve muito bem. Seus textos revelam um amadurecimento que não é comum na sua idade.
Muito bem. A princípio, pensei, o que escrever sobre “ética”? Daí veio um “insight”: associá-la ao processo do despertar da consciência, cujo resultado inicial foi este:
“Segundo o dicionário, ‘ética’ se refere à moral, à maneira de ser. Não há como não associar: quando se pronuncia atualmente a palavra ‘ética’, uma ideia que pode surgir na cabeça do brasileiro é a da imagem de um político que trai a confiança do seu eleitorado. Então, em termos de ‘ética’, a gente exemplifica a ação do político como o avesso da ação moral. Eu associo ‘ética’ ao processo da ‘consciência’. A pessoa tem ou não tem. Trata-se de uma questão de alicerce da família, de berço... O indivíduo inconsciente pode até se transformar, despertar para a responsabilidade de suas ações. No momento que desperta e incorpora a questão da responsabilidade moral em sua vida, não há retrocesso. A pessoa ética não se deixa corromper, por estar comprometida com valores humanos elevados, que não há como estimar sob o aspecto materialista.
As filosofias espiritualista e budista, por exemplo, tratam desse tema de maneira bastante prática, revelando possíveis consequências da ação irresponsável do ser humano”.
Agora farei uma pausa para abordar essa coisa da “coincidência”, antes de mostrar ao leitor a finalização do que escrevi ao João sobre ética.
Justo na manhã em que João me pediu o texto, eu trazia para emprestar a uma colega de trabalho o livro ”Uma ética para o novo milênio (sabedoria milenar para o mundo de hoje)”, de autoria de Sua Santidade O Dalai-Lama. Ao chegar à sala de trabalho, depositei o livro sobre uma mesa, com a capa voltada para baixo.
Envolvido com o trabalho logo cedo e tendo rabiscado algo sobre ética para o João, nem sequer lembrei da obra sobre a mesa. Apenas mais tarde, quando peguei o livro para entregar à colega, me surpreendi com o seu título, justamente relacionado ao que João me solicitara. Foi então que, emocionado, folheando o livro do Dalai-Lama, resolvi finalizar o texto sobre “ética” com algo escrito em sua introdução:
Uma boa obra é ‘Uma ética para o novo milênio’, escrita por sua Santidade, o mestre budista Dalai-Lama. Segundo o budismo, “De modo geral, as pessoas cuja conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que descuidam da ética. Isso confirma a convicção budista de que, se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reordenar nosso comportamento, não só aprenderemos a lidar mais facilmente com o sofrimento, como seremos capazes também, acima de tudo, de impedir o surgimento de uma porção significativa dele”.
Como se não bastasse, para fortalecer a lógica da correspondência da “coincidência”, à noite, em minha casa, ao ler o livro ora à minha cabeceira, ”Espíritos entre nós”, de James van Praagh (coprodutor executivo da série “Ghost Whisperer”), defrontei-me com esta mensagem, que parecia encomendada:
“Espíritos têm sobre nós um impacto muito maior do que imaginamos. Como não podemos aplicar leis físicas de tempo e espaço aos mundos dos espíritos, frequentemente chamamos de coincidência aquilo que é na verdade uma influência da esfera espiritual. Precisamos pesquisar mais as coincidências que acontecem conosco, pois não existe acidente nem sorte. Ainda que nosso Universo seja percebido como caótico e fora de controle, ele é um sistema governado de modo perfeito por leis espirituais. Da próxima vez que uma coincidência ocorrer em sua vida, examine-a um pouco mais a fundo para descobrir seu verdadeiro significado. Sempre há algo por trás de um encontro fortuito ou de um golpe de sorte”.
Na obra “Felicidade em um mundo material”, de Gabriel Lafitte e Alison Ribush, menciona-se que “É extremamente importante compreender que há um nível de fenômenos chamados ‘fenômenos totalmente ocultos’. Esses fenômenos podem ser completamente obscuros em virtude de sua natureza sutil e também do nível limitado de evolução de nossa mente. Naquele momento determinado, podemos não ser capaz de definir isso com a razão e a lógica. Mas não ser capaz de provar um fato não significa que ele não exista. Nesse caso, temos de adotar alguma outra técnica ou processo para descobrir a verdade desses fenômenos ocultos”.
Em agosto de 2008, no artigo “Amsterdã”, publicado neste blog, abordei também o assunto ‘coincidência’. “Por que escolher aquele livro de minha filha, naquele dia, justo de um autor nascido em Amsterdã, no dia em que ela desembarcava naquele lugar?”
Pois bem, meus amigos, há um só caminho a trilhar na Vida: a elevação espiritual. Em sua obra, Lafitte e Ribush citam que a clássica imagem budista é a do Dharma (ensinamentos budistas) como uma balsa. Ficamos em cima do tempestuoso “rio da vida”, sabendo que temos de atravessá-lo até o outro lado ao longe. Se mergulharmos nas águas, corremos o risco de ser levado por ela. Mas a balsa pode nos conduzir sem perigo ao outro lado.
Certamente, buscando-se a compreensão do Universo, devemos ficar mais atentos a certos fenômenos ocultos que experimentamos e concebê-los no âmbito da energia cósmica, por exemplo. James Praagh relata que “Não é preciso usar as mãos para enviar energia. Também podemos enviá-la através de pensamentos, preces e intenções. A energia do pensamento é chamada telepatia. Com que frequência você já pensou em alguém e, cinco minutos depois, essa pessoa telefonou?”
Praagh diz que, para compreender o mundo espiritual, devemos mudar nosso modo de pensar. O mundo espiritual não é um local geográfico, algo que pode ser encontrado em um mapa. O mundo espiritual é na verdade um estado de ser energético. Para o autor, o Universo é feito de ondas eletromagnéticas. Nós talvez não estejamos fisicamente conscientes dessas energias, mas sabemos que elas existem porque vemos imagens na televisão, ouvimos vozes no celular e ingerimos alimentos preparados no forno de microondas. Essas ondas são precisamente sintonizadas em uma determinada frequência para que possam funcionar da maneira adequada.
Assim como as ondas eletromagnéticas do universo físico, conta o autor de “Espíritos entre nós”, o mundo espiritual é formado por milhares, talvez milhões de dimensões energéticas, e cada uma tem sua própria vibração. Essas vibrações se sobrepõem umas às outras e, assim, penetram no nosso mundo físico. Ele diz que, assim como a internet, as dimensões espirituais podem interagir com pessoas do mundo inteiro sem que ninguém tenha de sair da privacidade de seu lar. Talvez não tenhamos consciência da multiplicidade de vibrações que nos cercam, mas elas existem mesmo assim. Infelizmente, a maior parte das pessoas não tem capacidade de entrar em sintonia com essas vibrações sem passar por algum tipo de treinamento.
Meus amigos, se quiserem mudar completamente a visão sobre a morte, leiam “Espíritos entre nós”. Eu recomendo.
No mais, perdoem-me por ser tão extenso. Perco a noção do tempo e do espaço ao falar sobre a maravilhosa complexidade deste nosso Universo.
João ora me chama de “padrinho cultural”, ora de “dindão”, ora Tonzão... E eu o trato como “filhão adotivo”, molecão querido (na verdade, como “mlkão krido”, na gíria jovem)... Explicou-me que a ética poderia ser abordada no trabalho, na vida, no senado... “Fale sobre qualquer coisa, mas que tenha um pezinho no tema”.
João, http://jonesbasketball.blogspot.com, é um jovem singular. Além do interesse pela literatura, escreve muito bem. Seus textos revelam um amadurecimento que não é comum na sua idade.
Muito bem. A princípio, pensei, o que escrever sobre “ética”? Daí veio um “insight”: associá-la ao processo do despertar da consciência, cujo resultado inicial foi este:
“Segundo o dicionário, ‘ética’ se refere à moral, à maneira de ser. Não há como não associar: quando se pronuncia atualmente a palavra ‘ética’, uma ideia que pode surgir na cabeça do brasileiro é a da imagem de um político que trai a confiança do seu eleitorado. Então, em termos de ‘ética’, a gente exemplifica a ação do político como o avesso da ação moral. Eu associo ‘ética’ ao processo da ‘consciência’. A pessoa tem ou não tem. Trata-se de uma questão de alicerce da família, de berço... O indivíduo inconsciente pode até se transformar, despertar para a responsabilidade de suas ações. No momento que desperta e incorpora a questão da responsabilidade moral em sua vida, não há retrocesso. A pessoa ética não se deixa corromper, por estar comprometida com valores humanos elevados, que não há como estimar sob o aspecto materialista.
As filosofias espiritualista e budista, por exemplo, tratam desse tema de maneira bastante prática, revelando possíveis consequências da ação irresponsável do ser humano”.
Agora farei uma pausa para abordar essa coisa da “coincidência”, antes de mostrar ao leitor a finalização do que escrevi ao João sobre ética.
Justo na manhã em que João me pediu o texto, eu trazia para emprestar a uma colega de trabalho o livro ”Uma ética para o novo milênio (sabedoria milenar para o mundo de hoje)”, de autoria de Sua Santidade O Dalai-Lama. Ao chegar à sala de trabalho, depositei o livro sobre uma mesa, com a capa voltada para baixo.
Envolvido com o trabalho logo cedo e tendo rabiscado algo sobre ética para o João, nem sequer lembrei da obra sobre a mesa. Apenas mais tarde, quando peguei o livro para entregar à colega, me surpreendi com o seu título, justamente relacionado ao que João me solicitara. Foi então que, emocionado, folheando o livro do Dalai-Lama, resolvi finalizar o texto sobre “ética” com algo escrito em sua introdução:
Uma boa obra é ‘Uma ética para o novo milênio’, escrita por sua Santidade, o mestre budista Dalai-Lama. Segundo o budismo, “De modo geral, as pessoas cuja conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que descuidam da ética. Isso confirma a convicção budista de que, se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reordenar nosso comportamento, não só aprenderemos a lidar mais facilmente com o sofrimento, como seremos capazes também, acima de tudo, de impedir o surgimento de uma porção significativa dele”.
Como se não bastasse, para fortalecer a lógica da correspondência da “coincidência”, à noite, em minha casa, ao ler o livro ora à minha cabeceira, ”Espíritos entre nós”, de James van Praagh (coprodutor executivo da série “Ghost Whisperer”), defrontei-me com esta mensagem, que parecia encomendada:
“Espíritos têm sobre nós um impacto muito maior do que imaginamos. Como não podemos aplicar leis físicas de tempo e espaço aos mundos dos espíritos, frequentemente chamamos de coincidência aquilo que é na verdade uma influência da esfera espiritual. Precisamos pesquisar mais as coincidências que acontecem conosco, pois não existe acidente nem sorte. Ainda que nosso Universo seja percebido como caótico e fora de controle, ele é um sistema governado de modo perfeito por leis espirituais. Da próxima vez que uma coincidência ocorrer em sua vida, examine-a um pouco mais a fundo para descobrir seu verdadeiro significado. Sempre há algo por trás de um encontro fortuito ou de um golpe de sorte”.
Na obra “Felicidade em um mundo material”, de Gabriel Lafitte e Alison Ribush, menciona-se que “É extremamente importante compreender que há um nível de fenômenos chamados ‘fenômenos totalmente ocultos’. Esses fenômenos podem ser completamente obscuros em virtude de sua natureza sutil e também do nível limitado de evolução de nossa mente. Naquele momento determinado, podemos não ser capaz de definir isso com a razão e a lógica. Mas não ser capaz de provar um fato não significa que ele não exista. Nesse caso, temos de adotar alguma outra técnica ou processo para descobrir a verdade desses fenômenos ocultos”.
Em agosto de 2008, no artigo “Amsterdã”, publicado neste blog, abordei também o assunto ‘coincidência’. “Por que escolher aquele livro de minha filha, naquele dia, justo de um autor nascido em Amsterdã, no dia em que ela desembarcava naquele lugar?”
Pois bem, meus amigos, há um só caminho a trilhar na Vida: a elevação espiritual. Em sua obra, Lafitte e Ribush citam que a clássica imagem budista é a do Dharma (ensinamentos budistas) como uma balsa. Ficamos em cima do tempestuoso “rio da vida”, sabendo que temos de atravessá-lo até o outro lado ao longe. Se mergulharmos nas águas, corremos o risco de ser levado por ela. Mas a balsa pode nos conduzir sem perigo ao outro lado.
Certamente, buscando-se a compreensão do Universo, devemos ficar mais atentos a certos fenômenos ocultos que experimentamos e concebê-los no âmbito da energia cósmica, por exemplo. James Praagh relata que “Não é preciso usar as mãos para enviar energia. Também podemos enviá-la através de pensamentos, preces e intenções. A energia do pensamento é chamada telepatia. Com que frequência você já pensou em alguém e, cinco minutos depois, essa pessoa telefonou?”
Praagh diz que, para compreender o mundo espiritual, devemos mudar nosso modo de pensar. O mundo espiritual não é um local geográfico, algo que pode ser encontrado em um mapa. O mundo espiritual é na verdade um estado de ser energético. Para o autor, o Universo é feito de ondas eletromagnéticas. Nós talvez não estejamos fisicamente conscientes dessas energias, mas sabemos que elas existem porque vemos imagens na televisão, ouvimos vozes no celular e ingerimos alimentos preparados no forno de microondas. Essas ondas são precisamente sintonizadas em uma determinada frequência para que possam funcionar da maneira adequada.
Assim como as ondas eletromagnéticas do universo físico, conta o autor de “Espíritos entre nós”, o mundo espiritual é formado por milhares, talvez milhões de dimensões energéticas, e cada uma tem sua própria vibração. Essas vibrações se sobrepõem umas às outras e, assim, penetram no nosso mundo físico. Ele diz que, assim como a internet, as dimensões espirituais podem interagir com pessoas do mundo inteiro sem que ninguém tenha de sair da privacidade de seu lar. Talvez não tenhamos consciência da multiplicidade de vibrações que nos cercam, mas elas existem mesmo assim. Infelizmente, a maior parte das pessoas não tem capacidade de entrar em sintonia com essas vibrações sem passar por algum tipo de treinamento.
Meus amigos, se quiserem mudar completamente a visão sobre a morte, leiam “Espíritos entre nós”. Eu recomendo.
No mais, perdoem-me por ser tão extenso. Perco a noção do tempo e do espaço ao falar sobre a maravilhosa complexidade deste nosso Universo.
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