15.jan.2009/Marlene Bergamo/Folha Imagem |
Alguém já ouviu falar de desenhos artísticos em fachadas de moradias mexerem com a valorização da autoestima de habitantes de favelas? São atitudes como esta, por exemplo, de pessoas comprometidas com o bem-estar do outro, que gosto de reproduzir no blog. Daí eu ser favorável à releitura de textos jornalísticos. Textos produtivos, sobre o aspecto do otimismo, que não chegam ao conhecimento dos leitores em geral até porque não são normalmente eleitos como destaque.
Uma notícia como esta: "Mônica Nador leva cores a bairro de Santo André" (Folha de S.Paulo, 25/1/2009), sobre uma artista plástica que deseja colorir a vida de moradores de favelas, tem mesmo que ser reproduzida muitas vezes, por diferentes veículos de comunicação, pois o leitor carece hoje mesmo é da narração de fatos que abordem resultados de ações solidárias que dão certo neste país, graças ao idealismo de algumas pessoas. Ações essas que muitas vezes merecem compor as primeiras páginas do jornal, ora tão somente destinadas a tudo o que é lamentável. Primeiras páginas não servem para dar esperança, mas para destacar tudo o que é negativo na sociedade.
E então, ao invés de o jornal destacar em primeira página o incêndio de três ônibus por traficantes, por exemplo, poderia colocar também em manchete algo para animar o leitor, como este fato documentado pelo jornalista Fábio Cypriano (Folha), que tanta gente ignora:
A artista plástica Mônica Nador resolveu pintar casas junto com seus moradores, através de projeto de urbanização de favelas apoiado pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Governo do Estado de São Paulo).
"Ao concluirmos duas delas, percebemos que população precisa mais do que obras, mas de sentimento de pertencimento, de valorização da autoestima, e que a arte pode ajudar nisso", revelou Viviane Frost, superintendente de ações de recuperação urbana da CDHU.
Mônica, a artista, que iniciou sua carreira nos anos 80, decidiu, na década seguinte, que não iria mais usar pincéis dentro de museu. Ela achava que estava gastando tinta onde não era necessário.
"O resultado é impressionante. Os moradores passam a ter mais orgulho de suas casas, há mais união, e a arte tem um papel importante", disse Viviane.
Em um local de tons escurecidos, as novas casas coloridas se sobressaem. A mudança é tão significativa que ruas, ainda sem nome, passam a ser chamadas com referências às pinturas realizadas. A rua do Jacaré, por exemplo, com uma pintura do animal. Tigres, cachorros ou macacos, plantas e ainda objetos como bules, xícaras e fruteiras são elementos que agora fazem parte da fachada das moradias, feitos a partir de encontros com os próprios moradores, escreveu o jornalista Fábio Cypriano.
Matérias de cunho otimista precisam ser colocadas frequentemente em manchete. Não basta inseri-las de vez em quando. É preciso criar o hábito. Certamente os leitores também poderão enxergar sempre uma luz, diante das tantas manchetes sobre fatos lamentáveis da sociedade.
Uma notícia como esta: "Mônica Nador leva cores a bairro de Santo André" (Folha de S.Paulo, 25/1/2009), sobre uma artista plástica que deseja colorir a vida de moradores de favelas, tem mesmo que ser reproduzida muitas vezes, por diferentes veículos de comunicação, pois o leitor carece hoje mesmo é da narração de fatos que abordem resultados de ações solidárias que dão certo neste país, graças ao idealismo de algumas pessoas. Ações essas que muitas vezes merecem compor as primeiras páginas do jornal, ora tão somente destinadas a tudo o que é lamentável. Primeiras páginas não servem para dar esperança, mas para destacar tudo o que é negativo na sociedade.
E então, ao invés de o jornal destacar em primeira página o incêndio de três ônibus por traficantes, por exemplo, poderia colocar também em manchete algo para animar o leitor, como este fato documentado pelo jornalista Fábio Cypriano (Folha), que tanta gente ignora:
A artista plástica Mônica Nador resolveu pintar casas junto com seus moradores, através de projeto de urbanização de favelas apoiado pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Governo do Estado de São Paulo).
"Ao concluirmos duas delas, percebemos que população precisa mais do que obras, mas de sentimento de pertencimento, de valorização da autoestima, e que a arte pode ajudar nisso", revelou Viviane Frost, superintendente de ações de recuperação urbana da CDHU.
Mônica, a artista, que iniciou sua carreira nos anos 80, decidiu, na década seguinte, que não iria mais usar pincéis dentro de museu. Ela achava que estava gastando tinta onde não era necessário.
"O resultado é impressionante. Os moradores passam a ter mais orgulho de suas casas, há mais união, e a arte tem um papel importante", disse Viviane.
Em um local de tons escurecidos, as novas casas coloridas se sobressaem. A mudança é tão significativa que ruas, ainda sem nome, passam a ser chamadas com referências às pinturas realizadas. A rua do Jacaré, por exemplo, com uma pintura do animal. Tigres, cachorros ou macacos, plantas e ainda objetos como bules, xícaras e fruteiras são elementos que agora fazem parte da fachada das moradias, feitos a partir de encontros com os próprios moradores, escreveu o jornalista Fábio Cypriano.
Matérias de cunho otimista precisam ser colocadas frequentemente em manchete. Não basta inseri-las de vez em quando. É preciso criar o hábito. Certamente os leitores também poderão enxergar sempre uma luz, diante das tantas manchetes sobre fatos lamentáveis da sociedade.
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